Corpus de Textos Antigos

Menu principal


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

M1008T1008

História de mui nobre Vespasiano

TitleHistória de mui nobre Vespasiano
AutorDesconhecido
EdiçãoMaria Inês Almeida
Tradução/RedacçãoTradução do castelhano. O poema em francês do séc.XII Vengeance de Nostre-Seigneur ou Histoire de la destruction de Jerusalem está na origem de prosificações levadas a cabo nos sécs. XIV e XV e que forneceram o arquétipo para as traduções ibéricas deste texto.
Data da Tradução/Redacção1496 (antes de)
TestemunhoLisboa, Valentim Fernandes, [1496?]. Biblioteca Nacional de Portugal, Inc. 571
Data do Testemunho1496
BITAGAPManid 1008, cnum 1008, Texid 1008
GéneroNovelística

O script do Java parece estar desligado, ou então houve um erro de comunicação. Ligue o script do Java para mais opções de representação.

índice   Capítulo 19 < Chapter Capítulo não numerado > Capítulo 21

¶De como disse o amjo a raynha e a clarissa sua cõpanheyra q comessem seus filhos . porq se auia de cõprir a profeçia . [................]Falta numeração de capítulo, para o qual havia espaço suficiente, visto que a linha contém apenas o texto prir a profeçia, estando o restante espaço em braco. O capítulo seria Capitollo .xx.

DEntro naquella çidade de jherusalẽ estaua hũa dona q foy molher del rey d’affrica o ql morreo no tẽpo q jhu o foy posto na cruz E posto q ella ficasse mãçeba quis casar . antes se fez . por q milhor podesse seruir a jhesu o . e deixou todo seu reyno e veo se a jherusalem e truxo cõsigo hũa sua filha e hũa boõa dona de grãde linhagẽ q a acõponhasse . a ql era muy discreta e sabedor e a ql auia nome clarissa . E esta dona clarissa tinha huũ filho e bauptizarõ no em jherusalẽ . e ameude hiam honrrar a jhesu o porq tinhã grande ffe nelle . E a raynha trouxera muytas viandas a jherusalẽ pa ella e pa sua cõpanheyra clarissa . e pilat e todos os outros judeos todavia faziã lhe grãde honrra atee que foy a careza na çidade q emtã honrrauã nehuũ . e roubarõ lhe todos os mãtijmẽtos q tinhã assi como roubauã aos outros q derrador della veuiã . E ella tinha hũa orta pequena em q folgaua : e auia nella mujtas boas heruas . e tornarõ se a comer dellas ella e sua cõpanheyra clarissa . E des q teuerõ q de comer a filha da raynha morreo d fame sem teer outra enfermidade . e o filho da booa dona pello semelhante morreo : e disto fezerõ as donas grande doo polla morte de se filhos . E ajnda era pior q ellas tinhã grãde fame q se podiã teer nas pernas . E a booa dona clarissa disse aa raynha . Deixemos estar o doo pois q a ds apraz q assi seja e curem de nos q morremos de fame q teem q comer senõ nossos filhos pollo ql tomem meu fillho e cortem huũ pedaço de hũu qrto e mãdemo llo assar e comamo llo e viuam Quãdo a raynha ouuio as pallavras de clarissa de grãde espãto cayo em terra esmoreçida .


Guardar XMLDownload text