INQ1 Pronto, devagarinho vou curvando …
INF1 Devagarinho, não a força assim muito, até a acompanha por baixo onde faz a curva.
INQ1 Pois, para não, para não esgaçar.
INF1 Mas muito devagarinho! Mas é preciso que esteja o sol quentinho, que é para ela estar maleável. Senão, se a vai a torcer logo assim de repente, logo parte-lhe ao meio.
INQ1 Pode partir.
INF1 Curva-a assim devagarinho, faz um rego no chão.
INQ1 Rhum.
INF1 Se ela tem aí [vocalização] dois metros ou assim, [pausa]
INQ1 Pois.
INF1 faz um rego no chão, [pausa] aí com um palmo de fundo, mergulha-a lá, mergulha-a lá, [pausa]
INQ1 E as…
INF1 bota-lhe terra em c- segura-a com o pé e bota-lhe terra em cima e já não sai dali. Já não sai dali. [pausa] Curva-a um bocadinho, mete-a debaixo de terra…
INQ1 Mas tem que ficar voltado…
INF1 E dei- E deixa-lhe uma parte, conforme o que ela der, o que ela tiver…
INQ1 Pois.
INF1 Se ela sair para fora um grande bocado, deixa-lhe aí trinta centímetros de fora. Mergulha-a, [pausa]
INQ1 E volta a sair.
INF1 bota-lhe põe-lhe o pé em cima para ela não fugir. Põe-lhe o pé em cima, à vara, bota-lhe terra e depois acalca-a, e curva-a, e depois vira-a novamente para cima, a ponta. Se a ponta tiver [vocalização] trinta ou quarenta centímetros, depois corta-lhe a ponta e deixa-a só aí com trinta cen- centímetros de fora.
INQ1 Sim.
INF1 E depois onde faz a curva, [pausa] espeta uma estacazinha. Onde faz a curva [pausa]
INQ1 Sim.
INF1 espeta-lhe uma estacazinha, [pausa] ata-lhe aqui um baracinho. Se houver um acidente, que lhe toquem, para não partir, já ali está oprimida – está a perceber?
INQ1 Pois, pois, pois. Estou a perceber.
INF2 Já vamos.
INF1 Onde faz a curva.
INF2 Já vai.
INF1 Onde faz a curva, põe-lhe ali uma varazinha, com um baracinho – um baracinho, até um loureiro, [vocalização]
INQ1 Sim, sim, sim.
INF1 uma coisa que seja maleável –
INQ1 Pois.
INF1 ele até um lou- um loureiro de facto fato, ou assim…
INQ1 Pois.
INF1 Ele se é, por exemplo, uma…
INQ1 Não é bom ráfia? Ráfia não é bom?
INF1 Não é muito aconselhável. A ráfia é boa mas é quando é para atar.
INQ1 Pois.
INF1 Um Até um loureiro de de facto fato, ou coisa…
INQ1 Pois.
INF1 Uma coisa que, que não que não trace. A ráfia, se aí estiver muito tempo, também é capaz de traçar.
INQ1 Ah, pois.
INF3 Ela também traça.
INF1 Que é Que é duro.
INQ2 Rhum-rhum.
INF3 Não deixa em condições.
INF1 E se for um baraço de nylon, ainda pior.
INQ2 Ainda pior.
INQ1 Pois.
INF1 Onde faz a curva [pausa] Onde faz a curva, põe-lhe aquela varazinha, ata-lhe ali um baraço de [pausa] pano, de qualquer coisa. Se às vezes se encostam ali, [vocalização] que a gaja está ali ao aos delandão, assim aquela curva grande, pode partir.
INQ1 Pois, pois.
INF1 Ou que a gaja queira estalar, já não estala, porque está ali oprimida.
INQ1 Pois.
INQ2 Rhum-rhum.
INF1 Podem às vezes encostarem-se ali e abaixarem-lhe a curva ou assim, e dali já não sai. [pausa] E na ponta que ficou de fora, põem-lhe outra varazinha – uma cana, ou do que por lá usam, ou uma vara –
INQ1 Pois.
INF1 na ponta que saiu.
INQ1 Sim.
INF1 E pronto. E se for o tempo seco…
INQ1 E, e tenho que regar ou não?
INF1 Se for o tempo seco, de vez em quando bota-lhe água onde o onde a mergulhou,
INQ1 Pois.
INF1 debaixo de terra.