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Maarten Janssen, 2014-

M5602T12967

Vida e Milagres de Santa Senhorinha de Basto (E)

TitleVida e Milagres de Santa Senhorinha de Basto (E)
AutorDesconhecido
EdiçãoMarta Cruz
Tradução/RedacçãoEscrito originalmente em português
Data da Tradução/Redacção1248 - 1284
TestemunhoBiblioteca Pública de Évora, CIII / 1-22, copiado por Torcato Peixoto de Azevedo (autógrafo), ff. 286r-305v
Data do Testemunho1692-1705 (datado 14-02-1692)
BITAGAPManid 5602, cunum 29493, Texid 12967
GéneroHagiografia

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Do Caualeiro q El rey Mandou prender, e do q lhe sucedeo sancta Senhorinha.

Digo uos senhores hum bom milagre, q nembra, que Deos fes por esta sua serua em sua vida, em tempo que El rey Dom Affonço regia os reynos de Portugal, e de Castella, e de Leom hum Jrmão desta sancta Senhorinha porq desserõdesserõ: provável erro por disserõ. a El rey, que el, e suas campanhas roubauão algũas terras, porq hera Homem pobre, e não tinha tanto de seu, por que se pudesse manter, andaua de terra em terra, e comia do alheyo, segundo o soem de fazer os Caualeiros pobres; polla qual rezão o mandou El rey prender : mas sede sertos, q cada ues, q lhe metião os pés nos ferros, ou algũa cadea, logo lhe os ferros, ou cadea cahião dos pés, bem se fossem feitos de Barro, ou de Lama, e logo quebrauão, e cahião em terra; e depois uendo esto os Carcereiros dissero no a El rey, e el lhes preguntou se sabião porq hera; e elles lheslhes: erro por lhe. respõderõ, q non sabião . depois aconteceo esto q cahion os ferros quebrados ao dito Caualeiro Jrmão desta sancta, que El rey foi dello muy sanhudo, e preguntou aos Carcereiros, q hera o que entendião, e elles responderão, senhor; ouuimos dizer, q este Caualeiro tem hũa Jrmã muy sancta, q he Monja, e Dona de bóa vida, e temos, q pollas suas oracões se faz esto, q he vontade de Deos, q este seu Jrmão seja prezo El rey preguntou, aonde, ou em q terra moraua tal molher, como aquesta, e elles lheslhes: erro por lhe. disserõ, q moraua no Arcebispado de Braga, e faz vida muito apertada . Eu queria muy de grado uer essa molher disse El rey, e de grado lhe daria qualquer couza, q me mandasse . entom mandou logo El rey por ella, que a leuassem a Tolledo, onde el entom estaua . os quaes a leuarom com sua honra e aprezentarom ante El rey . o q lhe disse, como quer q uos Eu nom conheça por pessoa, nem por outra giza, senom solamente pellos bẽs, q de uós ouço dizer; rogo uos, que qualquer couza, que uos de mim comprir, que vós, q a peçades, que Eu, que uo llopeçades, que Eu, que uo llo: possível expressão de reforço ou erro por repetição de que. outorgarei de grado . Digo uos, q ella, como molher de grande suplicadadesuplicadade: erro por simplicidade., e de grande humildade disse entõ a El rey, uos, e com falla muito homildoza . rey, e senhor, pesso te, q aquella Jgreja piquena, que me deu meu Padre, q ma outorges, en os dias de minha vida . do q El rey foi muy espantado, de lhe nom pedir mais, e por lhe pedir o seu Jrmão, que tinha prezo, e demais deu lhe couto muy pera a dita Jgreja, e deu lhe o dito rey sua carta a qual foi dada em Tolledo; e esta sancta se tornou pera sua caza com grande honra, e morou na dita Jgreja que lhe El rey assi deu.

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