INQ1 Depois aquilo, o vinho que saía para fora e aquilo que ficava lá dentro do lagar, como é que se chamava?
INF Depois, chamava-se-lhe o o bagaço, que [vocalização],
INQ1 Que se fazia o quê?
INF a gente, o bagaço depois ia, era ia a empesar, apertava-se para tirar o vinho todo bem tirado, e depois ia para o lambique e era queimado e dava aguardente.
INQ1 E… E empesava aonde?
INF Empesava-se em casa, dentro dum na loja, vá, dentro duma imprensa, se lhe chamava, que era feita de madeira, com umas talisquitas, e depois apertava-se ali. Tinha o [vocalização]
INQ2 Era assim redondinha também?
INF Um Uma imprensa redondinha… E depois tinha o ferro da imprensa, lhe chamava a gente. Tinha o [vocalização]… O ferro de apertar, chamava-se-lhe o macaco.
INQ1 Rhum-rhum.
INF Um outro ferro, que se lhe metia,
INQ1 Andava à roda.
INF andava-se de volta e [vocalização] metia-se-lhe madeira para dentro, se, se se o bagaço não chegava acima, se não dava para, para co- para encher a caniça bem cheia,
INQ1 Rhum-rhum.
INF por causa de para que ele fosse apertado para baixo. E era assim apertado.
INQ1 Portanto, a caniça era aquela coisinha de madeira à volta?
INF À volta.
INQ1 Tinha assim um aro à volta?
INF Era. À volta, pois.
INQ1 E, e dentro de que é que estava a imprensa?
INF A imprensa estava em cima da lagareta.
INQ1 Que era uma coisinha de pedra?…
INF De pedra.
INQ1 E que tinha um?…
INF Que tinha uma bica, e depois por a bica saía…
INQ1 Tinha um regozinho assim todo à volta que era por onde escorria?…
INF Um regozinho, para o [vocalização] donde o vinho escorria para dali para para dentro duma
INQ1 Rhum-rhum.
INF duma outra piita que houvesse ao lado, ou então [vocalização] um alguidar ou um [vocalização] bacião, qualquer coisa que a gente tivesse…
INQ1 Portanto, caía para dentro duma pia também? Aquele sítio?
INF Caía para dentro doutra pia.