R&D Unit funded by

MTV62

Montalvo, excerto 62

LocationMontalvo (Constância, Santarém)
SubjectO linho, a lã e o tear
Informant(s) Guilherme
SurveyALEPG
Survey year1991
Interviewer(s)Ernestina Carrilho
TranscriptionSandra Pereira
RevisionMaria Lobo
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMárcia Bolrinha
LemmatizationDiana Reis

Javascript seems to be turned off, or there was a communication error. Turn on Javascript for more display options.


INF Mas havia antigamente, que o meu sogro fazia-o, por exemplo, a , [vocalização] um bocado de . Arranjava um bocado de , com um bocadito de pedra, com uma pedrazita comprida que havia às vezes umas pedras assim compridas que se encontram no chão, assim compridas, delgadas, assim compridas , e punha aquilo na ponta atado no coiso e aqui- e andava com aquilo. E andava até a guardar gado e andava com aquilo assim, aquilo andava à roda e depois ele na ia ia puxando, ia tudo.

INQ Ah!

INF Quer dizer, fazia um novelo grande de fio de para depois fazer qualquer qualquer coisa, qualquer peça de de [vocalização] roupa, qualquer tecido, qualquer coisa que podia fazer, faziam. Os homens teciam muito isso. Faziam.

INQ Rhã. E esse linho que o senhor fa- sabe mais ou menos o que se lhe fazia, em que zona é que havia, havia esse linho?

INF É que se dava isso? [vocalização]

INQ Aqui havia?

INF [vocalização] Não. A [vocalização] zona m- mais principal que havia é ali naquela área ali de Ferreira do Zêzere.

INQ Rhum-rhum.

INF Ali Não conhece Ferreira do Zêzere? Não conhece?

INQ Não conheço.

INF A gente é que vai direito ao Cabaço, é a estrada que vai para Coimbra, para dentro. A gente chega ali a S-, a a Tomar, passa o rio para aquela banda, e vai na nessa zona, n- nessa parte do rio, daquele lado.

INQ Rhum-rhum. Rhum-rhum.

INF Junto à praça de touros, tudo por ali acima, segue pela direito a Ferreira do Zêzere, direito ao Cabaço. Quando chega Antes de se chegar ao Cabaço, está uma estrada que volta que é direito a, que é, é, é [vocalização] para o rio Zêzere, que é, é o, é, é [vocalização] é para , para, para o para o coiso, que vai direito ao rio fundeiro. E havia uma quinta, que era a Quinta do Castelo que era até da da mulher do do meu patrão antigo, do primeiro , era a Quinta do Castelo, que vai direita ao rio fundeiro, uma quinta grande, direitinha. Eu fiquei algumas das vezes, na quinta que ali estava. Ia num dia e vinha no outro, que até levava um animal mas era muito longe e ia assim. E [vocalização] E havia essa quinta é que usavam muito. E eu fui até buscar essas gramadeiras chama-se umas gramadeiras , fui buscar para ali para o Lombão, por conta do meu patrão, que é ali do Tejo para , é uma quinta grande que está ali, que é do mesmo patrão, o mesmo daqui, para eles gramarem o o cânhamo. gramavam o linho. Semeavam o linho, o linho, é claro, é uma uma planta assim alta, quer dizer, tem depois a semente em cima umas umas bolhinhas como os tais bichos de contas!


Download XMLDownload textWaveform viewSentence view