INQ Mas às vezes não acontecia era a porca ter mais filhos do que, do que tetas?
INF Do que peitas? [vocalização] Normalmente não acontece muito isso. Mas Mas isso quando acontecia até eu já cheguei a ajudar a criá-los. Eles lá iam… [vocalização] Diziam que, [pausa] que não havia senão um [vocalização] que o porco só mamava no mesmo peito, [pausa] e que não ia ao peito do dum dos outros. Mas eu já cheguei a ter porcas [pausa] de mamar dois no mesmo peito. E até é um caso curioso que ficou um vazio, havia lugar para mais um e ele foi, habituou-se a… Porque o que mama naquele não ma- não mama em mais nenhum. Mas só que às vezes tinha mais fome. E eu ia lá, apanhava-o, ia com uma mamadeira e criava ajudava a criar.
INQ Rhum-rhum.
INF Agora o porco que nasce e que não mama na mãe não se cria. Mesmo que se tente criar ele sem… Eu já cheguei a criar treze porcos sem mãe. A mãe morreu ao fim de três dias. E [vocalização] E eu fiquei com eles. E já se vê, eles esta- eles eram mesmo muito lindos, resolutos, e que foi com uma lâmpada, aquecê-los e com… Era Era tal e qual como um bebé, de duas em duas horas, de dia e de noite. E eles é que acordavam. Começavam a gritar, e eu levantava-me e lá lhe aquecia o leite. Então, passados dois dias, uma pessoa vizinha minha tinha uma porca que tinha criado, e era manso. Tentou-se! E então ela só serviu para aquecer os porcos. Tirou-se de casa, da lâmpada, e pôs-se no curral junto da outra porca. E ela ainda os ajudou, ainda aleitou – também nunca mais então deu porcos, n-, nunca mais criou nunca mais procurou. Mas [pausa] criou os porcos com a…
INQ A esses nunca chamam enjeitados, pois não, aqui?
INF Não.
INQ Não?
INF É: morreu a mãe.
INQ Rhum-rhum.
INF [vocalização] Também nem sempre acontece mas daquela vez foi assim. Às vezes também morrem e os a mãe e os filhos. Mas daquela vez eu consegui criá-los todos, com muito trabalho, mas eu consegui criá-los todos com leite. E depois [vocalização] bebiam no biberão, no frasco, com uma mamadeira. E [vocalização] E era interessante que eles esperavam eu, aquilo… Mas aquilo não dava tempo! Era deitar e encher, e aquilo eles chupavam aquilo sem tempo. E depois como lhe dava mais fome, começaram a comer mais cedo na no cocho e [vocalização] e criaram-se uns lin- uns lindos porcos. Eu ainda tenho fotografias desses tais porcos!