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Fontinhas, excerto 68
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INF1 Dúzias, dúzias de pessoas, sim, então!
INF1 E [vocalização] E depois fiávamos,
a gente ensarilhava no tal sarilho – num sarilho também –
e depois [vocalização] fazia-se barrelas,
E depois a gente botava lavava-o,
INF1 Para Depois era alvinho.
INF1 Porque depois era alvo, que aquilo ficava negro.
INF1 A gente botava-lhe era cuspo da boca.
INF1 Eu cá Eu cá, eu trazia era uma uma aguinha num num copo,
e minha irmã – Deus lhe dê o céu – trazia era uma aguinha num copo, que diz que já estava seca da boca, que não podia botar mais cuspo.
E assim é que a gente fazia!
INF1 E [vocalização] dobava-se,
depois de estar alvo, dobava-se
INF3 E as barrelas, tia Celissa?
Barrelas naquela fia– naquela fiadura.
INF1 Ora a gente [vocalização] botava uns cestos grandes assim,
e a gente botava uma mantinha de roda, que era para não apanhar [vocalização] aqueles vimes, porque o cesto era de vimes…
INF1 E depois para não puxar os fios, botavam uma coisinha de roda
e botavam aquele linho todo emedadinho, por ali arriba, às meadas, até ele ficar assim alto.
Só ficava assim uma alturazinha para botar a cinza – cinza de faia.
e botávamos mais cinza em cima e água a ferver para riba.
Três ou quatro tachos, era conforme [pausa] se podia.
INF3 E essa cinza, que era o fim dela?
INF3 Ele para que é que servia a cinza na no linho?
INF2 Era deitada fora, [pausa] botada fora.
INF1 A cinza, [vocalização] botava-se fora, então.
INF3 Mas o que é que fa-?…
Que bem que fazia ao linho?
INF1 Tirava aquela negrigência!
INF3 Ah, era para para alvejar?!
INF1 Era para alvejar, era.
Não se queimava outra coisa.
INF1 Era melhor só a cinza de faia.
Tirava aquela negrigência.
INF1 Já a gente quando aquilo estava frio no outro dia – mas era se estava frio –, a gente ia com ele para a pia,
e [vocalização] e lavávamos,
já ele fazia uma diferença brava.
E botávamo-lo a corar por cima das paredes ao sol.
Dali a oito Dali a dias, tornávamos a fazer outra barrela,
tornavámos a fazer o mesmo, da mesma maneira.
tornavam a botar ao sol, até ele ficar alvo.
INF2 Não tens nenhuma aí, não é?
INF2 Não tens nenhuma aí?
INF1 Porque então [vocalização] O senhor sabe.
O linho tenho ali naquela naquela saca.
INF1 Havia um sedeiro com pregos assim, [vocalização] um bocadinho assim,
INF1 E a gente quando aquilo estava curado, quando aquilo estava a modos que a gente acabava de tasquinhar e tudo, ia-se assedar o linho assim.
INF2 Eu gostava era só disso.
INF1 O que ficava atrás era a estopa.
INF2 Mulher, onde é que eu tenho isso?
INF1 É ali atrás, naquela saca branca.
INF1 E o que E o que ficava…
INF3 Naquela branca lá atrás, naquela branca.
INF1 Naque- Naquela lá atrás, sim.
INF3 Deixe-se Deixe estar,
INF1 E ao que ficava ao que ficava a s-, a ge- a gente fazia assim com isto, desta maneira, no tal sedeiro, [pausa] assim.
O que ficava para ali era a estopa, e o que ficava na mão era o linho.
A gente torcia como quem torce uma torcida de tabaco…
INF1 E [vocalização], e o E apartávamos à parte.
urdia-se colchões com ele e…
INF1 Com o linho, sim senhora.A gente cá
INF1 A estopa tapava, como como aqui se está tapando, assim…
E também se tapava com estopa ou linho, ou lá o que quisessem – de colchães ou uma coisa assim –,
E também se urdia com a estopa se ela era rija!
Agora se ela era mais podre, ninguém podia urdir com ela, que não se podia tecer,
que a gente bota os pés em cima,
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