DI_38LF35b
Sem título
ID | 38 |
Participant | T. Magalhães |
Gender | Feminino |
Opções de representação
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O script do Java parece estar desligado, ou então houve um erro de comunicação. Ligue o script do Java para mais opções de representação.
Muitíssimo
obrigada
De
nada
pode
deixar
Já
está
tudo
ah
Terminámos
É
verdade
terminámos
o
a
parte
de
leitura
agora
podemos
/
finalmente
conversar
hhh
Sim
senhora
O
que
é
que
lhe
pareceu
isto
tudo
?
Muito
aborrecido
?
Não
Acho
que
é
realmente
bastante
material
Não
entendo
porque
se
repete
tanta
aparece
tanta
vez
/
É
é
a
mesma
frase
ou
a
mesma
palavra
repetida
/
ah
é
parecido
é
é
para
ver
se
o
som
se
são
parecidas
não
são
bem
bem
iguais
Mas
há
algumas
parecidas
Não
há
algumas
iguais
Acha
?
Acho
Estão
algumas
Não
eu
acho
que
houve
foi
algumas
vezes
em
que
e
ah
por
exemplo
/
lembro-me
de
crítico
estava
critico
/
E
crítico
/
e
e
e
crítico
aí
estava
/
Sim
mas
não
é
a
mesma
palavra
com
com
acentuação
diferente
/
Eu
não
sei
tinha
tinha
e
outras
coisas
mas
algumas
nestas
das
frases
nesta
das
frases
/
uhuh
estavam
mais
repetidas
havia
ali
uma
em
Faço-o
faça-a
/
Pois
eu
acho
que
os
F
é
que
está
/
Ai
era
?
muito
no
no
vosso
estudo
não
percebo
hhh
/
hhh
e
os
S
também
porque
eu
acho
que
nós
somos
muito
sibilantes
não
é
?
Era
É
exatamente
Mas
ah
aquilo
a
minha
preocupação
era
a
de
ter
/
determinados
encontros
vocálicos
em
final
e
/
início
de
palavra
De
palavras
E
então
tem
muitas
coisas
dessas
/
ah
faça
essa
agora
faça
isso
agora
faça
esta
agora
/
Pois
parece
quase
a
mesma
coisa
mas
muitas
vezes
há
umas
pequenas
diferenças
/
Há
umas
diferenças
de
de
pormenor
Pois
Eu
queria
perceber
isso
Até
na
pessoa
não
é
?
Eu
acho
Dá-me
ideia
que
havia
ali
várias
pessoas
em
que
/
É
sim
sim
sim
sim
é-se
obrigado
a
falar
em
várias
pessoas
não
é
?
Exato
De
maneira
a
que
ah
encontre
as
/
os
as
diferentes
sequências
de
vogais
possíveis
para
ver
o
que
é
que
as
pessoas
fazem
/
Pois
se
inserem
semivogais
coisas
assim
Eu
acho
que
nós
t
não
sei
eu
acho
que
nós
ah
/
É
um
bocado
ah
comemos
muito
as
últimas
as
últimas
/
É
mas
também
para
para
se
ver
isso
é
/
sílabas
não
é
?
que
aqui
estão
os
exemplos
como
aqueles
Pois
ah
E
em
frases
minimamente
comuns
E
por
exemplo
no
Brasil
elas
desculpavam-se
imenso
/
que
não
me
entendiam
não
é
?
Era
?
Para
justificar
as
más
notas
Imagino
hhh
E
então
era
era
uma
preocupação
que
eu
tinha
que
ter
não
é
?
para
me
fazer
entender
era
pronunciar
/
Entender
as
coisas
muito
mais
silabadas
não
é
?
E
não
comer
esses
finais
Claro
Porque
às
vezes
nós
brincávamos
eu
ia
/
com
uma
amiga
minha
aqui
de
Lisboa
também
/
uhuh
íamos
ao
centro
da
cidade
/
e
desatávamos
a
falar
rápido
/
do
nosso
jeito
não
é
?
Claro
E
acontecia
que
realmente
nos
perguntavam
se
éramos
argentinas
/
tal
era
a
espanholada
que
a
gente
devia
falar
/
hhh
ou
que
lhes
devia
parecer
hhh
Sabe
que
uma
vez
fiz
um
estudo
engraçado
/
que
foi
ah
uma
comparação
entre
/
ah
/
a
forma
como
se
percebia
o
português
do
Brasil
e
/
o
português
de
Portugal
e
fiz
isso
em
Barcelona
ah
/
Tinha
informantes
portugueses
e
informantes
brasileiros
/
Informan
e
ah
pus
pessoas
que
eram
linguistas
/
a
tentar
perceber
Os
que
eram
catalães
/
conseguiam
com
muitíssima
dificuldade
/
perceber
o
português
/
percebendo
no
entanto
com
relativa
facilidade
o
português
do
Brasil
/
O
do
e
ah
os
ah
castelhanos
não
conseguiam
/
de
nada
hhh
hhh
Do
que
se
dizia
Eu
não
en
Diziam
que
não
conseguiam
entender
praticamente
nada
ah
/
Tal
era
a
a
forma
como
E
depois
acontecia
outra
coisa
engraçada
tinha
lá
o
presidente
Eanes
/
uhuh
ah
ao
Brasil
naquelas
visitas
oficiais
e
eu
sei
que
no
telejornal
/
apareceu
/
alguém
fazendo
uma
entrevista
que
é
um
acompanhante
do
presidente
e
que
fez
uma
entrevista
/
e
eu
achei
aquilo
horrível
/
e
disse
assim
"
Que
horror
/
podiam
ter
arranjado
outra
pessoa
/
mas
este
sou
eu
a
falar
desta
maneira
?
Que
coisa
horrível
Ao
menos
pusessem
um
homem
que
fosse
capaz
de
falar
"
Liguei
para
essa
minha
amiga
/
Para
saber
como
é
que
se
chama
XYZ
e
disse
assim
"
Ó
XYZ
já
viste
que
coisa
horrível
/
aquele
estúpido
aquele
parolo
que
puseram
na
televisão
aquele
brasileiro
"
hhh
Ela
diz
"
Ah
XYZ
"
porque
ela
já
estava
vindo
a
Portugal
e
eu
não
tinha
vindo
/
por
umas
circon
eu
tive
uns
gémeos
e
prematuros
e
não
sei
quê
/
mais
ou
menos
aos
nós
aos
cinco
anos
começámos
a
vir
a
Portugal
/
uhuh
e
eu
naquela
altura
não
tinha
...
Mas
ela
já
estava
a
vir
Ela
desata
a
rir
de
lá
e
diz-me
assim
"
Tu
já
não
estás
é
com
o
ouvido
habituado
nós
falamos
assim
"
hhh
hhh
Olhe
eu
ri-me
"
Não
/
posso
acreditar
isso
é
...
Não
é
impossivel
"
hhh
"
Não
é
isso
mesmo
"
Lá
tinha
estado
a
ouvir
também
a
mensagem
hhh
Claro
mas
tinha
Mas
ela
é
que
já
estava
/
É
que
parece-me
que
portanto
ela
percebia
bem
a
sonância
e
a
diferença
agora
eu
já
estava
com
o
ouvido
/
tão
habituado
à
sonância
brasileira
que
não
achava
E
outra
coisa
engraçada
é
que
eu
eu
eu
lecionava
no
colégio
dos
meus
filhos
e
a
certa
altura
uma
professora
de
matemática
/
estava
à
espera
de
um
bebé
estava
com
umas
hipóteses
/
ah
de
não
conseguir
segurar
o
bebé
e
começou
a
faltar
e
eu
fui
substituir
uhuh
E
quando
eu
entrava
na
Cada
vez
que
saímos
eu
E
então
eu
entrava
na
sala
do
meu
filho
/
e
ele
baixava
a
cabeça
e
não
me
olhava
/
E
por
não
?
de
cada
vez
que
me
encontrava
no
final
do
dia
da
manhã
/
como
a
gente
se
encontrava
sempre
para
vir
para
casa
da
da
das
aulas
/
ele
dizia-me
nos
dias
em
que
eu
tinha
entrado
na
sala
dele
para
dar
matemática
/
ele
dizia-me
"
A
mãe
hoje
falou
mais
português
do
que
nunca
"
hhh
Ele
não
gostava
era
complicado
hhh
Ele
estava
completamente
/
passado
"
O
meu
português
ó
filho
é
o
mesmo
de
sempre
/
hhh
Claro
eu
não
sei
mais
nem
menos
/
é
o
mesmo
"
E
realmente
eu
vim
eu
ah
nunca
apanhei
o
sotaque
/
É
assim
nunca
tive
sotaque
apenas
eu
tinha
termos
abrasileirados
/
É
é
e
riam-se
imenso
ah
os
pronto
pessoas
da
minha
família
dizem
assim
"
Tu
continuas
a
falar
à
portuguesa
com
termos
brasileiros
/
é
uma
é
uma
mistura
completamente
absurda
"
hhh
E
é
engraçado
Mas
isso
vai-se
perdendo
com
o
tempo
não
é
?
Vai-se
perdendo
com
o
tempo
e
na
hora
que
eu
cheguei
aqui
/
fui
lecionar
para
o
planalto
Tempos
depois
encontro
alguém
e
disse
"
Mas
ah
no
ano
tal
estava
no
planalto
?
"
Eu
disse
"
Estava
era
a
professora
de
matemática
dos
sétimos
oitavos
e
nonos
"
O
quê
?
Aquela
brasileira
?
hhh
Aquela
brasileira
hhh
hhh
Não
mas
disseram-me
que
era
uma
brasileira
Eu
disse
"
Não
essa
brasileira
era
eu
"
Era
eu
hhh
a
sério
?
hhh
Mas
portanto
havia
assim
coisas
/
Que
engraçado
super
engraçadas
não
é
?
Não
e
é
e
as
crianças
às
vezes
notam
e
não
sei
quê
/
e
eu
uso
ainda
termos
É
pessoal
quando
é
para
quer
dizer
eu
tiro
partido
disso
/
até
porque
aqui
são
termos
hoje
já
muito
normalizados
/
pelas
novelas
/
uhuh
portanto
eu
tiro
partido
disso
para
para
quebrar
o
ritmo
da
aula
percebe
?
uhuh
Para
para
me
meter
com
eles
/
estão
visivelmente
mais
Para
os
fazer
acordar
Para
os
fazer
acordar
então
eu
uso
isso
muito
como
arma
/
e
dá
e
dá
resultado
funciona
E
funciona
?
Funciona
muito
bem
funciona
Bem
e
houve
realmente
uma
melhoria
no
Brasil
que
aconteceu
isso
eu
/
o
o
nosso
seiscentos
não
é
?
A
gente
E
eu
sei
que
tenho
um
seiscentos
um
bocado
com
S
/
e
e
com
cada
vez
que
eu
dizia
o
seiscentos
eu
quase
que
me
arrepiava
/
é
lá
as
salas
eram
de
quarenta
não
é
?
Onde
eu
lecionava
uh
Com
estradinha
e
ainda
um
bocadinho
à
nossa
antiga
não
é
?
É
eu
sei
o
que
é
Eu
virava-me
e
um
seiscentos
e
eu
sentia
aquele
sibilar
por
meio
dos
quarenta
/
hhh
hhh
por
aí
fora
Bem
pronto
/
aguentei
a
primeira
aguentei
a
segunda
um
dia
/
à
terceira
do
seiscentos
não
é
?
uhuh
Eu
lecionava
física
para
os
complementares
/
uhuh
aí
eu
eu
perguntei
"
Que
língua
falam
vocês
?
"
mas
calma
/
eles
respondiam
eles
diziam
sempre
"
Português
não
é
?
"
Claro
Isso
é
Não
é
?
Era
engraçado
é
porque
ele
dizia
sempre
"
Português
"
"
Que
língua
falo
eu
?
/
Qual
é
a
minha
nacionalidade
?
Quem
sabe
português
sou
eu
"
hhh
A
sério
?
hhh
/
Seiscentos
hhh
Nunca
mais
nunca
mais
ouviu
É
um
perigo
hhh
E
pronto
quer
dizer
há
assim
coisas
engraçadas
percebe
?
Ainda
bem
uhuh
Em
que
elas
diziam
mas
por
exemplo
eh
/
ah
mas
nunca
no
Brasil
você
consegue
saber
/
que
se
diz
quer
dizer
eu
cheguei
a
São
Paulo
e
disse
"
A
menina
vá
ao
quadro
"
hhh
Diz-se
lá
a
lousa
o
nosso
antigo
hhh
parece
o
nosso
antigo
parece
Mudei-me
para
Curitiba
dois
anos
/
depois
"
Menina
vá
à
lousa
"
Achando
que
já
iam
saber
"
Ó
professora
que
que
vá
ao
quadro
"
hhh
hhh
hhh
Trezentos
quilómetros
de
diferença
/
Quer
dizer
que
chegou
lá
primeiro
que
cá
trezentos
quilóm
...
Porque
quer
dizer
depende
da
época
/
e
quem
iniciou
/
Claro
portanto
São
Paulo
que
era
mais
antigo
/
devia
ser
o
o
início
dos
nossos
portugueses
/
É
é
o
é
vá
à
lousa
não
é
?
hhh
o
outro
já
não
me
lembro
quem
era
vá
ao
quadro
hhh
Portanto
quer
dizer
a
gente
tinha
de
estar
sempre
a
perguntar
E
outra
dificuldade
era
os
nomes
deles
eu
nunca
entrava
numa
sala
de
aula
/
Acho
que
é
engraçado
que
cantasse
os
nomes
deles
da
lista
Não
Eu
dizia
Eu
apresentava-me
e
o
meu
truque
era
assim
eu
apresentava-me
e
agora
digam
lá
os
vo
Como
é
que
se
chamam
como
é
que
se
chamam
/
um
a
um
levante-se
e
apresente-se
Porque
Porque
era
a
única
...
Se
não
eu
corria
o
risco
de
dizer
aquilo
tudo
mal
/
É
ou
é
mais
afrancesado
ou
é
mais
americanizado
/
ou
um
nome
...
Então
<eu>
hou
havia
uma
que
/
filha
de
uma
coordenado
do
colégio
onde
eu
estava
/
então
não
era
completamente
uma
pessoa
analfabeta
/
e
tinha
posto
à
filha
Marcianita
por
causa
dos
marcianos
Ai
não
posso
crer
como
é
que
eles
Portanto
e
de
repente
você
tinha
assim
uns
nomes
completamente
/
hhh
doidos
não
é
?
Até
uma
marciana
e
tudo
hhh
Até
uma
marciana
e
tudo
até
ao
pronto
dois
dias
percebe
/
Já
tudo
era
possível
que
tudo
era
possível
por
porque
eram
conjugações
às
vezes
de
nomes
Eu
não
sei
se
era
quando
...
A
ler
não
devia
ser
porque
elas
não
estavam
a
ler
não
é
?
Aquela
coisa
de
que
a
mãe
põe
ao
filho
um
/
ah
a
heroína
do
livro
que
está
a
ler
não
pode
ser
porque
elas
não
não
não
leem
não
leem
Sim
sim
sim
sim
Não
liam
E
então
isso
não
podia
ser
Mas
era
talvez
de
de
filmes
de
de
coisas
/
Era
mistura
de
vários
nomes
também
que
elas
associam
não
sei
ah
Tenho
uma
amiga
brasileira
que
diz
que
na
família
dela
/
há
muitas
pessoas
que
têm
nomes
que
são
conjugações
de
de
outros
dois
nomes
/
Associados
partes
de
nomes
e
assim
é
sobre
É
exatamente
você
nem
sabe
onde
está
a
acentuação
/
Pois
é
isso
porque
então
ainda
por
cima
é
passado
a
coisas
em
computadores
não
é
?
Você
não
percebe
onde
é
que
está
a
acentuação
não
sabe
ler
aquilo
Pois
não
?
Eu
não
sabia
E
então
eu
adotei
esse
sistema
depois
que
errei
um
ou
dois
não
é
?
Pronto
E
inventam
uns
nomes
tão
estranhos
É
completamente
Eu
há
bocadinho
acabei
de
ver
um
uma
comunicação
de
uma
/
pessoa
ah
num
congresso
/
era
Evna
Evna
não
é
nome
de
gente
o
que
é
isto
?
hhh
Nunca
se
ouviu
não
é
?
Pois
não
Evna
não
é
nome
Não
tem
nada
a
ver
com
nada
portanto
não
sei
onde
é
que
eles
vão
buscar
aquela
/
criatividade
toda
porque
ao
fim
ao
cabo
é
o
que
é
Mas
são
realmente
criativos
e
têm
termos
giríssimos
Tive
lá
um
que
eu
continuo
sempre
a
usar
que
é
o
chavear
/
O
que
fazia
fecha
a
porta
à
chave
É
uma
frase
que
realmente
não
só
movimentou
para
dois
movimentos
de
chave
Mas
serve
para
quê
?
Chaveaste
é
o
verbo
chavear
Isso
é
uma
palavra
que
eu
não
conhecia
Chaveaste
a
porta
é
um
é
Chaveaste
a
porta
pois
não
te
esqueças
de
chavear
a
porta
Então
é
um
é
realmente
um
dos
termos
Mas
em
contrapartida
ah
muitas
vezes
usam
assim
um
/
ah
sobretudo
na
ah
E
eu
que
gosto
imenso
de
termos
eu
faço
imensa
composição
/
Experimenta
uhuh
em
relação
Eu
acho
engraçado
percebe
?
Eu
a
É
uma
das
coisas
que
me
diverte
Brincar
com
com
as
palavras
É
uh
eh
Eu
também
gosto
de
fazer
essas
coisas
/
mas
não
estou
todos
os
dias
com
eles
Eu
gosto
do
Mia
Couto
exatamente
por
isso
/
hhh
porque
eu
acho
aquilo
uma
coisa
/
Claro
tinha
que
ser
hhh
completamente
delirante
Mas
e
eu
o
que
eu
ia
dizer
é
que
eles
muitas
vezes
nos
textos
ah
escritos
/
e
em
cartas
e
em
tudo
são
tão
cheios
de
salamaleques
/
tão
cerimoniosos
fazem
uma
linguagem
tão
artificial
/
Que
eles
não
são
assim
que
que
eles
não
são
assim
portanto
acho
/
Não
que
há
uma
Mas
é
Mas
é
uma
faixa
muito
é
é
uma
faixa
muito
reduzida
É
?
É
o
normal
não
é
Sinto
muito
a
normal
não
é
uhuh
Uma
faixa
reduzida
tem
a
tem
essa
/
preocupação
do
elaborar
sobretudo
/
eles
têm
a
Europa
como
uma
coisa
assim
/
e
tudo
o
que
se
dirige
à
Europa
/
Eles
tremem
todos
eles
eles
não
digo
que
tremam
/
mas
eles
acham
que
nós
somos
muito
/
ah
como
é
que
eu
hei
de
dizer
?
Que
nós
somos
muito
formais
Oh
que
disparate
E
eles
é
e
somos
e
somos
Sim
mas
nós
somos
somos
mas
ah
mas
eu
acho
que
eles
exageram
ah
Nós
temos
eh
/
nos
rituais
normais
da
nossa
sociedade
/
nós
ah
somos
muito
exagerados
uhuh
Talvez
<eu
não>
eu
eu
gosto
de
rituais
também
/
portanto
não
digo
que
ah
o
despir
de
qualquer
/
ritual
que
que
a
vida
deva
ser
feita
sem
qualquer
ritual
não
é
?
Claro
Claro
Claro
Eu
acho
que
isso
faz
parte
exatamente
das
da
riqueza
não
é
?
Das
próprias
relações
uhuh
Mas
ah
sobretudo
ah
sobretudo
ah
Mas
eles
são
muitos
mais
desp
despreocupados
/
e
talvez
vivam
mais
do
que
nós
/
uhuh
nesse
sentido
Nós
não
apreciamos
tanto
as
coisas
por
estar
ao
É
é
Por
estarmos
muito
formalizados
/
E
e
isso
é
disciplina
e
isso
já
entrou
automaticamente
na
nossa
maneira
de
ser
Eu
acho
que
sim
de
ser
é
é
é
"
Vais
assim
para
a
rua
?
"
A
gente
tem
essa
preocupação
"
Vais
assim
para
a
rua
?
"
Isto
é
uma
frase
que
a
gente
diz
muita
vez
É
"
Vais
assim
para
a
rua
?
Então
hoje
não
vestes
outra
coisa
?
"
Como
se
nós
tivessemos
de
ter
tal
preocupação
"
E
tu
já
reparaste
Exatamente
Mas
isso
está
vincado
na
no
na
nossa
educação
completamente
E
vamos
sizudos
e
temos
maneiras
de
estar
ah
/
E
vamos
E
vamos
Eu
devo-lhe
dizer
ah
/
Sim
Se
me
perguntar
gostei
do
Brasil
gostei
imenso
do
Brasil
/
e
há
uma
coisa
que
sobretudo
eu
acho
que
ganhei
imenso
/
e
que
eu
noto
que
ainda
há
falhas
na
minha
família
sobre
sobretudo
isso
não
é
?
Eu
Somos
uma
família
de
seis
irmãos
portanto
somos
seis
filhos
/
uhuh
e
eu
tenho
cinco
irmãos
e
que
é
uma
família
bastante
rica
/
uhuh
ah
mas
há
uma
coisa
que
eu
acho
/
que
nós
temos
vergonha
de
dizer
nós
portugueses
/
e
que
não
somos
capazes
de
fazer
/
é
manifestarmos
os
nossos
sentimentos
/
uhuh
e
eu
isso
aprendi
no
Brasil
Conseguir
levantar
os
braços
abraçar
/
erguer
um
filho
no
colo
grande
/
Um
filho
é
proteção
É
a
sério
e
dizer
"
Como
eu
gosto
de
ti
"
E
eu
acho
que
isso
a
gente
não
é
capaz
de
fazer
naturalmente
É
é
Somos
muito
pouco
espontâneos
nessas
coisas
É
é
pouco
espontâneos
É
Nós
temos
vergonha
de
exprimir
os
nossos
sentimentos
E
e
isto
é
uma
é
uma
frustração
não
é
?
E
eu
acho
que
isso
é
uma
falha
é
uma
falha
É
uma
falha
porque
/
não
há
nada
melhor
do
que
a
gente
poder
dizer
livremente
/
Aquilo
que
se
sente
a
alguém
não
é
?
O
que
sente
Claro
claro
E
isso
nota-se
neles
eles
andam
sempre
eles
abraçam-se
/
E
eu
acho
É
é
eles
tocam-se
/
Tocam-se
exatamente
ima
ah
/
É
uma
comunicação
efetiva
não
é
?
Uma
Uma
das
coisas
É
Uma
das
coisas
que
uma
pessoa
que
está
cá
há
pouco
tempo
/
e
que
está
temporariamente
em
Portugal
/
diz
é
que
ah
/
sente
falta
do
contato
físico
com
as
pessoas
o
o
toque
/
ah
porque
/
não
está
habituada
a
encontrar
isso
aqui
/
Pois
não
e
diz
que
no
no
no
primeiro
mês
foi
aquilo
que
mais
lhe
custou
foi
/
não
só
não
ter
muitas
pessoas
com
quem
conviver
e
/
aquelas
pessoas
com
a
casa
de
quem
se
vai
mesmo
sem
ter
combinado
previamente
/
mas
também
o
facto
de
poder
tocar
nas
pessoas
/
e
dizer
"
Olá
estás
boa
?
"
E
dar
uma
palmadinha
nas
costas
ah
/
e
efetivamente
nós
não
temos
nenhum
hábito
de
de
de
/
Não
manifestação
nenhuma
fazer
isso
mas
ainda
há
piores
que
nós
Há
É
de
qualquer
modo
hhh
Não
mas
eu
mas
eu
acho
Eles
em
princípio
acho
que
são
o
o
extremo
/
não
sei
se
Talvez
a
gente
não
tenha
aprendido
muita
coisa
com
esse
co
/
com
a
influência
inglesa
sabe
?
Eu
acho
Eu
acho
que
sim
acho
que
somos
já
muito
mais
É
esta
rigidez
que
não
é
não
é
tão
latina
assim
não
é
?
Pois
não
Pois
não
Nós
aprendemos
a
conter-nos
um
bocado
demasiado
/
e
também
não
é
natural
de
um
país
com
o
sol
que
temos
e
com
o
mar
que
temos
Exatamente
Não
é
natural
ah
Basta
ir
a
Espanha
para
se
ver
já
o
É
Uma
diferença
não
é
?
uma
diferença
significativa
Será
nostalgia
?
Não
acredito
Ah
Não
é
Não
é
nostalgia
isto
é
Nostalgia
de
quê
?
É
nós
temos
um
espírito
crítico
muito
aguçado
/
e
a
sensação
do
ridículo
Pois
do
ridículo
É
horrível
É
A
gente
tem
logo
esse
Não
muito
essa
...
e
a
gente
vê
mesmo
na
nas
crianças
mais
pequenas
/
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Dentro
de
uma
sala
de
aula
o
espírito
crítico
em
relação
a
uma
situação
que
se
cria
de
repente
uma
coisa
qualquer
Isso
percebe-se
E
eh
e
percebe
a
vítima
e
/
É
muito
agudo
percebe
o
o
carrasco
não
é
?
ah
/
Exato
exatamente
Os
outros
que
estão
a
assistir
são
/
exatamente
implacáveis
ah
/
Aí
há
tempos
pensei
numa
numa
questão
que
foi
/
na
no
facto
de
poderem
/
ingressar
em
infantários
crianças
eh
deficientes
e
na
ah
relação
que
isso
/
estabeleceria
com
as
diferenças
crianças
Era
preciso
ah
pensar
todo
aquele
equilíbrio
não
é
?
eh
Que
tinha
que
se
hum
adquirir
/
uh
e
eu
acho
que
não
seria
fácil
porque
muitas
das
crianças
já
vão
mesmo
de
muito
pequeninas
/
com
ideias
preconcebidas
ah
para
hum
esse
tipo
de
relação
não
estão
preparadas
para
isso
/
e
não
estando
preparadas
são
capazes
até
de
ser
ou
agressivas
ou
pouco
pouco
amáveis
eh
não
é
que
se
deva
ser
necessariamente
/
Mas
eu
acho
que
não
é
não
é
bem
a
criança
eu
acho
que
é
mais
os
pais
das
crianças
amável
mas
é
que
mas
é
que
Eu
acredito
que
sim
Eu
acredito
que
sim
mas
mas
é
difícil
de
lidar
Fiz
uma
experiência
no
Brasil
com
isso
e
achei
que
ou
tinham
/
para
o
para
o
para
o
excecional
era
o
mongolóide
/
ah
adquiriu
/
um
desenvolvimento
bastante
grande
Era
[
/
/
/
]
Ele
Era
um
mês
de
verão
/
no
mês
de
julho
ah
fecham
as
muitas
escolas
fecham
e
eu
tinha
um
berçário
e
não
fechei
E
ele
era
tio
de
um
miúdo
que
andava
comigo
que
estava
na
minha
escola
/
e
a
certa
altura
/
ele
/
a
escola
fechava
e
a
mãe
trabalhava
ele
teria
de
ficar
fechado
em
casa
/
e
eu
disse
que
nunca
nunca
faria
nunca
fizesse
isso
Durante
aquele
mês
de
férias
que
era
julho
que
ele
pudesse
frequentar
ia
juntamente
com
o
tio
conhecia
alguém
portanto
/
Ficou
lá
conhecia
aqueles
miúdos
já
tinha
lá
ido
a
umas
festas
do
tio
uhuh
Pronto
e
o
miúdo
passou
a
frequentar
lá
Eu
tive
manifestações
de
pais
que
vieram
ostensivamente
dizer
e
o
miúdo
foi
muito
bem
aceite
pelos
outros
/
E
os
pais
e
e
vieram
dizer
que
se
aquilo
era
para
ficar
que
tiravam
os
deles
eh
Isto
é
...
Completamente
porem-me
a
faca
ao
peito
/
e
eu
disse
"
Eu
não
lhes
disse
que
era
só
por
um
mês
os
senhores
fazem
o
que
entenderem
/
na
minha
escola
mando
eu
"
Claro
Disse
logo
isso
"
Os
senhores
fazem
o
que
entenderem
"
E
ninguém
tirou
é
evidente
Pois
Eu
não
tinha
que
entrar
em
explicações
de
nada
/
Naturalmente
não
tinha
não
não
não
não
não
era
o
seu
papel
ah
Agora
eu
considero
que
por
exemplo
o
miúdo
fazia
xixi
/
andava
de
fraldas
e
eu
passei-o
para
ele
não
fazer
xixi
/
e
ele
começou
a
a
aguentar-se
uhuh
Conseguiu
isso
Ele
tinha
oito
anos
mas
tinha
um
comportamento
para
aí
de
uns
quatro
/
ou
cinco
anos
ele
estava
num
grupo
de
crianças
pequenas
Não
não
s
Ele
estava
era
sempre
muito
mais
desenvolvido
porque
eu
acho
que
isso
também
acontece
nos
mongolóides
/
era
a
parte
da
sexualidade
/
uhuh
porque
com
oito
anos
estava
muito
esperto
percebe
?
Creio
que
sim
Pronto
eu
tinha
cuidado
em
relação
a
isso
Não
havia
problema
nenhum
Ai
é
?
As
outras
crianças
que
eram
mesmo
crianças
de
de
quatro
anos
portanto
o
resto
do
desenvolvimento
ele
fazia
/
mas
ele
passou
como
os
outros
iam
fazer
xixi
à
casa
de
banho
/
ele
passou
a
ir
fazer
xixi
também
à
casa
de
banho
/
Passou
a
fazer
e
e
tirou
fraldas
lá
comigo
Está
a
ver
?
E
enquanto
ele
era
o
mais
desenvolvido
/
eu
depois
tratei
de
averiguar
como
é
que
era
na
escola
onde
se
passava
ele
era
o
mais
desenvolvido
/
tinha
uns
grandões
completamente
atrasados
mas
assim
/
miúdos
de
dezasseis
anos
/
Sim
sim
em
que
este
era
o
mais
desenvolvido
então
ele
não
ganhava
nada
/
em
estar
com
os
outros
Claro
claro
que
não
tinha
nada
a
ver
Não
tinha
estímulo
nenhum
/
e
ali
teve
passar
a
comer
/
mais
ordenado
com
mais
controlo
de
movimentos
/
É
tudo
Ele
começou
Ele
conseguiu
Ele
sabia
que
Ele
conseguiu
não
digo
que
seja
todos
os
casos
/
mas
o
que
eu
acho
/
é
que
efetivamente
não
em
grande
número
/
não
se
pode
eu
acho
que
não
se
pode
misturar
em
grande
número
/
Pois
eu
sei
mas
que
um
em
classes
/
e
depende
do
estado
em
que
eles
tão
não
é
?
Se
pode
uhuhuh
Pode
ser
É
conveniente
para
uns
e
para
outros
Eu
acho
que
é
conveniente
para
os
normais
/
Eu
acho
que
sim
respeitarem
/
Claro
porque
têm
essa
passam
a
viver
com
e
como
é
conveniente
para
os
outros
para
o
seu
próprio
desenvolvimento
/
embora
por
exemplo
saiba
de
crianças
que
tiveram
/
numa
numa
foram
/
colocados
numa
turma
/
de
de
ensino
especial
porque
tinham
/
dois
miúdos
surdos
dois
miúdos
surdos
/
e
que
usavam
aparelho
e
não
sei
quê
/
e
as
famílias
acharam
que
eles
não
tinham
que
estar
nessas
turmas
especiais
/
E
eu
disse
assim
"
Mas
então
são
turmas
mais
reduzidas
os
professores
dão
os
programas
mais
devagar
"
"
Ah
estou
mesmo
a
ver
que
os
programas
não
não
dar
os
programas
por
não
sei
quê
"
E
acham
que
são
As
famílias
estavam
numa
revolta
porque
eram
turmas
especiais
E
eu
disse
"
Bem
graças
a
Deus
estão
numa
turma
especial
especialmente
são
os
melhores
professores
da
escola
que
estão
nessa
turma
"
Claro
Mas
percebe
?
É
É
Então
existe
um
preconceito
/
não
é
?
Existe
Existe
um
preconceito
E
quando
menos
se
espera
vem
vem
à
flor
da
pele
Vem
Vem
uma
reação
ah
Houve
Houve
a
tal
agora
um
artigo
que
eu
ainda
não
li
mas
uma
amiga
minha
disse-me
/
que
/
do
XYZ
/
uhuh
que
era
o
ser
racista
ou
não
ser
racista
/
que
talvez
o
pior
em
relação
a
estas
coisas
do
que
houve
do
/
Eu
também
não
li
e
não
sei
que
mais
/
Sim
Sim
Sim
que
talvez
há
um
racismo
/
simulado
/
Acha
?
que
não
surge
/
É
está
está
anulado
e
que
talvez
seja
pior
do
que
tudo
declarado
/
e
que
esteja
pior
do
que
o
declarado
É
eu
sei
eu
sei
Diz
que
esse
artigo
que
<não
estava
bem>
estava
bem
feito
eu
não
ainda
não
o
vi
/
mas
vou
ter
mas
eu
eu
eu
acho
que
realmente
é
assim
um
pouco
É
É
acontece
com
/
o
racismo
e
acontece
com
outras
coisas
ah
Por
exemplo
há
bocadinho
fiquei
chocada
porque
vi
um
um
panfleto
/
a
divulgar
um
um
congresso
/
que
era
patrocinado
pela
União
Europeia
ou
por
uma
daquelas
comissões
/
e
ah
fiquei
realmente
muito
perplexa
/
porque
é
que
havia
haveria
de
haver
bolsas
entre
outras
/
ah
situações
para
mulheres
/
investigadoras
Eu
percebo
mal
isto
Porque
é
que
havia
de
ser
para
mulheres
investigadoras
e
não
para
pessoas
?
Pois
Não
é
?
hum
Aquilo
para
mim
não
faz
nenhum
sentido
Acho
que
estamos
no
final
do
século
vinte
e
aquilo
não
faz
nenhum
sentido
Ainda
por
cima
vindo
de
uma
instituição
ah
aparentemente
tão
importante
Porque
ah
haveria
ah
/
uma
bolsa
que
cobriria
o
valor
da
da
inscrição
no
no
na
conferência
/
e
mais
não
sei
o
quê
ah
Havia
para
ah
jovens
investigadoras
/
e
os
jovens
investigadores
ia
ia
até
aos
trinta
e
cinco
anos
de
idade
/
e
também
para
/
mulheres
investigadoras
Mulheres
investigadoras
Eu
achei
aquilo
chocante
porque
/
no
meio
a
a
que
aquilo
se
destina
esta
esta
uma
observação
desta
natureza
/
não
faz
nenhum
sentido
não
é
?
Não
se
percebe
pelo
menos
Não
se
percebe
Aqui
há
muitos
há
anos
atrás
ainda
/
se
falava
muito
destas
coisas
hoje
em
dia
/
pensava
que
isto
era
um
dado
adquirido
não
é
?
Que
já
não
éramos
/
para
ser
tratadas
assim
Temos
tantas
dificuldades
/
certo
?
Mas
não
precisavamos
de
de
dessas
coisas
Pois
pelos
vistos
...
hhh
Enfim
Parece
que
não
é
não
não
não
se
evoluiu
muito
/
apesar
de
tantas
ah
reflexões
e
tantas
lutas
E
Mas
não
se
evoluiu
/
porque
o
grande
problema
Não
pois
mas
nota-se
o
grande
problema
não
é
o
não
é
as
conquistas
que
a
gente
/
nota-se
nestas
coisas
Aparentemente
faz
consegue
não
é
não
é
não
é
?
Ou
que
ganha
/
não
é
?
Nisso
o
que
não
evoluiram
foi
a
cabeça
dos
homens
É
mas
é
que
não
nada
mesmo
E
portanto
a
questão
está
toda
aí
Portanto
não
não
há
mais
nenhuma
E
nós
saímos
as
grandes
perdedoras
desta
luta
não
é
?
Eu
penso
que
sim
Eu
penso
que
sim
/
porque
se
não
ganharmos
papéis
Mas
vão
vir
outros
tempos
mas
vão
vi
vão
vir
outros
tempos
Ganharmos
papéis
mas
não
perdermos
papéis
/
é
isto
é
isto
Pois
é
Estamos
sempre
a
somar
/
É
e
depois
nota-se
nas
nossas
caras
hhh
hhh
A
dificuldade
que
há
para
É
para
aguentar
É
Eu
acho
que
sim
porque
toda
a
gente
se
queixa
/
e
sei
que
é
verdade
que
a
as
mulheres
/
que
/
trabalham
fora
hum
primeiro
mu
muitas
trabalham
porque
gostam
/
sim
senhor
A
maior
parte
trabalha
porque
necessita
/
E
ah
não
deixam
de
fazer
todas
aquelas
outras
coisas
que
fariam
/
ah
se
vivessem
noutro
tempo
em
que
não
necessitassem
/
ou
não
quisessem
trabalhar
fora
não
é
?
Portanto
fariam
todas
as
ah
/
coisas
de
casa
e
também
todas
as
outras
/
que
é
efetivamente
aquilo
que
passa
não
é
?
E
fazemos
mais
do
que
elas
faziam
não
é
?
Ah
pois
Sim
porque
estamos
temos
expectativas
diferentes
e
/
Porque
elas
tinha
nos
damos
a
luxos
diferentes
e
/
Pois
por
causa
disso
trabalhamos
desmedidamente
E
a
própria
tecnologia
não
é
?
Fazemos
muito
mais
do
que
aquilo
de
que
necessitamos
não
é
?
É
evidente
uh
É
o
É
o
evoluir
tem
um
preço
/
pagamos
o
preço
da
da
da
evolução
Sim
É
um
facto
O
pior
é
chamar-lhe
evolução
ainda
por
cima
não
é
?
Na
verdade
já
está
aqui
incluído
todo
o
processo
de
juízos
de
valor
não
é
?
hhh
hhh
Pois
é
então
Sobre
o
aspeto
tecnológico
houve
evolução
é
evidente
mas
agora
mas
mas
mais
nada
que
isso
eu
acho
Claro
O
problema
é
saber
se
isso
serve
para
alguma
coisa
/
Ai
é
?
se
serve
para
muito
ou
se
serve
para
aquilo
que
se
pretendia
Pois
Mas
enfim
A
gente
tem
que
ir
aguentando
os
tempos
não
é
?
Ah
pois
cada
um
vive
no
seu
e
não
tem
muito
que
fazer
/
ah
Mas
tem
que
se
saber
defender
hhh
hhh
Isso
é
o
mínimo
que
se
pode
tentar
fazer
hhh
Está
bem
espero
que
tenha
muito
sucesso
com
o
seu
trabalho
Vamos
ver
Vamos
ver
se
isto
/
corre
bem
ah
E
eu
agradeço-lhe
muito
ter
colaborado
nisto
suponho
que
não
vale
a
pena
estarmos
com
muito
mais
tempo
de
/
conversa
vou
deixá-la
ir
à
sua
vontade
Está
muito
obrigada
Agradeço-lhe
muito
a
colaboração
De
nada
Já
agora
só
lhe
queria
perguntar
uma
coisa
/
por
acaso
fixou
o
nome
daquel
ou
sabe
qual
é
aquela
colega
/
a
que
a
XYZ
se
referia
à
pouco
?
Sei
é
XYZ
É
XYZ
/
vou
escrever
para
que
não
me
esqueça
do
nome
Sim
Sim
Aquela
do
encontro
ao
meio
dia
não
é
?
Sim
Sim
E
como
é
que
é
o
seu
nome
?
Eu
não
sei
é
o
seu
XYZ
Ah
XYZ
Vou
pôr
aqui
que
é
para
não
/
haver
engano
assim
amanhã
à
às
dez
/
Está
bem
ah
eu
procuro-a
a
si
XYZ
?
Está
bem
XYZ
XYZ
E
peço
para
a
para
a
incomodarem
na
reunião
?
Sim
não
faz
mal
se
se
pergunte
onde
eu
estou
/
se
me
aparecer
assim
na
na
porta
da
da
coi
da
reunião
/
eu
levanto-me
e
vou
procurar
as
crianças
Ok
muito
obrigada
Está
bem
?
De
nada
obrigada
eu
hhh
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