Corpus de Textos Antigos

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Maarten Janssen, 2014-

M5692T12967

Vida e Milagres de Santa Senhorinha de Basto (P)

TitleVida e Milagres de Santa Senhorinha de Basto (P)
AutorDesconhecido
EdiçãoMarta Cruz
Tradução/RedacçãoEscrito originalmente em português
Data da Tradução/Redacção1248 - 1284
TestemunhoBiblioteca Pública Municipal do Porto, Cofre. N. 527 (Nº do Catálogo 683), ff. 196v-208v
Data do Testemunho Segunda metade do século XVIII / início do século XIX, talvez c. 1787 (datado 14-02-1692)
BITAGAPManid 5692, cnum 30183, Texid 12967
GéneroHagiografia

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algũas terras, porq hera homẽ pobre e não tinha tanto de seu por q se pudesse manter, andava de terra em terra e comia do alheo, segundo o soem de fazer os Cavaleiros pobres; polla qual rezão o mandou El Rey prender; mas sede certos q quada vez q lhe metião os pés nos ferros ou algũa cadêa logo lhe os ferros, ou cadea cahião dos pes, bem se fossem feitos de barro, ou de lama, e logo quebravão, e cahião em terra; e despois vendo esto os Carcereiros disserom no a El Rey; e el lhes perguntou se sabião porq hera, e elles lheslhes: erro por lhe. responderom q nom sabião; depois aconteceo esto q cahiom os ferros quebrados ao do Cavaleiro irmão desta santa, q El Rey foy dello muy sanhudo, e perguntou aos Carcereiros q hera o q entendião, e elles responderão, senhor, ouvimos dizer q este Cavaleiro tem hũa irmãã muy santa, e q he Monja, e Dona de boa vida, e temos q pellas suas orações se faz esto, q he vontade de Deos q este seu irmão não seja prezo; El Rey perguntou aonde, ou em q terra morava tal molher como aquesta; e elles lhe disserão q morava no Arcebpado de Braga, e faz vida mto apertada; eu queria muy de grado ver essa molher, disse El Rey, e de grado lhe daria qualquer couza q me mandasse; entom mandou logo El Rey por ella q a levassem a Toledo onde el entom estav[]estav[…]: lacuna material provocada por um borrão de tinta que ocupa o espaço de uma letra. Leia-se estava. os quais a levarom com sua honra e aprezentarom ante El Rey, o q lhe disse, como quer q vos eu nom conheça por pessoa, nẽ por outra giza, senom tão solamente pellos bẽs q de vós ouço dizer, rogo vos q qualquer couza q vos de mim comprir q vós q a peçades que eu que vo lloque eu que vo llo: possível expressão de reforço ou erro por repetição de que. outorgarei de grado; digo vos q ella como molher de grande suplicadadesuplicadade: erro por simplicidade., e de grande humildade disse entom a El Rey voz, e com fala mto humildoza, Rey, ee: grafema que pode confundir-se com o. senhor pesso te q aquella Igreja piquena q me deo meu padre q ma outorgues en os dias de minha vida; do q El Rey foi muy espantado de lhe nom pedir mais; e por lhe nom pedir o seu irmão q tinha prezo e demais deu lhe hum couto muy bom pa a dita Igreja, e deu lhe o do Rey sua carta a qual foy dada em Tolledo; e esta santa se tornou pa sua caza, grande honra, e morou na da Jgreja q lhe El Rey assy deo. Milagres das tres mulheres q forão sããs das suas dores.

Hum Clero nos contou q tres molheres q em Guimarães havião dores desvairadas, ca hũa hera demoniada, ca outra avia fluxo de sangue, e a terceira como quer q paria mtos filhos, avia depois gram nojo, porq lhe morrião todos, as quais molheres ajuntadas todas contarão suassuas: grafema s inicial parece corrigido sobre outra letra, talvez R. dores todas cada hũa, hũa a outra, dizendo q bem empregada hera em ellasbem empregada hera em ellas: provável erro nesta estrutura., pois nom queriom chegar aonde esta santa jazia; q tantos milagres fazia; entom prometerão todas tres q fossem ao seu moimento

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