INQ1 Depois os molhos ainda juntavam num outro maior?
INF1 Pois, faziam um roleiro. Faziam uma esteira. Às vezes, aquilo era à ração: [pausa] cada de dez, ou cada de sete, ou cada seis, tiravam um. Pois. Andava à ração.
INQ2 Eu não estou a perceber.
INQ1 Eu também não.
INQ2 Não, não estou a perceber.
INF1 É um supor: eu tenho além um bocado de terreno.
INQ1 Rhum.
INF1 Pois. E vem lá um, pede-mo; e eu dou-lhe à ração de seis ou de sete.
INQ2 Ah!
INF1 Pois. Quer dizer, "Vai além" – dou-lhe um bocado de terra para ele fazer, pois – "olha, lavra e faz e de sete molhos pagas-me um"! Já era assim.
INQ1 Ah!
INQ2 Portanto, isso é aquilo que se chama o seareiro, ou não?
INF1 Pois, isso é que era o… Não. Isso era… Um Um seareiro. Um seareiro que é quase é quase comparado mas não era isso. Não é não é Não é bem isso. Um seareiro, qu- como é que é um seareiro, que a gente diz que é um seareiro? Um seareiro…
INQ2 Também paga em ração.
INF1 É, é, é um, é um supor É um supor: [vocalização] como a- como a Herdade do Geraldo Palhas, ou outra herdade assim, uma herdade grande , ou de Vale Chaim, e vinha ali um bocado, pedia-lhe ali um bocado de terreno. Ali dez, ou dez ou quinze, ou vinte alqueires de trigo. Dizia: "Olha, além está um bocadinho que é que é é, é, é do meu seareiro".
INF2 É à ração.
INF1 "É à ração. É do meu seareiro".
INQ2 Também é à ração?
INF1 Pois, é à ração.
INQ1 Claro.
INF1 Pois, e era isso.
INQ2 Paga quanto? Pagava quanto?
INF2 Pagava conforme.
INF1 [vocalização] Aq- Eu pagava pagava a mesma… Era Era conforme pagava, que o coiso pagava ração. [vocalização] Aquilo era Aquilo depois era ao molho [pausa] de de quatro, ou de cinco, ou de seis… Conforme combinavam, dava um.
INQ2 Pois.
INF1 Pois.