Corpus de Textos Antigos
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Vida e Milagres de Santa Senhorinha de Basto (E)
Title | Vida e Milagres de Santa Senhorinha de Basto (E) |
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Autor | Desconhecido |
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Edição | Marta Cruz |
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Tradução/Redacção | Escrito originalmente em português |
Data da Tradução/Redacção | 1248 - 1284 |
Testemunho | Biblioteca Pública de Évora, CIII / 1-22, copiado por Torcato Peixoto de Azevedo (autógrafo), ff. 286r-305v |
Data do Testemunho | 1692-1705 (datado 14-02-1692) |
BITAGAP | Manid 5602, cunum 29493, Texid 12967 |
Género | Hagiografia |
Notas | Neste testemunho há alguma dificuldade em distinguir as figuras maiúsculas e minúsculos das letras a/A, c/C, e/E, i/I e j/J, m/M, n/N, o/O, r/R, s/S e v/V. Para a transcrição desses casos optou-se por previamente analisar e descrever detalhadamente cada uma das figuras de forma a justificar a decisão tomada. Além disso, na mão do copista responsável por este apógrafo também se confundem as figuras minúsculas das letras a vs. o e e vs. i ou o. A transcrição desses casos implicou uma análise e descrição cuidadosa do ductos de cada uma das letras em questão.
Convém também notar que neste manuscrito existem duas figuras diferentes de r minúsculo inicial aumentado. A primeira tem um ductus composto por quatro traços realizados a dois tempos (f.287r). A segunda forma é constituída apenas pelos traços do segundo tempo da primeira forma (f.286v).
Por fim, importa descrever a diferença entre E maiúsculo e e minúsculo. Enquanto e minúsculo é sempre uma figura baixa e redonda, com ductus a dois traços e um tempo, E maiúsculo surge sempre em início de palavra (embora não sistematicamente) como uma de duas figuras aumentadas. A primeira é a um E ligeiramente mais alto do que a escrita corrente e com um ductus em três traços a um tempo (f.286r). A segunda figura de E maiúsculo também é mais alto do que o restante corpo das letras minúsculas, mas corresponde a uma concretização cursiva de & (sinal gráfico recuperado da letra carolina pelos humanistas, que o reinterpretam já não como uma mera ligadura entre os grafemas e e t, mas como um sinal abreviativo de um étimo – et) realizada a quatro traços e (provavelmente) a um tempo (f.286v).
Nesta edição optou-se por anotar apenas a primeira ocorrência de cada uma destas figuras de r minúsculo e E maiúsculo. Assim facilita-se a identificação de cada uma durante a eventual consulta das reproduções digitais deste manuscrito, mas não se sobrecarrega a edição com a anotação de todos os lugares (numerosos) onde se atestam ao longo do testemunho.
No texto não se assinalam nem anotam erros como a ausência de uma marca que assegure a nasalidade de vogais evidentemente nasais. No entanto, este é um erro frequente neste testemunho, ocorrendo em palavras como as que se seguem: boo (f.288r, f.288v) e no plural bos (f.293r), dissero no (f.302r) e hua (f.303v).
Quanto à separação/junção de palavras importa registar pelo menos dois casos cuja transcrição é autorizada por um das possíveis interpretações da palavra no respectivo contexto: porem (f. 294r), interpretado como adversativo, embora o valor causal também fosse aceitável; e tambem (f.297v), interpretado como advérbio, apesar de o valor comparativo “tão bem” ser igualmente admissível.
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