INF1 Mas a Quinta da Varge [vocalização]… Eu ainda lá passei…
INF2 Só o nome!
INF1 Mas pronto.
INF2 Só o nome!
INF1 Eu conheci-lhe lá quatro rebanhos. Qual deles o mais… Qual deles o maior, não é?
INQ1 O maior!
INF1 [vocalização] E então, pronto – eu tenho [vocalização] tenho uma cunhada que foi lá criada [vocalização] –, era assim: na altura davam vinte cinco ovelhas ao pastor.
INQ1 Rhum-rhum.
INF1 Davam-lhe casa própria, [pausa] água e luz. E tinha – na altura; agora por fim já não –, e tinha um ordenado e cinco litros de azeite ao fim do mês, que não era mau. E davam-lhe terras…
INQ2 Para ele.
INF1 Terras, não era o [vocalização], o produ- o pastor que ia escolher…
INQ1 O produto.
INF1 Eles destinavam-lhe aquele [vocalização] a, vá lá, o quintal: "Este é para ti"! E depois há uma altura – [vocalização] que é no ali em F- em Março – chamavam eles a terra da soldada. Era só a terra para semearem as batatas. Acabavam de tirar as batatas, a terra voltava outra vez ao próprio [pausa] ao dono, pronto!
INQ2 Para o dono.
INF1 [vocalização] Chamavam eles a terra da soldada.
INQ2 Ah!
INF1 Que era só, vá lá, no tempo das batatas.
INQ2 E era só para o pastor é que havia isso?
INF1 Só para o pastor, sim. [vocalização] Pastores, bem, tractoristas também. Pronto, as pessoas que estavam ali [vocalização] ao mês tinham essas garantias. As que ti- andavam ao dia – caso da Erada e Paúl – tinham, às vezes… Ou agora, por fim, já tinham tudo: [vocalização] os tractores iam pôr e buscar o pessoal. Chegou lá a andar a trabalhar trinta ou quarenta pessoas. Agora não, pronto! Agora nem lá têm gado.