PVC18

Porto de Vacas, excerto 18

LocalidadePorto de Vacas (Pampilhosa da Serra, Coimbra)
AssuntoA vinha e o vinho
Informante(s) Benedito

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INF Nós aqui usávamos por cima do carro dos bois uma dorna, e e ainda se ainda se levavam Em sítios onde o caminho era bom, ainda levavam um [vocalização] uns canastrões, destes canastrões, destes cestos de madeira, que ainda traziam quatro, dois de trás e dois diante da dorna, por cima do do tiro do carro do chedeiro do carro.

INQ1 Rhum-rhum. Pronto. Mas

INQ2 E depois quando chegavam à, à loja o que é que faziam?

INF Era [vocalização]: botavam-se para dentro da dorna e [vocalização] esmagar. Agora é tudo Em primeiro eram pisados com os pés; agora é tudo com

INQ1 Mas diga-me pelo antigo: quando era pisados com os pés, onde é que se punham os cachos todos?

INF Era para dentro da dorna e era tudo metido .

INQ1 Ah, não havia nada assim de cimento nem de pedra, feito? Era mesmo em dentro? Portanto, havia uma dorna

INF Não, não. Portanto, enchi- enchia-se uma, botava-se para dentro de outra. Tinham várias dornas. Ele [vocalização] quem tinha um rebanho deles tinha uma, duas, três, quatro, conforme as que eram precisas.

INQ1 A pessoa ia para dentro As pessoas iam para dentro das dornas e com os pés é que?

INF Iam para dentro Pisavam até assim perto do meio, [vocalização] com a e depois esmagavam fora dentro dum dum outro tareco, e botavam para dentro da dorna até encher. Em enchendo aquele, botava-se para outro.

INQ1 E ficava dentro aquilo esmagado?

INF Isso ficava dentro até fermentar; e em fermentando,

INQ1 O que é que se fazia?

INF tirava-se o vinho, e fa- e fazia-se a aguardente bagaceira.


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