INQ1 E esses grandes é… Têm o mesmo nome?
INF1 É crivo à mesma.
INF2 É também o crivo.
INF1 É crivo à mesma.
INF2 O que é que cada um cada seu crivo tinha lá a sua medida. Mesmo [vocalização] os rapazes que faziam isso já sabiam que era um crivo para isto.
INQ1 Rhum-rhum.
INF2 Pois. Ou mais miúdo, ou mais largo – é na cosimenta do crivo.
INQ1 E não havia uns para duas pessoas?
INF2 [vocalização] Isso já a gente lhe chamava… [pausa] Era uma espécie duma ciranda.
INF1 Crivo para duas pessoas?
INQ1 Sim.
INF2 Havia…
INF1 No arroz e no trigo não havia esses crivos.
INF2 Não, esse é nos pinhões.
INF1 É no pinhão é que há.
INF2 No pinhão é que há.
INF1 No pinhão é que há.
INF2 Pois.
INF1 É uma cira- uma ciranda.
INF2 Cada um pega…
INF1 Chama-se mesmo uma ciranda.
INF2 É uma ciranda. Cada um pega no seu coiso. E é uma rede dessas dos coelhos, uma rede pequenina, cai só o pinhão.
INF1 Uma rede esticadinha para cair só o pinhão e ficar as pedras dentro da rede.
INF2 Isso é bom é com duas pessoas.
INQ1 Pois.
INF2 Chama-se uma ciranda.
INF1 É isso, é. É bom é duas pessoas.
INQ2 Sim, sim, sim.
INF2 Depois aquilo joeira-se ali um bocadinho, ainda bem não caía um [vocalização], depois põe-se a casca fora.
INQ2 Rhum-rhum. E não há nada a que chame o joeiro?
INF2 A joeira?
INQ2 A joeira?
INF2 Há sítios que também se chama uma joeira a um crivo.
INQ2 Mas aqui é crivo.
INF1 A gente é crivo. Aqui é crivo.
INF2 Aqui é crivo. Aqui é crivo.
INQ2 Pronto. Sim senhor.
INF2 Mas há sítios que chamam uma joeira.
INF1 Há aí sítios que é a joeira, é.
INF2 É. É uma joeira.
INF1 Eu já tenho ouvido também esse nome.