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Unhais da Serra, excerto 7

LocalidadeUnhais da Serra (Covilhã, Castelo Branco)
AssuntoOs animais bravios
Informante(s) Diomedes Delmiro Dinora

Text: -


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[1]
Os pastores fecharam os cães,
[2]
eles arranjaram aquilo.
[3]
Ao outro dia de manhã, o meu pai e ele alev- alevantaram-se até eram quatro horas, mais um vizinho que estava,
[4]
e foram então para ir ver daquilo, se ele tinha comido ou não, para levantarem, para esconderem, por causa dos cães.
[5]
[pausa] Eles então, o primeiro sítio donde foram, faltava então uma postazinha na na telha.
[6]
Mas estava ao lado.
[7]
Mas m- um bocachinho!
[8]
[pausa] E diz o meu pai:
[9]
"Não veio .
[10]
Isto foi rata que veio"
[11]
E estava uma açude perto.
[12]
"Isto foi rata,
[13]
caiu para a açude"!
[14]
Pronto!
[15]
Tornaram a avisar os pastores para fecharem os cães esse dia.
[16]
tornaram a fechar os cães,
[17]
tornaram a pôr o veneno.
[18]
De manh- À noite, estávamos então chamava a gente ordenhar as cabras para essa dita lata.
[19]
Para e-, chama- A gente chamava-lhe uma caldeira.
[20]
Era uma caldeira grande.
[21]
Era assim ali ao do infantário que hoje temos.
[22]
E quando vínhamos eu também vinha; vinha vinha eu, vinha o meu pai e vinha o meu irmão , quando chegáramos assim à à estrada, começam dali a chamar:
[23]
"Ó Demóstenes!
[24]
Ó tio Deobaldo"!
[25]
"Então quem é que está a chamar"?
[26]
Eram então outros pastores que ali iam e disseram assim:
[27]
"Olhe, o lobo está morto no Tapado" , que era aqui para cima.
[28]
"O lobo está morto no Tapado".
[29]
Olhe, não queira saber:
[30]
o meu pai largou logo a lata,
[31]
e foi assim:
[32]
"Pronto!
[33]
Levai o leite para casa.
[34]
Vinde em baixo ter com uma broa e com um queijo fresco para comerem"!
[35]
Pronto, assim foi.
[36]
foram levar o queijo fresco e a e a broa.
[37]
Então juntou-se o meu irmão mais uns pastores
[38]
e foram-no buscar aqui para o povo.
[39]
Ai, não queira saber:
[40]
o lombo dele era isto!
[41]
[pausa] Ai que grande bicho, ele metia medo!
[42]
o trouxeram oito p-.
[43]
Pousaram-no ali assim em frente daquelas casas, ali naquele largozito que a gente morava ali ,
[44]
trouxeram-no,
[45]
puseram-no ali
[46]
Ai!
[47]
Estava morto
[48]
mas toda a gente afastava dele.
[49]
E depois [vocalização] dormiu então ali num num quintal.
[50]
Os cães então em toda a noite sempre a ladrarem, a ladrarem,
[51]
nem deixaram ali dormir ninguém.
[52]
INF3 Era bicho bravo!
[53]
INF1 [vocalização] De manhã depois o meu pai levou-o para baixo para em frente da igreja, que estava um adro
[54]
INF2 E chegam muito de Verão.
[55]
INF1 Estava um adro,
[56]
penduraram-no , assim no adro,
[57]
diz que toda a gente afastava dele.
[58]
E era para o esfolarem.
[59]
E depois o Presidente da Junta, que não havia Guarda, ou que fosse o regedor, para o meu pai:
[60]
"O senhor vai esfolar o lobo, olhe:
[61]
galinhas na rua,
[62]
cai uma pintinha de sangue,
[63]
vai uma galinha,
[64]
apanha;
[65]
olhe, fica sujeito às consequências que que houver".
[66]
O meu pai disse assim:
[67]
"Se assim é, pronto!
[68]
Vamos embora com ele para as moitas"!
[69]
E depois o enterraram,
[70]
se consumiu.
[71]
Pronto!
[72]
E por isso foi um um descanso.
[73]
INF1 Realmente era preciso guardar porque havia mais e assim
[74]
INF1 [vocalização] Era preciso guardar.
[75]
Mas não atacaram a cabrada como atacou ele naquela altura.

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