DI_40LM32b
Sem título
ID | 40 |
Participant | R. Gonçalves |
Gender | Masculino |
Opções de representação
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O script do Java parece estar desligado, ou então houve um erro de comunicação. Ligue o script do Java para mais opções de representação.
para
que
é
que
serve
?
hhh
hhh
desculpe
lá
tê-lo
feito
repetir
a
a
leitura
não
eu
eu
próprio
percebi
que
me
mudei
a
leit
mudi
mudei
a
leitura
a
meio
do
mas
hum
a
meio
do
texto
ao
princípio
estava
muito
mais
tr
a
despachar
e
depois
sim
,
mas
não
não
é
por
isso
em
que
/
quando
nós
lemos
um
texto
pela
primeira
vez
é
natural
que
o
lemos
mais
eh
devagar
e
estamos
a
tatear
ah
eu
fiz
ao
contrário
,
eu
eu
desacelerei
à
medida
que
fui
lendo
o
texto
na
primeira
depois
é
a
meio
sim
mas
não
eu
quero
comparar
as
duas
para
ver
como
é
que
é
hhh
depois
logo
se
vê
hhh
hhh
hhh
mas
não
se
preocupe
muito
com
isso
vamos
agora
falar
de
outro
assunto
qualquer
a
menos
que
eh
eh
o
teste
lhe
surgir
al
algum
comentário
,
já
vi
que
é
um
bocadinho
esperto
para
este
tipo
de
de
coisas
derelativi/ relacionadas com os sons
é
só
por
causa
do
coro
ou
é
?
tem
normalmente
atenção
à
maneira
como
fala
?
eunormalmentenãonãonão quer dizer não
posso
alguma
vez
ter
ter
anotado
uma
de
ter
notado
isso
mas
sobretudo
em
conversas
isso
ter
surgido
sim
tenho
amigos
meus
que
eh
já
têm
falado
nesse
nesse
aspeto
e
têm
falado
hum
hum
ah
o
/
o
dizer
ter
brincado
não
se
diz
assim
diz-se
assado
mas
o
que
é
que
as
pessoas
costumam
dizer
?
as
pessoas
eh
fazem muitos juízos de valor assim é que deve ser assim é que não / assim é errado "
não,émaisbrincadeirasdeestilo" os lisboetas têm a maneira de dizer assim "
hum
hum
sobretudo
são
pessoas
de
fora
a
dizer
?
estou
a
lembrar-me
de
uma
pessoa
concreta
do
Ribatejo
que
/
que
costuma
brincar
com
esse
aspeto
hum
hum
dizer
"
as
pessoas
de
lis
/
os
lisboetas
têm
a
mania
de
dizer
assim
"
não
sei
quê
de
comer
as
palavras
,
comer
certo
tipo
de
sílabas
hum
hum
lá
está
é
de
não
produzir
as
vogais
era
aquilo
hhh
não
produzir
as
vogais
hhh
hhh
não
produzir
a
não
acrescentar
hhh
hhh
é
não
pôr
de
todo
hhh
e
hum
fazer
queno
coro
no
coro
,
penso
até
acho
que
nisso
e
e
é
que
está
?
nestemomentoestounumcorodo estou num coro de um movimento da igreja
hum
hum
de
um
movimento
católico
ah
hum
hum
ah
hum
essa
preocupação
com
as
sílabas
surge
naturalmente
não
só
com
a
língua
portuguesa
,
mas
com
as
outras
com
as
outras
hm
inglês
,
alemão
,
italiano
,
latim
queoutra que outras línguas é que fala ?
querdizernocoro eu línguas línguas falar falo inglês e francês
hhh
sim
quer
dizer
no
coro
leio-as
hhh
não
sei
o
que
é
que
estou
a
dizer
muitas
ve
/
maior
parte
das
vezes
claro
hhh
calculo
mas
lemos
em
latim
,
em
alemão
,
em
espanhol
,
em
italiano
em
francês
,
em
inglês
já
li
coisas
em
russo
e
em
e em lín/ em outras línguas eslavas, também já lemos uma ou dois coisas em línguas eslavas
hum
mas
esqueci
quais
o
que
é
que
lhe
pareceu
assim
mais
difícil
?
lembra-se
?
o
alemão
claramente
é
?
hum
claramente
o
hhh
hhh
a
nossa
língua
não
tem
nada
a
ver
com
hhh
às
vezes
costumo
brincar
hhh
com
com
com
a
minha
mãe
que
já
estudou
alemão
hum
ah
e
ponho-me
a
a
dizer
sílabas
sem
qualquer
significado
com
uma
entoação
alemã
e ela costuma brincar comigo hhh a dizer que eu tenho que eu tenho sotaque alemão
hhh
tem
um
bom
sotaque
que
eu
não
faço
ideia
,
de
certeza
que
eu
não
devo
ter
mas
hhh
mas
pelo
menos
soa
bem
hhh
claro
eh
são
estruturas
possíveis
sabe
que
éumadascoisasquesetemditoéquequandoum/ uma pessoa aprende uma língua estrangeira
normalmente
começa
por
aprender
a
entoação
dessa
língua
antes
de
aprender
as
palavras
,
aprende
a
entoação
que
a
língua
hhh
eu
é
curioso
em
relação
uma
das
coisas
que
eu
eh
/
em
relação
a
isso
que
está
a
dizer
e
que
confirma
muito
que
é
em
relação
ao
inglês
comparo
muito
o
meu
inglês
com
o
inglês
da
minha
irmã
a
minha
irmã
não
teve
ah
o
uso
de
inglês
que
eu
tive
portanto
,
eu
dou
eh
/
eu
também
tenho
mais
cinco
anos
que
ela
,
mas
quer
dizer
mas
mesmo
tirando
isso
,
dou
muito
mais
uso
no
meu
dia
a
dia
e
na
na
faculdade
e
nisso
tudo
que
ela
não
não
dá
tanto
hum
do
que
ela
mas
por
outro
lado
ela
esteve
num [//] um ensino mais especializado em inglês do que eu
hum
hum
ela
esteve
no
britânico
vários
anos
portanto
ela
tem
uma
entoação
uma
pronúncia
inglesa
de
muito
melhor
qualidade
por
outro
lado
eu
tenho
pior
pronúncia
,
tenho
mais
vocabulário
,
mas
quer
dizer
a
pronúncia
claramente
pior
claro
hum
hum
embora
e
não
tem
pronúncia
também
mais
de
tipo
americano
do
que
inglês
?
issoe mais isso
que
ela
precisamente
por
ter
estudado
no
britânico
tem
muito
mais
inglês
do
que
eu
claro
tenho
mais
americano
,
claramente
leio
os
livros
americanos
é
os
filmes
americanos
a
influência
é
toda
americana
e
depois
fala
como
eles
em
termos
de
países
em
ter
quer
dizer
em
termos
de
sítios
on
de
estrangeiros
com
quem
eu
falei
inglês
só
falei
com
ingleses
basicamente
e
pe
de
outros
países
hum
falava
que
não
inglês
nem
americano
,
portanto
de
outras
línguas
com
quem
falava
inglês
hum
hum
claro
tanto
que
esses
também
não
/
,
normalmente
,
não
falam
nem
nem
inglês
nem
americano
quer
dizer
falam
é
assim
uma
mistura
como
nós
<é
a
língua
deles>
é
a
língua
deles
pois
,
exatamente
hhh
mas
assim
hhh
f
é
mais
foi
eh
falei
mais
com
ingleses
,
porque
estive
estive
estive
em
ingla
estive
em
Inglaterra
várias
vezes
do
que
propriamente
com
com
americanos
hum
hum
que
não
pois
mas
é
mais
uma
questão
de
vocabulário
provavelmente
ou
de
entoação
do
que
nunca
estive
com
tantos
o
quê
?
não
perce
a
a
maneira
de
de
de
de
que
usa
a
pronunciar
é
diferente
da
da
sua
irmã
primeiro
porque
eh
ela
é
mais
inglesa
ela
tem
melhor
pronúncia
mais
inglesa
,
mais
british
ela
tem
melhor
pronúncia
mais
pronúncia
e
não
só
mais
british
,
quer
dizer
a
minha
é
mais
portuguesa
do
que
pro
inglês
ou
americana
hhh
ah
é
é
mesmo
de
é
mesmo
mais
portuguesa
,
quer
dizer
sim
hhh
como
diz
uma
pessoa
amiga
minha
dev
como
dizia
Eça
de
Queirós
devemos
falar
portuguesmente
mal
hhh
as
outras
línguas
hhh
exatamente
hhh
exatamente
hhh
mas
mas
/
mas
quer
dizer
não
não
é
por
op
opção
é
mesmo
,
porque
eh
não
tenho
a
pronúncia
claro
mas sabe que mesmo assim acaba sempre por falhar falar melhor do que qualquer castelhano
ah
sim
,
esse
já
se
/
já
ouvi
falar
e
realmente
<já
notei>
já
notei
que
há
hhh
esses
não
têm
mesmo
hhh
jeitinho
nenhum
para
o
inglês
é
horrível
os
brasileiros
também
têm
um
péssimo
inglês
é
os
brasileiros
não
me
admira
,
porque
entre
o
castelhanho
<e
o>
[
/
]
e
o
português
do
Brasil
existem
muitas
semelhanças
curioso
hhh
quem
diria
hhh
hhh
bem
parecia
que
aquilo
não
era
bem
português
hhh
sim
sim
hhh
nós
costumamos
chamar-lhe
português
do
Brasil
ah
até
até
começarmos
a
chamar-lhe
outra
língua
hhh
pois
,
eu
chamo-lhe
mesmo
brasileiro
hhh
se
calhar
estou
errado
,
mas
para
mim
aquilo
não
é
bem
português
hhh
hhh
nós
te
ah
não
,
isto
é
uma
questão
de
cerimónias
,
nós
hhh
não
eng
/
e
quer
dizer
e
essa
questão
do
brasileiro
é
uma
questão
por
exemplo
é
uma
questão
que
eu
tenho
tenho dado outra atença tenho tenho, pronto agora por causa estar a falar deou / de se ter falado da pronúncia das palavras
hum
ah
hum
uma outra ocasião que eu me lembro claramente em que se falou da da questão do português, da entoação do português e do do da questão do português e do brasileiro, por exemplo
foi
/
quando
o
Santo
Padre
ah
aprovou
o
nosso
missal
hum
hum
tantoquese há três ou quatro anos
em
que
respeitou
a
estrutura
brasileira
e
não
o
portuguesa
portanto
e
lembro-me
que
na
altura
isso
veio
e
agora
com
a
questão
do
ac
acordo
ortográfico
ainda
veio
mais
lembro-me
mas
/
mas
lembro-me
que
foi
uma
uma
uma
altura
que
isso
eh
teve
ocasiões
em
que
se
em
que
eu
tinha
dedicado
atenção
a
isso
e
essa
foi
uma
dessas
que
me
lembrar
pois
ah
isso
mas
bem
não
é
bem
tanto
a
padrões
,
mas
é
realmente
em
relação
ao
português
e
ao
brasileiro
hum
ah
a
questão
é
complexa
e
n
e
do
ponto
de
vista
linguístico
nós
dizemos
que
estamos
perante
línguas
diferentes
,
quando
os
falantes
não
conseguem
compreender
a
ou
a
outra
variante
agora
no
eh eh isso isso que está a dizer é , porque na / o movimento
de
quem
que
pertence
nasceu
em
Itália
tem
de
ser
da
Itália
e
por
exemplo
nós
/
ah
/
o
movimento
costuma
fazer
costuma
fazer
na
Páscoa
e
Natal
cartazes
portanto
um
cartaz
simples
com
com
uma
imagem
e
uma
uma
uma
frase
hum
hum
ligada
ligada
à
época
eh
e
o
cartaz
desta
Páscoa
que
saiu
há
uma
que
chegou
a
Portugal
cá
há
uma
ou
duas
semanas
é
feito
lá
em
Itália
foi
feito
lá
em
Itália
e
o
movimento
está
há
mais
tempo
hum
e
mais
implantado
,
também
,
por
exemplo
,
maior
no
Brasil
do
que
em
Portugal
hum
hum
e
mesmo
assim
mesmo
chegou
lá
há
mu
há
há
bastante
mais
anos
e
hum
eoque foife/ foi feito atendendo à nece / ah associação brasileira e não portuguesa
e
têm
o
quê
?
portanto
,
então
,
tem
lá
uma
palavra
que
é
ah
a
palavra
não
é
esta
,
mas
a
a
ideia
é
esta
por
exemplo
aumentar-se
ok
hum
nós
diríamos
aumentar-se-á
a
palavra
não
é
aumentar
,
não
me
lembro
qual
é
,
mas
pronto
,
mas
a
situação
é
a
mesma
hum
nós
diríamos
aumentar-se-á
e
eles
dizem
?
dizem
não
sei
quê
aumentar-se
ah
irá
aumentar-se
ou
irá
aumentar-se
,
exatamente
hum
a
palavra
não
é
aumentar-se
,
mas
é
eles
dizem
a
a
palavra
lembro-me
é
irá
não
sei
quê
se
portanto
uma
palavra
terminada
em
se
exato
que
em
português
diríamos
aumentar-se-ia
exato
e então o responsável do movimento dizia brincava com o facto que é assim, eles tiveram de pôr assim, porque se pusessem aumentar-se-á
ninguém
percebia
os
brasileiros
não
percebiam
hhh
achariam
estranho
,
pois
ah
essas
coisas
acontecem
,
mas
são
pontuais
,
muitas
vezes
é
o
onde
há
mais
dificuldades
de
compreensão
é
ao
nível
do
vocabulário
propriamente
,
por
exemplo
ah
colibri
ah
guaraná
ah
Coritiba
,
quer
dizer
eh
tudo
isto
são
palavras
p
opacas
para
um
português
claro
de
Portugal
mas
isso
não
são
não
são
nomes
próprios
?
ah
hum
uns
são
,
outros
não
ok
,
é
que
nomes
próprios
é
natural
também
nomes
próprios
é
natural
,
mas
eh
tirando
nomes
próprios
,
existem
palavras
comuns
mas
há
muitas
palavras
há
muitas
palavras
é
são
ah
do
mesmo
gênero
e
ain
e
depois
é
impressionante
e
é
um
assunto
que
também
já
de
certeza
tem
sido
muito
estudado
tem
origens
diferentes
hum
e
muito
analisado
em
Portugal
que
é
a
influência
a
que
a
Língua
Portuguesa
começa
a
ter
na
Língua
brasileira
via
não
tem
sido
muito
estudado
,
infelizmente
não
?
ah
,
eu
pe
pensei
que
ia
dizer
que
não
tinha
infu
não
tem
havido
muita
influência
não
tem
tem
havido
é
o
tem
havido
alguma
influência
,
mas
se
calhar
não
tanto
como
a
gente
às
vezes
pensa
,
mas
mas
existem
é
?
não
só
em
expressões
fice
ah
fixas
ah
sei
lá
o
hhh
tudo
bem
hhh
ah
eh
agora
não
consigo
recordar
,
mas
assim
umas
quantas
expressões
entraram
no
no
português
por
causa
do
mas
é
engraçado
,
que
há
palavras
,
eu
já
reparei
que
há
palavras
que
foram
introduzidas
em
Portugal
pelas
telenovelas
claramente quer dizer eu notei que antes de disso não existiam não se falavam
sim
que
são
palavras
de
origem
portuguesa
não
se
falava
,
olhe
,
este
de
origem
portuguesa
não sim, muitas delas
não
têm
mas
este
não
se
falavam
que
você
disse
não
se
usavam
é
brasileiro
é
é
brasileira
como
é
que
seria
em
português
?
não
se
usavam
não
se
diziam
,
agora
não
não
se
falar
não
não
não
te
pois
não
ai
acredito
claramente
é
dizer
dizer
ah
viu
o
seu
campo
de
ação
restrito
por
causa
do
português
do
Brasil
,
porque
eles
utilizam
ah
falar
muitas
vezes
nos
contextos
em
que
nós
usaríamos
dizer
e
então
o
pois
,
percebo
eu
vou
dizer-te
eu
vou-te
falar
pois
e
ah
se
bem
que
não
exatamente
desta
forma
,
mas
o
verbo
falar
veio
substituir
muitas
vezes
o
verbo
dizer
/
é
pois
pois
,
olhe
,
até
já
eu
estou
hhh
não
é
<toda
a
gente>
toda
a
gente
e
não
vejo
telenovelas
hhh
não
vejo
telenovelas
eu eu digo isso mu / ah muitas vezes
claro
ah
hum
não
,
mas
por
exemplo
há
palavras
que
eu
reparei
que
são
palavras
que
os
meus
avôs
diziam
hum
hum
que
se
que
se
deixaram
de
dizer
e
que
se
voltaram
a
dizer
porque
se
dizem
no
Brasil
agora
não
me
lembro
de
nenhuma
,
mas
há
assim
palavras
antigas
e
há
coisas
curiosíssimas
,
por
exemplo
à
/
à
dias
entrevistei
uma
senhora
que
foi
professora
no
Brasil
durante
/
hum
dez
anos
ela
é
portuguesa
de
Lisboa
e
/
hum
ah
achou
curioso
porque
,
salvo
erro
a
no
Rio
de
Janeiro
e
em
Coritiba
notou
uma
diferença
en
engraçada
que
tem
a
ver
com
a
época
em
que
ah
o
português
para
lá
foi
chegou
que
era
ela
mandava
os
alunos
ir
ao
quadro
numa
das
cidades
e
mandava-os
ir
à
lousa
ah
no
/
no
outro
,
porque
se
não
fosse
assim
elas
não
compreenderiam
,
quando
ela
mandou
alguém
ir
ao
quadro
já
não
sei
se
era
em
Coritiba
,
se
era
hhh
no
Rio
ah
ficou
tudo
que
é
isto
?
mas
aonde
é
que
eu
tenho
que
ir
agora
?
o
que
é
que
se
passou
?
mas
qual
é
a
palavra
portuguesa
?
ambas
são
portuguesas
,
só
que
lousa
é
é
designa
não
é
usado
cá
designa
aquele
quadro
antigo
que
era
de
lousa
e
que
não
sei
que
mais
exato
,
lousa
é
o
material
sim
o
material
mas
eh
hum
era
aquilo
que
se
usava
nas
escolas
primárias
eh
há
muito
muito
tempo
,
hoje
em
dia
já
não
se
usa
escola
e
lá
entrou
,
obviamente
,
no
tempo
em
que
se
usavam
as
lousas
e
que
se
escrevia
com
com
aqueles
lápis
de
pedra
pois
e
hum
e
portanto
a
a
expressão
cristalizou
isto
é
exato
exato
exato
exato
exato
manter-se
assim
durante
todo
este
tempo
em
contrapartidas
nos
outros
sítios
ah
foi
mais
modernizado
e
eh
e
evoluiu
e
está
como
se
diz
cá
portanto
estas
coisas
acontecem
é
já
agora
ainda
a
propósito
da
da
das
pronúncias
ah
lembro-medeterfeitoumpequenotrabalhonono quando estive em Barcelona
em
que
de
co
/
eh
tinha
uma
gravação
feita
entre
uma
brasileira
e
uma
portuguesa
e
depois
pus
pessoas
de
diferentes
nacionalidades
a
ouvirem
a
gravação
os
castelhano
os
que
falavam
apenas
castelhano
ou
falavam
o
castelhano
como
língua
materna
/
percebia
o
português
do
Brasil
e
não
percebiam
o
português
de
Portugal
,
portanto
percebiam
umas
das
intervientes
e
não
a
outra
curioso
por
isso
é
que
é
por
exemplo
acontece-nos
muito
no
movimento
quando
vêm
cá
italianos
hum
hum
eelesdizemaspalavrascomapronúncia precisamente porquê, porque o o contacto maior que têm é com os brasileiros do que com os português, dizerem as palavras com a pronúncia brasileira
hum
é
há
dias
o
que
houve
aí
agora
na
Páscoa
na na veio cá
que
ele
dizia
,
já
não
sei
se
a
palavra
era
esta
,
mas
ele
dizia
"
saudade
"
claro
saudade
hum
hum
era
assim
que
ele
dizia
,
depois
tivemos
a
ensinar
como
é
que
se
diz
em
português
que
era
sauda
de
hhh
aquele
jê
jê
jê
hhh
/
e
/
hum
e
uma
coisa
curiosa
que
mas
isso
aí
já
já
é
de
outra
já
não
tem
nada
a
ver
com
os
brasileiros
com
ingleses
com
alemães
sabe Deus se os / os povos anglo-saxónicos e n / e por exemplo na Rússia aconteceu-me isso também
e/ e aondeéqueteve acho que me aconteceu o mesmo, também, nos países Escandinavos
hum
quando
me
ouviam
falar
e
depois
aqui
já
não
é
a
questão
de
ouvir
falar
,
também
é
o
aspeto
portanto
pois
o
ah
a
fisionomia
a
fisionomia
chamavam-me
italiano
nunca
português
pois
bom
,
também
lá
para
esses
também
já
ninguém
sabe
o
que
é
Portugal
nem
o
que
é
português
ai
pode
já
não
se
ve
poisján/ exatamente, é assim eu também se vejo um sueco ou um finlândes, também posso chamar finlândes, sueco ou norueguês ou outro para mim são todos iguais
hhh
e
a
língua
também
não
consigo
distingui-la
depois
aí
pode
já
não
ser
a
mesma
ai
ai
pode
ser
isso
,
por
outro
lado
há
uma
todo
o
aspeto
de
atitude
fisionomia
e
tudo
mais
,
mais
pois
ah
,
mas
há
coisas
linguísticas
muitas
vezes
mas
o
português
de
Portugal
hoje
em
dia
na
na
variante
que
você
fala
eh
hum
aproxima-se
muito
em
termos
estruturais
,
por
exemplo
,
com
o
inglês
que
é
de
Lisboa
a
variante
que
eu
falo
agora
é
o
quê
?
ah
de
Lisboa
hhh
agora
já
não
sabia
muito
bem
se
era
variante
tipo
hhh
a
pronúncia
de
Lisboa
,
se
era
ah
não
,
a
regional
sim
se
se
era
alguma
variante
que
a
gente
tinha
hhh
não
não
não
ah
da
maneira
que
você
fala
a
aproxima-se
bastante
em
termos
estruturais
em
muita
aspetos
com
o
inglês
inglês
o
ing
/
eh
e
é
por
causa
disso
também
que
é
normal
que
um
português
/
o quer dizer
<queumpo/>[//] que é normal
eufaloinglês eu falo português como como esp
ah
,
os
de
Lisboa
falam
português
não
comoosingleses como os londrinos falam in / não
não
é
isso
como
ing
perdi-me
não
é
isso
o
a
maneira
como
você
fala
português
eu
a
estrutura
é
mesmo
igual
à
inglesa
?
não
é
igual
não
percebi
é
semelhante
à
inglesa
em
que
as
/
em
que
sentido
?
ah
por
exemplo
no
facto
de
as
vogais
desaparecerem
muitas
vezes
não
ter
as
vogais
,
o
inglês
também
é
assim
ah
masoinglêspuroestou estou a falar do inglês puro
estou
a
falar
do
inglês
inglês
o
inglês
inglês
é
muito
assim
também
também
tem
uma
série
de
sílabas
cujas
vogais
desapareceram
tem
uma
série
de
outras
coisas
eu
tive
a
ano
e
meio
na
Escócia
hum
hum
e
já
curiosíssimo que / é que não se percebe nada
terrível
elas
tentam
mudar
para
se
entender
terrível
hum
hum
e
e
quer
dizer
é
um
bocadinho
é
quase
a
mesma
coisa
de
a
gente
ouvir
falar
um
açoriano
ou
coisa
assim
,
quer
dizer
hhh
é
quase
a
mesma
coisa
que
não
se
percebe
nada
é
é
é
eles
próprios
têm
dificuldade
a
entender
se
for
,
então
,
daquelas
pesso
eles
próprios
é
eles
fazem
isso
por
gosto
muitas
vezes
que
é
para
mostrarem
a
sua
ah
claro
individualidade
hhh
e
tudo
mais
pois
é
bom
já
falamos
muito
de
de
linguística
,
o
melhor
agora
é
falarmos
de
outras
coisas
,
conte-me
lá
do
seu
trabalho
o
que
é
que
você
faz
por
aí
?
tem
muito
muita
gente
a
consultar
?
hhh
hhh
a
empresa
a
propósito
é
consultoria
ou
consultadoria
?
isso
é
um
problema
que
hhh
hhh
o
que
é
que
costuma
usar
?
nós
costumamos
usar
consultoria
sim
aquemuse por exemplo ainda hoje tivemos aula com o professora A. Bernardo da , também é outra consultora
hum
hum
que
diz
consultadoria
se
calhar
leu
muitos
manuais
traduzidos
em
português
do
Brasil
hhh
em
brasileiro
é
consultadoria
?
se
calhar
seria
mais
normal
esperar
deles
consul
cons
consultadoria
do
que
de
nós
não
sei
é
?
toria
consultoria
eu
digo
consultoria
mais
até
por
uma
questão
mais
estética
,
soa-me
mais
bonito
consultoria
quanto
quer
dizer
digo
isto
mais
até
claro
por
não
por
pensar
que
se
diz
assim
,
mas
porque
me
soa
melhor
a
mim
e
digo
assim
hum
hum
não
é
por
acaso
não
mas
não
sei
não
sei
se
é
um
uso
eu
gostava
de
saber
hum
eu
com
franqueza
acho
que
com
um
o
português
europeu
d
devia
usar
sistematicamente
consultoria
,
porque
é
com
consultor
até
porque
nós
não
dizemos
consultador
dizemos
consultor
consultor
,
consultoria
e
não
consultador
nem
consu
consultadoria
,
como
é
óbvio
doria
soa-me
mais
artificial
no
entanto
nós
temos
várias
palavras
em
que
usamos
a
forma
parecida
com
consultadoria
,
portanto
várias
coisas
exato
é
uma
perca
,
é
uma
perda
isso
já
percebi
que
ah
sim
como
é
que
é
perda
era
antigo
e
perca
é
mais
recente
,
não
é
?
ou
não
?
não
esse
tipo
de
palavras
não
não
houve
aí
uma
transformação
qualquer
?
eh
não
há
uma
transformação
,
mas
eh
as
duas
variantes
são
/
são
atestadas
mas
sempre
existiram
?
ah
a
perda
perda
era
perder
,
como
é
obvio
e
perca
também
é
é
que
eu
li
tive
a
ideia
que
que
era
mais
antigo
sim
,
devia
ser
,
porque
eh
respeita
o
étimo
e
tudo
perdere
um
é
original
que
perca
perdere
pareceu-me
extremamente
eu
eu
li
isto
numa
gramática
qualquer
que
tenho
para
lá
é
é
uma
forma
mais
contraída
com
uma
substituição
de
um
dos
sons
ah
em
princípio
é
uma
entoação
as
duas
são
as
duas
são
atestadas
,
sempre
resiste
dá
para
dizer
das
duas
maneiras
eu
digo
por
exemplo
outra
questão
que
no
que
nós
lá
nos
escritório
temos
eu
nunca
diria
a
perca
de
in
de
identidade
diria
sempre
a
perda
de
identidade
hum
,
curioso
não
sei
se
o
diria
mas
hhh
é
provável
que
não
e
não
porque
é
que
isto
muda
se
quer
não
não
a
perca
de
identidades
para
já
,
então
repare
noutra
coisa
eu
nunca
diria
perca
,
diria
perca
o
facto
de
perca
o
peixe
bom
o
existe
sim
hhh
pois
claro
hhh
agora
comecei
outro
,
não
nós
lá
no
escritório
temos
outra
questão
que
é
não
me
lembro
da
pronúncia
,
não
é
pronúncia
,
mas
a
a
forma
como
as
palavras
se
escrevem
até
porque
como
somos
consultores
o
nosso
output
final
é
um
é
um
relatório
hum
hum
e
portanto
temos
algum
temos
de
estar
um
bocadinho
atentos
à
forma
como
escrevemos
naturalmente
e
/
hum
por
exemplo
aqueles
inglesismos
que
nós
usamos
tipo
rentabilidade
palavras
como
rentabilidade
nós
escrevemos
escrevemos
rendabilidade
porquê
?
e
rendível
porque
ficamos
com
a
noção
de
que
rentável
e
rentabilidade
não
eram
utilizadas
seriam
traduções
diretas
do
inglês
e
que
não
seriam
as
palavras
corretas
não
,
podem
usar
rentável
hhh
hhh
hhh
problema
nenhum
hhh
propósito
quando
vos
surgem
dúvidas
o
que
é
que
vocês
fazem
?
já
que
têm
que
ter
alguma
atenção
à
forma
pronto
é
assim
nós
temos
de
le
muito
concretamente
imeadiatamente
é
que
eu
devia
ser
consultora
linguística
hhh
acredito
hhh
é
assim
nós
devia
ser
a
unica
maneira
de
eu
ganhar
alguma
nós
usamos
nós
usamos
hhh
/
uma
coisa
muito
útil
que
é
um
dicionário
hhh
pois
depois
ainda
por
cima
o
dicionário
é
hum
é
um
dicionário
pelo
o
aspeto
dele
deve
se
deve
ter
para
aí
uns
trinta
anos
pois
mas
isso
assim
já
não
serve
eu
não
sei
porquê
eu
gosto
muito
de
dicionários
de
de
trinta
ou
quarenta
anos
é
?
acho
que
naquela
altura
se
falava
melhor
do
que
se
fala
agora
hhh
hhh
não
sei
porquê
desconfio
mas
há
que
é
diferente
hhh
eu
desconfio
muito
eu
desconfio
muito
eu
sou
muito
conservador
,
portanto
hhh
essas
coisas
não
me
fazem
confusão
nenhuma
eu
desconfio
muito
dos
dicionários
atuais
,
com
estas
coisas
dos
acordos
já
não
sei
como
é
que
isto
vem
o
não
eh
/
por
enquanto
ainda
não
há
nenhum
atualizado
de
acordo
com
esse
acordo
pá
eu
não
faço
ideia
,
eu
desconfio
tanto
disso
hhh
sou
um
bocado
cético
nessas
coisas
hhh
e
portanto
não
,
mas
deve
desconfiar
também
dos
dicionários
,
porque
os
dicionários
também
não
são
assim
são
coisas
falíveis
,
não
é
,
são
feitas
por
homens
ah
pois,eu pois, acredito
é
muito
complicado
não
é
?
eh
basta
que
nós
comparemos
ah
dois
ou
três
que
são
em
princípio
,
cópias
uns
dos
outros
por
exemplo
todos
os
da
Porto
Editora
,
nas
mais
recentes
edições
,
basta
que
nós
comparemos
as
edições
de
três
anos
consecutivos
para
nós
verificarmos
que
há
diferenças
ah
existem
diferenças
,
mas
os
erros
se
mantêm
e
eh
os
erros
da
classificação
,
os
erros
de
então
quais
são
os
que
não
têm
erros
?
ou
que
tem
menos
erros
?
nenhum
hhh nenhum, olhe se eu se eu lhe apresentasse uma colega minha ela passaria horas a dizer-lhe hhh
quais
são
os
mais
fiáveis
?
hhh
sobre
os
erros
dos
dicionários
eh
claro
hhh
não
,
nós
,
normalmente
,
vamos
o
dicionários
e
depois
também
há
um
bocadinho
de
noção
quer
dizer
às
vezes
há
certas
palavras
que
não
temos
a
certeza
,
mas
que
como
temos
de
decidir
na
altura
não
pois
,
tem
que
se
despachar
e
é
e
pois e é que nem nem se coloca
que
nunca
tal
me
passou
pela
cabeça
uma
consultora
linguística
fazer
uma
coisa
perfeitamente
,
mas
n
nunca
se
co
/
nunca
se
colocou
essa
questão
para
já
nem
sabia
que
não, mas eh repare talvez para para para para para vós
temtodaa tem todo o sentido haver
tem
todo
o
sentido
haver
mas
nem
nunca
me
passou
pela
cabeça
que
pudesse
haver
consultores
linguísticos
para
nós
deveria
haver
e
existem
pessoas
especializadas
em
linguística
ah
eu
sou
com
mercados
uma
pobrezinha
criatura
no
meio
dessa
gente
toda
,
mas
,
enfim
,
trabalho
com
eles
hhh
ah
sou
professora
de
linguística
,
tenho
algumas
responsabilidades
hhh
na
área
também
lógico
seja
com
for
ah
não não estão criados
e
deveriam
estar
ah
gabinetes
de
de
consultoria
linguística
,
penso
eu
pois
,
não
se
criou
esse
mercado
porque
eh
mas
mas
deveria
criar-se
de
certeza
que
dá
dinheiro
/
porque
repare
os
jornais
as
televisões
nos
jornais
,
então
ah
as
rádios
estão
pejadas
de
gente
que
não
sabe
o
que
diz
hhh
eu
sei
ah
pois
não
sei
não
tem
a
menor
consciência
se
quer
da
influência
que
tem
a
forma
como
diz
e
depois
e
depois
é
assim
quando
os
quando
os
meios
de
comunicação
social
ou
melhor
quando
as
pessoas
que
trabalham
entre
os
meios
de
comunicação
social
têm
por
trás
curso
de
Jornalismo
eu
ainda
vá
que
não
vá
é
agora
quando
são
técnicos
que
não
é
da
área
a
escrever
sobre
qualquer
assunto
hum
é
por
exemplo
eu
tenho
um
amigo
meu
que
fez
o
curso
de
Jornalismo
e
foi
para
a
Bola
é
uma
pessoa
quando
que
já
o
desporto
sempre
o
fascinou
,
quis
para
a
Bola
e
está
ó
/
está
a
adorar
aquilo
e
não
sei
quê
e
portanto
é
/
é
um
jornalista
de
um
jornal
hum
com
uma
qualidade
à
partida
conceituado
,
não
?
hum
conceituado
não
sei
qual
é
o
nível
médio
do
dododo das votações
não,conconsiderando considerando os vários jornais
agora
eu
estava
a
pensar
em
termos
descobri que aquele era aquele é dos melhores
aié?pronto,<éassim> [//] mas é assim, mas é um meio que à partida não espero grande qualidade
sim
portanto
,
mas
sei
que
aquele
é
uma
pessoa
como como tem formação em Jornalismo tem com certeza uma formação boa e não não deve cometer muitos erros mesmo que cometa algum
pois
claro
agora
não
acredito
que
num
meio
de
jornais
desportivos
que
haja
para
lá
muitos
jornalistas
de
formação
sim
sim
,
a
maior
parte
são
pessoas
que
curiosos
tenham sim sim, curiosos
são
curiosos
com
certeza
ou
então
no
no
no
nosso
caso
os
economistas
são
pessoas
com
formação
superior
em
economia
hum
hum
são
economistas
o
que
não
quer
dizer
que
depois
tenham
boa
escrita
e
uma
boa
fala
claro
portanto
e
quem
diz
economistas
,
diz
qualquer
outra
qualquer
outra
profissão
,
portanto
quando
se
tornam
jornalistas
claro
claro
pode-lhes
falhar
essa
parte
da
da
da
da
da
parte
escrita
ou
da
parte
falada
sim
sim
são
técnicos
,
quer
dizer
são
técnicos
área
não
naquela
,
portanto
por
isso
é
que
hum
hum
ah
por
isso
ah
há
bocadinho
falei-lhe
de
uma
pessoa
que
tinha
entrevistado
e
que
tinha
falado
naquela
di
diferença
entre
lousa
e
quadro
no
Brasil
essa
pessoa
é
engenheira
não
sei
do
quê
já
nem
sei
qual
era
o
curso
dela
exatamente
eelafoiparaoo foi para o Brasil
e
quando
lá
chegou
ela
ia
para
ir
trabalhar
numa
empresa
qualquer
acontece
que
no
colégio
onde
ia
deixar
os
filhos
eh
houve
não
só
uma
vaga
,
como
se
calhar
até
uma
vaga
feita
de
propósito
para
que
é
para
a
convencerem
<a
ela>
[
/
]
a
ela
a
ir
dar
aulas
resumindo
e
concluindo
ela
acabou
por
ficar
lá
dez
anos
a
dar
aulas
de
português
hhh
porquê
?
porque
era
de
Portugal
claro
porque
poderia
impôr
uma
norma
melhor
imagine [/] imagine a a a tacanhez daquela gente
pois
,
se
eles
falam
de
uma
forma
completamente
diferente
queriam
um
professor
que
fosse
lá
hhh
ensinar
uma
língua
estrangeira
hhh
visivelmente
ainda
por
cima
uma
pessoa
sem
formação
na
área
do
português
claramente
portanto
uma
engenheira
que
o
o
o
pois
que/ que habilitações tem ela para ir dar português ?
para
português
hhh
a
a
eu
se
calhar
não
agora
não
me
importava
que
engenheiros
,
mesmo
que
fossem
engenheiros
ensiná-los
hhh
hhh
português / que pelo menos é deve ser melhor do que aquilo que eles lá têm hhh
sim
sim
,
eu
não
tenho
problemas
nenhuns
com
isso
,
mas
qualquercoisamelhor qualquer coisa hhh
mas
acho
nem
que
fosse
um
técnico
daqueles
hhh
não
,
eles
nunca
vão
mudar
a
maneira
de
falar
só
por
causa
de
meia
dúzia
de
professores
ou
até
de
uma
centena
ou
duas
de
professores
não
,
então
,
e
depois
é
muita
gente
Estamos
a
falar
de
cento
e
setenta
milhões
de
pessoas
,
quer
dizer
hhh
é
impossível
nós
é
que
vamos
falar
como
eles
daqui
a
não
sei
quanto
tempo
isso
é
mais
natural
não
me
admirava
nada
é
verdade
ah
bomoqueeu o que eu vejo é que
o
português
do
p
de
Portugal
e
o
do
Brasil
estão
a
evoluir
em
sentidos
divergentes
em
muitas
coisas
ai
isso
é
ótimo
hhh
e
e
portanto
isso
eh
eu
acho
que
no
futuro
,
talvez
lá
para
o
ano
hhh
três
mil
nós
eh
devemos
ter
duas
línguas
hhh
eu
acho
bem
não
acho
mal
hhh
hhh
gosta
desdequenãoseja desde que não seja os portugueses aproximarem-se daquilo
hhh
não / quer dizer não não / logicamente não é não é bom / se isso acontecer não é bom
mas
coisas
que
nos
mas mas eles têm uma política de divulgação linguística
a
sério
,
não
é
igual
à
nosso
mais
forte
que
a
nosso
e
isso
de
repente
está
a
lembrar-me
de
uma
coisa
e
agora
disse
isso
,
coisa
que
é
que
é
que
é
uma
/
uma
falha
terrível
nossa
eh
na
queéocasodecertospaísesFrancosapa/ pa / certos países Africanos
de
expressão
oficial
Portuguesa
estarem
começarem
a
deixar
de
ser
de
expressão
oficial
Portuguesa
claro
não
é
,
acho
que
é
o
caso
da
Guiné
que
está
a
passar
para
Guiné
e
Fran
França
é
como
é
é
Moçambique
é
o
não
sei
e
que
sim
e
Guiné
com
com
os
franceses
presentes
,
não
foi
?
sim
sim
é
eh
e
acho
que
o
caminho
acaba
por
ser
se
Portugal
se
não
tiverem
apoio
nosso
claro
sim
e
repare
e
isso
acontece
em
todo
o
lado
mas
é
assim
eu
acho
naturalíssimo
também
não
logicamente,porqueéque porque carga de água eles hão-de usar o português ?
quer dizer nós nós nós já nós já
se
não
ganham
nada
com
isso
durante
séculos
lá
andaram
a
chateá-los
eles
andavam
tão
tranquilos
da
vida
hhh
não
chateavam
ninguém
foram
lá
os
portugueses
chateá-los
durante
todo
este
tempo
,
agora
ainda
querem
conse
continuar
a
massacrar
com
a
língua
eles
sempre
continuaram
a
falar
as
suas
línguas
ahs/poisissoofacto ne / ne nesses países, pois, nesses países eles já adotaram uma língua estrangeira, quer dizer
enfim
olhe
,
eu
não
sei
se
já
adotaram
uma
língua
estrangeira
muitas
vezes
sim
,
mas
a
maior
parte
da
população
não
a
fala
não
a
fala
pois
,
mas
a
que
a
falam
falam
falam
português
,
quer
dizer
portanto
o
mudar
a
lín
mudar
a
língua
é
assim
acho
que
tem
todo
o
sentido
continuar
a
aprofundar
a
língua
a
língua
que
adotaram
agora
até
porque
hum
muitas
vezes
essa
língua
é
to
é
mais
fator
de
unidade
nacional
do
que
propriamente
as
as
línguas
eh
locais
ah
hum
deles
são
mais
do
que
usam
hum
agora
é
é
são
sempre
coisas
complicadas
a
agora
acredito
claramente
que
isso
é
assim
,
se
eles
não
tiveram
qualquer
apoio
por
parte
que
de
de
de
identidades
portugueses
,
porque
carga
de
água
é
que
eles
hão-de
manter
aquela
?
claro
se
houver
outro
e
depois
aqui
é
claro
aqui
é
como
tudo
se
outros
te
derem
mais
dinheiro
hhh
sim
sim
ah
,
mas
eh
eu
referia-me
a
uma
outra
coisa
que
era
o
facto
de
os
leitores
de
hum
português
no
estrangeiro
serem
a
maior
parte
deles
brasileiros
hum
não
exatamente
aqueles
que
são
financiados
pelo
o
Instituto
Camões
que
quem
tem
a
política
de
línguis
eh
como
responsabilidade
exato
mas
eh
por
exemplo
em
Barcelona
,
onde
estive
/
aquela
vez
eh
conheci
as
pessoas
que
estavam
a
lecionar
português
e
uma
era
portuguesa
e
três
eram
brasileiras
então
mas
eram
patrocinadas
por
quem
?
pelo
Instituto
to
/
to
brasileiro
pelo
o
governo
brasileiras
,
as
brasileiras
e
e
pelo
o
Instituto
Camões
a
portuguesa
pois
portanto
era
uma
contra
três
e
e
a
portuguesa
estava
em
posição
subalterna
portanto
claro
hum
pois
eh
ah
que
normal
é
que
elas
ensinaram
?
cada
qual
ensina-a
com
a
sua
com
a
sua
pois
as
línguas
diferentes
os
alunos
de
de
ano
para
ano
,
mudando
de
professor
aprendiam
línguas
diferentes
já
viu
?
só
vou
perguntar
agora
o
acordo
linguístico
que
pretenderam
unificar
o
quê
?
oacordo acordo luso-brasileiro
pretendia
que
não
houvesse
a
tal
separação
que
disse
que
tenderia
a
haver
o
acordo
era
uma
espécie
de
/
eh
consenso
para
ortografar
palavras
não
é
mas
o
consenso
para
lá
?
o
acordo
é
/
um
consenso
para
lá
,
ou
umas
vezes
outras
vezes
para
cá
e
outra
vezes
não
era
nem
uma
coisa
nem
outra
porque
estabeleciamumaformaquenemera<aqueela>/ a que eles usam /
porque
eles
já
usam
uma
ortografia
diferente
,
nem
aquela
que
nós
usamos
e
/
hum
masaltera pou / ah / mas do ponto de vista do português altera muito pouco as palavras ah à partida
começou a pensar-se que eram muitís / que era muitas as palavras que iriam ser alteradas
eu
sei
,
eu
escrevi-as
,
eu
sei
as
aberrações
sim
,
claro
só
apareciam
essas
cá
para
fora
só
se
aquelas
mais
chocantes
ah
acredito
mas não o número de palavras al / al alteradas ortograficamente não não são muitas as previstas no acordo
eu
ainda
não
tenho
o
sexto
do
revisto
/
do do acordo, esse que foi aprovado, acho que yyy
já
foi
aprovado
?
não
fazia
ideia
axho
que
sim
,
acho
que
já
foi
aprovado
por
por
todas
as
Assembleias
Nacionais
mas
não
sei
se
já
está
em
vigor
ou
não
que
eu
saiba
ainda
não
há
nenhum
hhh
livro
escrito
de
acordo
com
aquilo
o
por
o
português
agora
,
de
repente
lembrei-me
,
o
português
agora
está
com
outro
problema
que
é
a
poss
/
a
possi
possibilidade
de
se
ver
de
de
ser
banido
da
das
comunidades
europeias
como
língua
oficial
pois
essa
também
é
forte
essa
aí
também
é
um
bocado
grave
essa
é
é
muito
forte
mas
num
dias
em
que
eh
não
só
os
políticos
mas
todas
as
outras
classes
sociais
,
mesmo
mesmo
as
das
pessoas
mais
ilustradas
têm
ah
orgulho
em
falar
inglês
,
francês
,
espanhol
ou
tentar
aproximar-se
da
língua
de
qualquer
estrangeiro
que
encontrem
na
rua
pois
também
não
se
pode
esperar
grande
coisa
pois
,
é
assim
eu
faço
isso
claramente
faço
isso
cada
um
tem
aquilo
que
merece
hhh
claro
que
se
é
assim
se
não
vos
chego
o
isso
parece-me
um
bocadinho
já
mais
grave
não
não
se
tiver
se
for
lá
eh pá
não
sei
é
que
não
sei
,
é
assim
se
eu
eu
na
rua
sou
nenhum
inglês
lhe
passa
pela
cabeça
tentar
falar
português
se
você
lhe
pedir
uma
indicação
na
rua
,
se
se
cruzar
com
ele
em qualquer parte de de Inglaterra, nenhum inglês lhe passa pela cabeça se quer aproximar-se do português, portanto /
exato
o
português
porque
é
que
tem
aquela
atitude
estúpida
e
subserviente
de
assim
que
vê
um
fulano
de
[
/
]
de
cabelos
loiros
pensar
que
ele
é
inglês
eh
sueco
ou
não
sei
o
quê
não, mas se eu estiver se eu tiver em Londres não vou fazer uma pergunta em português
eele se ele se lhe dirigir po
isso
parece-me
ah
não
vai
,
mas
os
ingleses
vêm
cá
e
fazem
está
bem
,
é
assim
eu
não
sei
o
que
é
que
eles
fazem
,
mas
eu
lá
não
adiantava
falar
em
português
,
porque
ninguém
vai
perceber
português
fazem
fazem
pronto
,
essa
é
uma
convicção
sua
,
está
a
ver
?
mas
se
fosse
fosse
lá
e
tentasse
explicar
por
gestos
é
isso
ele
respondia-lhe
em
inglês
e
você
se
percebesse
inglês
percebia
agora
não
tentava
era
usar
a
língua
dele
pois
,
está
bem
mas
isto
a
a
situação
lá
não
é
a
pior
a
pior
é
cá
é
quando
eles
vêm
é
quando
eles
vêm
,
veem
uns
,
basta
ter
aspeto
de
estrangeiro
para
se
pensar
que
é
estrangeiro
e
então
dá-se
logo
um
desconto
"
ai
deixa-me
lá
ver
se
eu
consigo
perceber
o
que
é
que
ele
diz
"
e
então
ele
vem
de
lá
"
do
you
"
qualquer
coisa
"
yes
yes
"
a
tendência
é
res
responder
em
inglês
,
exato
"
yes
yes
oui
"
qualquer
coisa
,
inventamos
logo
qualquer
coisa
para
começar
a
a
a
falar
com
ele
pois
,
isso
é
aí
é
que
é
capaz
de
ser
mais
grave
isto
é
grave
pois
eles
vêm
cá
falem
português
claro
pois
e
e
se
não
percebemos
aquilo
que
eles
dizem
pronto
,
não
percebemos
paciência
e
respondemos
qualquer
coisa
,
eles
não
entendem
não
faz
mal
quem
são
muito
assim
são
os
alemães
os
alemães
ao
inglês
hum
hum
parece-me tenho ideia que são muito fechados, já me disseram que não mas
ah
eles
nunca
ah
reconhecem
ah
hhh
natural
são
muito
cordiais
e
afáveis
só
que
nunca
tiveram
é
é
tenho
ideia
que
os
alemães
são
mais
por
agora
não
estou
a
falar
só
português
claramente
não
se
for
em
relação
ao
inglês
,
que
também
é
uma
língua
internacional
e
que
e
que
eles
são
mais
fechados
sim
,
e
o
franceses
também
têm
muitas
reticências
ah
são
ah
essas
coisas
estão
ah
culturais
cada cada nação tem uma maneira de encarar a sua própria cultura e a sua própria língua
pois
nós
um
bocadinho
internacionais
é
nós
gostamos
de
/
de
comunicar
com
toda
a
gente
e como a comunicação muitas vezes é dificuldada dificultada pelo o facto de os outros não falarem como nós
nem
nós
falamos
como
eles
,
então
procurámos
encontrar
uma
língua
de
contacto
por
causa
disso
é
que
criámos
os
crioulos
todos
para
imp
/
para
comum
/
comu
/
os
crioulos
são
aquelas
línguas
que
resultam
da
hum
por
exemplo
en
em
Cabo
Verde
,
hoje
em
dia
,
fala-se
crioulo
crioulo
não
é
uma
língua
nacional
?
ah
hoje
em
dia
é
,
mas
o
crioulo
tem
eh
/
também
uma
história
e
ah
nasceu
pensava
que
era
o
que
sempre
se
falou
lá
não
/
não
é
uma
língua
como
as
línguas
africanas
eh
pois
,
não
sei
como
é
que
é
o
crioulo
,
não
faço
ideia
que
existia
no
continente
africano
é
uma
mistura
de
é
uma
mistura
de
português
com
ah
as
línguas
que
eles
falavam
antes
ah
,
não
sabia
língua
pro
surgiu
crioulo
por
definição
é
isso
?
é
uma
mistura
de
línguas
?
hum
é
bem
isso
pensava
que
crioulo
era
o
nome
de
uma
língua
,
como
havia
o
não
sei
quantos
não
,
existe
o
crioulo
de
Cabo
Verde
o crioulo de São Tomé o crioulo de de de sei lá / de tantos sítios
ah
não
fazia
ideia
não
fazia
ideia
o que acontece é que os os crioulos parecem terem resultado da fusão
ah
é
resultante
das
línguas
originarias
com
uma
determinada
língua
das
línguas
originais
,
português
,
claro
pode
ser
o
português
,
pode
ser
outras
claro
ah
hum
existem
vários
crioulos
com
base
em
inglês
,
mas
a
dos
portugueses
estão
mais
ah
são
muitos
creio
até
que
são
mais
do
que
os
ingleses
já
identificados
os
de
base
inglesa
seja
como
for
ah
achei
curiosíssimo
há
dias
que
como
agora
por
causa
das
línguas
está-me
a
lembrar
deste
pormenor
há dias uma senhora pôs-me / uma senhora das testemunhas de Jeová / há para aí uma coisa qualquer
hum
pôs-me
um
folheto
na
mão
e
eu
peguei
nele
para
na
para
me
chatear
e
claro
guardei
depois
me
nem
tenho
eu
no
carro
por
causa
disso
hhh
não
deitei
fora
hhh
hhh
para
não
me
chatear
eu
guardo
diz
adeus
à
senhora
sim
e
eu
/
depois
o
hhh
exatamente
é
a
maneira
prática
que
nós
temos
hhh
e então depois olhei abriu-me o folheto uma das coisas que reparei
é
que
eles
tinham
lá
as
línguas
em
que
o
folheto
era
editado
hum
e
então
?
e
hum
se é verdade se é mentira nãofa/ também não era a questão na altura
o
que
achei
curioso
foi
a
quantidade
de
línguas
e
que
tinham
lá
mais
de
cem
línguas
tantas
?
Deus
me
livre
se
calhar
depois
não
são
línguas
,
se
calhar
são
dialetos
sim
,
às
tantas
<mas
tipos
daquela>
/
assim
pelos
nomes
pareciam-me
coisas
de
tipo
para
aí
Caraíba
oh
,
existem
muitas
,
imagino
Caraibas
não
,
Pacífico
Pacífico
aquilo
acho
que
há
para
lá
hum
línguas
e
línguas
e
mais
línguas
ah
nos
povos
africanos
em
África
também
,
depois
eles
,
é
assim
se
calhar
puseram
um
para
a
Angola
para
aí
meia
dúzia
delas
ou
mais
não
faço
ideia
ah
pois
é
,
<é
bem
possível>
é
bem
possível
se
calhar
ainda
há
mais
quando
eu
digo
se
mais
de
cem
línguas
,
se
calhar
eu
tou
eu
estou
a
contar
com
essas
todas
depois
havia
lá
números
conhecíamos
claro
por
isso
é
que
o
número
era
assim
é provável porque esse tipo de / / de
publicação
interessa
a
muitas
comunidades
mesmo
que
sejam
pequenas
,
não
é
,
é
pronto
é
para
ser
divulgada
justamente
a
determinadas
claro
,
pois
é
assim
não
não
meios
que
fazem
esse
pois,éassimpoi/ pois esse objetivo achei achei natural, mas
mas
achei
curioso
de
facto
ha
/
eh
a
extensão
de
de
línguas
ou
dialetos
,
ou
lá
o
que
é
que
é
aquilo
não
fa
sei
como
é
que
é
lá
depois
os
termos
técnicos
como
é
que
o
problema
é
saber
o
que
é
uma
língua
,
não
é
?
o
problema
é
também
não
é
claro
,
pois
não
?
não
mesmo
para
os
linguistas
ah
os
linguistas
têm
ideias
,
mas
ainda
não
estão
de
/
de
acordo
a
fronteira
pois
pois
,
imagino
não,porqueécompli/ / é muito complicado
ah
entre
o
português
e
o
brasileiro
e
é
considerado
uma
língua
hhh
sim
sim
sim
e
o
que
é
um
dialeto
?
por
exemplo
ah
no
Porto
falasse
o
mesmo
dialeto
que
se
fala
em
Braga
?
se
eu
lhe
perguntasse
qual
era
o
dialeto
que
o
senhor
falava
o
que
é
que
me
diria
?
não
falam
,
pois
não
?
hhh
dialeto
lisboeta
,
será
isso
?
o
dialeto
pode
ser
regional
é
o
dialeto
?
não
?
pois
,
não
sei
pois
é
que
não
se
sabe
hhh
oh
ouve-se
falar
no
alentejano
no
beirão
às
vezes
no
transmontano
no
falar
do
Porto
ouve-se
falar
no
algarvio
no
açoriano
agora
diga-me
lá
você
o
que
é
que
é
cada
um
deles
e
se
eu
lhe
perguntar
o
que
é
que
você
fala
,
o
que
é
que
você
fala
?
se
você
também
ouve
falado
como
os
outros
,
não
é
beirão
,
não
é
?
pois
não
é
do
Porto
,
não
é
ah
açoriano
,
o
que
é
que
você
fala
?
falo
lisboeta
,
se
é
que
isso
existe
hhh
hhh
o
lisboeta
é
a
ideia
que
eu
tenho
é
que
é
um
bocadinho
mistura
eh
disso
tudo
,
não
é
,
acaba
por
ser
um
bocadinho
ah
,
acaba
por
ser
com
com
a
com
a
com
influências
claro
novo
pessoas
em
Lisboa
,
não
é
daquelas
que
de
toda
de
de
de
há
não
sei
quantas
gerações
para
cá
depois
é
um
bocadinho
mais
a
questão
do
latim
,
portanto
depois
o
lisboeta
comoocomoocomoacomoa como a de Coimbra
istoestouadizere mas estou a dizer com o
ti tipo interrogação para me confirmar que isto são ideias que a gente nós temos e que
hum
,
sim
hhh
por
vezes
são
são
pe
são
preconceitos
hum
hum
preconceitos
ah
hum
que
é
a
questão
da
hum
da questão da / do do
funcionar
como
norma
pois
,
do
dos
intelectuais
da
da
norma
intelectual
portanto
sim
sim
como a acontece com com / [/] com uma questão de latim que se fala muito
até
isso
tem
mudado
,
não
é
?
quenão que se fala dos dos italianos ficarem com o latim
latimdos dos intelectuais e nós ficamos com o latim do povo
bárbaro
,
pois
eh eh essas coisas são assim
hhh
ah
mas
que
é
for
eh
principalmente
o
lisboeta
,
aquilo
que
as
pessoas
chamavam
lisboeta
se
calhar
também
é
um
bocadinho
influência
não
só
das
vári
das
várias
regiões
que
por
que
aqui
passaram
por
Lisboa
mas
também
várias
línguas
faladas
aqui
ao
longo
dos
tempos
mas também pelo facto das das lin
em
que
os
confrontos
das
diferentes
línguas
porque
houve
árabes
aqui
houve
/
ah
romanos
houve
&
os
visigodos
pois
é
porque
depois
é
assim
acaba
por
haver
muito
mais
mistura
em
Lisboa
do
que
em
Castelo
Branco
ou
Vila-Real
em
termos
ah
atuais
?
desde
que
o
país
foi
fundado
pelo
menos
desdequeopaísf/ sim
talvez
é
provável
embora
usar
lá
bem
acima
os
outros
têm
não
,
<desde
que
o
país
foi
fundado>
/
desde
que
o
país
foi
fundado
sim
quer
dizer
não
é
mais
fácil
haver
mistura
de
a a fronteira
ah
a
existência
de
a
constituição
de
um
país
tem
a
ver
com
a
língua
com
a
constituição
com
a
prova
de
que
não
é
ah
eh
culpado
o
Afonso
Henriques
hhh
resolveu
dizer
"
isto
aqui
é
tudo
meu
,
isto
aqui
é
o
reino
de
Portugal
"
não
é
?
primeiro
isto
era
tudo
diferente
as
línguas
faladas
pelas
populações
não
deixaram
de
ser
ah
o
que
era
não pois é assim eu [/] eu pois agora não estava
oconfronto o confronto entre as diferentes línguas consigo continuou a existir
é
claro
nuns
sítios
havia
mais
confrontos
linguísticos
do
que
noutros
,
é
natural
pois
,
mas
eu
agora
estava
a
aceitar
,
estava
eu
estava
a
tomar
como
como ponto de partida as as diferenças que já temos
entre
as
beiras
o
Porto
não
sei
quê
hum
hum
e Lisboa que são claramente diferente dessas desses áreas
hum
ah
é
norma
/
é
é
mais
comum
que
haja
pessoas
de
sítios
diferentes
em
Lisboa
do
que
sítios
diferentes
em
[/] em
na
nas
beiras
ah
,
sim
pronto
isso
já
aí
isso
aí
já
é
uma
questão
sociológica
exatamente
,
estava
mais
a
pensar
agora
nisso
portantoemtermosatuais em termos atuais efetivamente nós verificámos que Lisboa
é mais fácil de perder essa característica ou que queLisboa que a linguagem de Lisboa mude do que mude de
as
dessa
regiões
a
linguagem
é
que
tem
de
ser
diferente
por
causa
da
da
inculturação
não
não
,
isso
aí
também
já
não
tem
o
problema
é
que
eh
estando
muitas
eh
/
variedades
em
confronto
em
Lisboa
é
natural
que
ah
a
maneira
como
se
fale
em
Lisboa
seja
difícil
de
perceber
porque
não
se
percebe
exatamente
se
se
está
a
falar
mais
pois,porissoéqueestou por isso é que estava a pôr em causa de haver um lisboeta
hhh
claro
pois
hhh
ah
agora
confirme-me
só
se
é
verdade
ou
não
eu
já
ouvi
dizer
o que é que o/ o ch com si o português considerava mais correto, se é que essa expressão existe
para
os
linguistas
não
faz
nenhum
sentido
,
mas
e
mas
era
Coimbra
era
o
de
Coimbra
masaquilo aquilo é / é noção geral que se tem, o preconceito que se tem
é
[/] é
era
uma
coisa
que
eu
ia
dizer
há
pouco
eu
há
bocadinho
ia
dizer
que
ah
até
nisso
existe
mudança
não
é
por exemplo no no no no italiano também houve transferência entre eh
a
importância
cultural
de
Florença
e
depois
eh
para
ah
Roma
e
Milão
e
outras
cidades
dos
géneros
,
portanto
a [/] ana/ aquilo que funcionava como norma e que era o padrão
que
era
considerado
correto
hum
foi
passando
a
ser
uma
coisa
diferente
pois
ah
foram
outras
cidades
que
passaram
a
a
dominar
a
ter
o
quê
até
em
termos
linguísticos
por
outro
lado
en
/
en
Portugal
dantes
dizia-se
era
Coimbra
,
porquê
?
porque
havia
lá
universidade
os
outros
sítios
quase
não
havia
universidade
ou
havendo
universidade
a
não
era
tão
grande
pois
estou
a
ver
hoje
em
dia
hoje
em
dia
isso
já
desvaneceu-se
por
essa
razão
deixou
de
ter
sentido
ah
os
meios
de
comunicação
social
são
basicamente
dominados
por
pessoas
que
falam
em
Lisboa
ah
eh
ah
como
se
diz-se
falar-se
em
Lisboa
e
por
causa
disso
ah
se
calhar
a
norma
já
é
o
português
de
Lisboa
,
se
calhar
o
mais
correto
é
isto
até
pela
própria
educação
isso
é
por
a
educação
também
tende
a
acontece
isso
é
sim
para
o
caso
de
de
sim
pois
o
hum
estava
a
ver
outra
coisa
que
horas
são
?
isto
é
tardíssimo
oito
horas
isto
é
tardíssimo
vamos
já
hhh
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