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STJ25

Santa Justa, excerto 25

LocationSanta Justa (Coruche, Santarém)
SubjectA rega
Informant(s) Cristóvão Denise
SurveyALEPG
Survey year1991
Interviewer(s)Ernestina Carrilho
TranscriptionSandra Pereira
RevisionErnestina Carrilho
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMárcia Bolrinha
LemmatizationDiana Reis

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INF1 Por isso existe. Chama-lhe a gente também uma esquadra não é? , o caso que se disse bocado: sendo uma esquadra é como daqui a além; depois além está outra regadeira, depois leva, enfim

INQ E como é que vai mudando a água?

INF1 [vocalização] Quando estiver regada.

INQ Rhum-rhum.

INF1 Por exemplo, a rega tem muito tem muitas coisas. Por exemplo, temos o tomate ou o pimentão. A gente vai como daqui até pode ir como daqui à aldeia. [pausa] Pois Para ser bom

INF2 A regar com a esquadra.

INF1 Com a esquadra.

INF2 Rega com a esquadra.

INF1 Mas não não rega tudo a eito.

INF2 Deixa-se rego sim Rega-se rego sim, rego não.

INF1 Pois.

INQ E como é que muda de rego?

INF2 Tapa-se os biquetes. Chama-se-lhe os bique-.

INQ E muda-se com quê?

INF1 Com a enxada.

INF2 Com a enxada.

INQ Com a enxada?

INF2 Com terra.

INQ E esse pedaço de terra como é que lhe chama?

INF2 É o biquete.

INQ Ai é esse o biquete?

INF1 Chama-se Chama-se a terra para tapar o biquete.

INF2 Chama-se A gente chama aqui na nossa área é um biquete.

INF1 Pois.

INF2 Por exemplo, tem aqui agora. Solta-a por aqui para ir por este rego. Tapa-se aqui e ela corre por este rego. Depois para mudarmos, corta-se aqui outro biquetezinho aqui mais aqui.

INF1 Por exemplo, deixa ver se elas compreendem. Por exemplo: é assim uma esquadra.

INQ Rhum-rhum.

INF1 Por exemplo, aqui existem dez regos. E a gente, para dar menos trabalho que isto tem de haver malícia no trabalho [pausa] rega-se cinco.

INQ Rhum-rhum.

INF1 Porque esses cinco estão abertos. A gente abre cinco [pausa] estão a compreender? Estão dez

INF2 Rega-se esses cinco e depois à volta para cima, rega

INQ Ah!

INF1 Volta para cima, depois [pausa] vai-se para baixo, [vocalização] à outra rega, [pausa] está outros cinco destapados.

INF2 Vão-os tapando menos .

INF1 tapa se Tapa aqueles e os outros estão tapados.

INF2 Não é por malícia, é que a gente depois íamos aqui

INQ É o jeito que tem de regar.

INF2 Íamos aqui com a esquadra toda para baixo, depois chegávamos abaixo e metíamos a água para aonde?

INF1 E então a água, a água punha-se para onde?

INQ Pois.

INF1 Tem de haver malícia!

INF2 E assim, agora leva-se um rego. [vocalização] Ele rega-se, por exemplo: são dez regos, rega-se cinco para um lado e vem-se para cima a regar os outros cinco.

INQ Pois.

INF1 Pois.

INQ Pois é.

INF1 E outra rega no milho, às vezes. Esse, agora, [pausa] mais cabilice. , por exemplo, uma regadeira grande a gente [vocalização], os trabalhadores têm de ter malícia! E ele toda a gente quer Às vezes se rega cinco e Depende da terra: se for terra direita, solta-se para cinco ou seis, [pausa] existe um cortador em cinco ou seis regos.

INF2 Solta-se para mais regos.

INF1 Depois, por outros cinco

INF2 Mas do tomate não pode ser assim.

INF1 Não.

INF2 O tomate é cada [vocalização]

INF1 O tomate, cada rego tem de levar um

INF2 Cada rego tem de ser um biquete aberto.

INF1 Tem de ser. O tomate é muito odioso! O tomate


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