Representação em frases
Unhais da Serra, excerto 43
Texto: -
[pausa] e trouxe de lá alguns quatro dentro dum saco.
Nunca ouviram falar no Tortosendo?
havia lá umas pessoas que vendiam,
O que vendi deu-me para os quatro todos.
Fiquei com um para eu criar;
[pausa] dei outro de meias;
De meias, quer dizer, dei-o de meias a uma pessoa.
dei-o de meias a uma pessoa;
no fim de estar criado, quando o quisesse quando o quisesse vender, era metade para ela e metade para mim.
INF2 Ou que o matassem, era a metade para cada um também.
Havia aí quem não tivesse.
INF1 Havia aí quem não tivesse.
E depois nessa altura comprei comprei quatro.
Trouxe-os dentro dum saco, [pausa] do Tortosendo para aqui, ao ombro.
INF2 E era mais longe que é agora.
INF2 [pausa] Era mais longe.
um [vocalização] fiquei com dois.
INF1 Com dois porcos, dois leitões.
Deu quase para os quatro leitões.
e vendi outro à senhora Dora,
[pausa] Eu fiquei com dois,
e depois o meu filho que Deus tem – que morreu já quase há vinte e cinco anos, o nosso Dirceu – [vocalização] também ainda era assim garoto,
o bácoro, o porco, saiu para a rua aí pel- pela rua acima,
trazia um troço duma couve grande na mão,
deu uma trancada ao leitão,
INF1 Com um troço duma couve.
INF1 Era um troço muito grosso.
INF2 Daquelas cortadas, com o toro muito alto.
INF1 Uma couve Uma couve aí com algum metro…
Morreu porque part- partiu-lhe a…
INF1 Pois, não foi sangrado.
Ainda esteve aí algum tempo para morrer.
INF1 O porco andava por aí a fugir,
INF1 pelas escadas acima,
e o meu filho para o amandar cá para baixo, para ir para a loja, deu-lhe uma trancada com com o toro da da couve.
INF1 Aquilo era [vocalização] era fraquinho,
INF2 Há lugares que chamam bácoro também.
INF2 Há lugares que chamam.
Quando é pequeno, leitão.
INF1 Ah, mesmo com mesmo com dois ou três meses é leitão.
INF3 Quando são grandes são bácoros.
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