Corpus de Textos Antigos

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Maarten Janssen, 2014-

M1143T1103

Vida de uma santa monja

TitleVida de uma santa monja
EdiçãoCristina Sobral
Tradução/RedacçãoTradução do latim: «Verba seniorum», De Vitis Patrum Liber VI, Migne, Patrologia Latina 73, cols.995-998.
Data da Tradução/Redacção1375-1400
TestemunhoBiblioteca Nacional de Portugal, Alc. 462, fls. 73r-74v
Data do Testemunho1431-1446
BITAGAPManid 1143, cnum 1086, Texid 1103
GéneroHagiografia

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índice Chapter Vida de uma monja

Aquy se começa a uida dhũa muy sancta mõia .

Contou hũũ padre santo . dizendo que era hũa vjrgem que aproueytara mujto no amor de deus E em seu temor E preguntey a que quem a trouuera a tam boa conuersaçom de uyda e Ella [....] Ella [......]: sobre rasura do manuscrito mão posterior escreveu me. disse o homẽ de deus [......] que tu ees o homẽ de deus [......] que tu ees: a lacuna resulta de raspagem de letras hoje ilegíveis (him, contm ?) onde deveria estar um adjectivo; no lugar correspondente do texto latino o mirabilis vir... ẽquanto era moça avya meu padre e minha madre que eram de desuayradas uidas Meu padre era manso e homildoso e fallaua muj poucas vezes E bem cujdauom os que o nom conhoçiam que era mudo tam pouca era a ssa fala e elle fraco edoente . tal guysa . que poucas uezes sse podya erger do leyto e quando se alçar podia . hya pera ssa terra e pera sas vinhas Ee ala Ee ala: Eeala, erro por E ala. poinha todos seus dias . synplinzidade . E mjnha madre era muj coriosa sem maneira E era de mujta fala . quantos hyã e vijnham em tal guisa que ssemelhaua o sseu corpo todo de lyngoa E ella cometya mujtas uezes baralha todas sas vizinhas e beuja do ujnho mais que lhe conpria . E era muj luxuriosa E mujto estragadeyra do que tijnha E nunca foy doente de pee nem de mãão . mais toda ssa vyda foy ssaao seu corpo . e morreo meu padre . E tamanhas forã as chuuas aquel tenpo que morreo e tamanha foy a tenpestade . que seus vizinhos . per tres dias o nom poderõ soterar atee que lhe o corpo apodreçeo e delle lhe comerõ os caaes e diziam os vizinhos que como lhe na vida fora mal . que assy lhe ffora mal em na morte E despois desto . morreu mjnha madre a poucos dias . em seu huso de ssa uida como soia de uiuer E ao tenpo de ssa morte . ffez tam boo tenpo que todos seus amigos . a ssoterrarom muj honrradamente E eu que depois fiquey da morte delles . começey de cujdar quaaes das uidas filharya . sse a de minha madre ou a de meu padre . E cõsijrey de filhar a de minha madre . que uiueo sua ujda auondada e aa sua morte muito honrrada E eu esto estando çarrou se a nocte E veo a mj̃ huũ homẽ muj grande de corpo e espantoso . de sua cara e de sua fala e disse me que estas coidando . o que tu estas coidando . vem ẽpos mỹ e sigui me e eu te mostrarey teu padre e tua madre E o que cada hũũ ha polla ujda que fez E foy me elle e leuou me a huũ canpo ẽno qual auja muj desuairadas aruores de desuairados fructos E eruas muy uerdes de desuairadas frores e aues que cantauã desuairadas maneyras E muy fremosas . qual lyngua d’homẽ nom poderia dizer E ally vy eu estar meu padre que veo a mỹ E abraçou me E eu lhe Rogaua que me leixasse ficar cõsigo E el me disse he ajnda tenpo . mais se o meu caminho seguires çedo verras aqui E aquel que me ally trouuera me disse anda e hir t’ey mostrar tua madre e fuj adiante a hũũ vale . e vy hũa coua muj negra e muj espantosa e tamanho era hy o bater dos dentes e o choro e os braados que se nom podiam hi ouuir hũũs os outros E uj minha madre jazer atolada fogo . atee os olhos e desuairados vermẽẽs que a comiam de cada parte E ella começou a braadar e dizer filha minha nenbra te da criaçom que fiz em ty e a door door que ouue contigo e da me a maão e tira me deste logar . ca atormentada soo assy como vees . E eu choraua do que uja E em esto estando espertey me e achey me em meu logar e cujdey em mỹ pera escolher a uida de meu padre E per este emxenplo podemos ẽtender . que aquelles que em este mundo sofrẽ pena e tribulaçom com paciençia . que melhor baratam que aquelles que se lançam ao prazer da carne . e a vyuer em luxuria...


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