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Dicionário de Regionalismos e Arcaísmos2006 resultados - mostrando 1 - 100 - seguintes [1] Preposição empregada outr’ora em circunstancias em que hoje se emprega á e ao: “não dardes credito a minhas palavras” no Clarimundo II, 44; “qualquer cousa dera fim a sua vida”, ib. II, 48; “sahiu a luz com o livro”, Vieira, Sermão, III, 122, hoje à luz; “vivamos a sabor da nossa carne”, Arraiz, fl. 44v; “he accomodado a nossa natureza”, id.; “a força de rogos”, Arraiz, fl. 5v; “suavemente, a maneyra da natureza”, Arraiz, fl. 62v; “a cabo de”, Arraiz, fl. 62v. [2] “uma memoria a publicar no jornal”. É erro por “que ha-de publicar-se”. Creio que vem na Syntaxe de Epiphanio. [3] “ao que dizem” = ‘segundo, conforme’. Junto com outra particula em português classico, p. ex. a segundo (Camões): cf. em italiano “a malgrado di | qualche lieve strarcico” (p. ex. em Ovidio, Note etimologiche, p. 6). “a segundo a policia Melindana” = conforme á cortesia etc., Camões Lus.VI, 2. Vide a nota do Sr. Epiphanio na sua 1ª ed., p. 6; “a segundo se vê”, Lus.VI, 33; VII, 47; “a quando á chegada d’ellas; chegou a quando a mim”. Beira etc. [4] 1º) Na lingoagem de Lisboa exprime em designação topografica o mesmo que em, mas vagamente, quando se fala de um sitio, ou bairro, onde alguem habita, ou fica alguma rua pouco conhecida, ou que não é a unica d’este nome. A ideia originaria é de “proximidade” (lat. ad): 1) Rua de Sant’Ana, à Lapa; R. do Arco, a Jesus: porque em Lisboa não são as unicas d’este nome; 2) R. dos Ferreiros, à Estrela: por ser pouco conhecida; 3) “moro a Campolide”, a São Bento, aos Anjos, á Graça: isto é, num local que fica nestes sitios ou ruas, ou proximo. 2º) Já no sec. XVI: “pousava elle nos paços de Santos os Velhos, à Pampulha”, Chronica de D. Sebastiam, publicada como manuscrito de Fr. B. da Cruz, p. 156. [5] Simples preposição, sem artigo, ligada com um substantivo etc., exprime circunstancia de modo, instrumento: a bem e a mal, a torto e a direito, fez isto a meio = só até metade, anda a jornal, adur (cf. francês antigo a grant dur), a dente, a pique (cf. fr. à pic em normando: “escarpado”, Zs. XXXIII, 306), a reboque, a través, a sêco. No português moderno ha locuções em á, que em português archaico eram em simples a: àcerca, antigo acerca. [6]Já na praça a passear (romance): Zs. XXXV, 262, n.2. Cf. Ltbl. 1914, col. 73. [7] Assim como se diz ao de cima, tambem no Norte dizem ó p’ra cima = ao para cima, ó p’ràlem = ao para alem. A locução adverbial fica determinada por artigo, e ao conjunto agregou-se a preposição. [8] A preposição a, diz o Dicionario da Academia, p. 3, col. 2ª: “com o nome qual, e quem, denota uma certa competencia, aposta ou perfia”, e cita exemplos como: “levavão todos, a qual mais galante”, etc. Aqui produzo outros deste uso, hoje antiquado: “Muitas carroças houve, a qual mais bella”, Pinto Renascido, 61. “As Musas vão porfiando, a qual primeiro tome capela de mirto”, N. Tolentino, s. 32. Cf. sobre isto Epiphanio Dias, Syntaxe, p. 275, que cita também alguns exemplos. [9] Modelo de estudo lexicológico da preposição a no Bulletin du Glossaire Suisse, VII, 33. [10] Conjunção, ex. “vou a mais tu”. Pode a ser ac? Tinha eu escrito isto, e li depois Ltbl. 1914, col. 79, onde Leo Spitzer lembra atque). Todavia não creio nem ac, nem atque. Cf. os meus Opusculos IV, 1113-4. [11] Por e em textos antigos e na linguagem popular, se não era preposição na origem: “n’elle a mais n’ella”, Brasileira de Prazins, p. 38. [1] = asa, Esopo, 60. [2] [“e sse as tuas aas nom ssom bem prestes pera fugir”, Esopo, fab. XXIII, v. 30] “de treze anos aaco”, 1410, AP XIII, 41; ou será preposição o 1º a; cf. aló. = além, Inquisit. I, 314: sec. XIII, AHP IV, 39; II, 179. sec. XV, AHP II, 263; II, 28 aallem; II, 49 aalem; Dr. Viterbo, Duarte Galvão, 52; Leal Conselh. p. 67; vid. tambem os texos em A. Valdês, Anadia, p. 8. Ad Pidal. [1] ‘àlem’, 1091, D. et Ch. nº 753. [2] e aaquende: nos Costumes da Guarda, p. 13. Vai citado na EP III, Serra da Estrela (divisão). Cf. ms. Costumes de C. Rodrigo “la Serra aaquende”, Leges, 895; e ms. de C. Melhor “desde la Serra aquende...” (não pus pag.). Ad Pidal. [A citação de EP, III, completa-se com p. 290, como verifiquei. G. Machado]. sec. XIV, Linhag. p. 198. Para buscar mais exs. = ar, Esopo, 60. Vid. az. sec. XV, AHP, II, 70: “ueer sabedor, aazador e acomsselhador dos ditos trautos e maldades”. Cf. Moraes. ‘ocasião’, Esopo, 60. art. de Meyer-Lübke Zs. R. Ph. XXXI, 582: curchuina rum. áripă ‘asa’, fr. aube, hesp. alabe, it. aba; do lat. alapa ‘bofetada’ veio alapare que as ant. glossas explicam por expalmare; acceitando que o verbo exprimia agitar a mão ou o braço, deduziu-se de alapare o substantivo alapa no sentido de ‘asa’ etc. (p.586). sec. XIV. I. Ac., IV, 589. Vid. abada? [‘enterrar uma haste ou planta, deixando-lhe um pedaço de fora do terreno’. (Óbidos)] [1] (rhinoceronte): Zs. XXXIV, 563; e R.L. e G.V. [2] “dei-lhe... em dadiva hum bastão de abada com castão de ouro”. Testamento de Luis Candido de 1819, ms. Vide Moraes. “igreja abadada” = ‘com abade’. G. Estaço, Varias Antig., cp. 56, § 2. [‘nomear abade, pôr abade’. Muitos exemplos nas Inquirições de Af. III, extr. pelo P.e Alves, III, p. 336 e antes: “el Rey... aabada per si” id., 330; “erdadores abbadar essa ermida” p.349. V. abbadar no Elucidario.] = badejo. Do hesp. abadejo < *abbaticulus, Rev. l. r., LIV, 150. Ha outros nomes de padres etc. dados a animaes (côr dos trajes, etc.) Cf. Rev. de Filol. esp., I, 381. Camillo, Aventuras de Basílio Fernandes, cp. V. ‘govêrno de um abade monastico’, Lº. de Salzedas de Fr. Baltasar dos Reis, fls. 39v., cap. 2º. ‘o que abafa o moribundo’ (costume attribuido a Judeus). Apostillas, I, 4. Apostillas, I, 6. ‘abafamento’, fallando do tempo: “ai! que abafura!” Viana do Alemtejo (“tempo abafadiço”). N.B. A palavra é mal formada. É, no fabrico dos cestos, voltar as costellas para dentro, para segurar os vergos. Penajoia. [“pêr d’abaixo”. Avis] ‘amarrotar qualquer peça de vestuário’. Beira Baixa. RL II, 243. N.B.= abajoujar: à > e. “stava d’abalada” Alemtejo e no Algarve. RL II, 21. [‘aborto’ Melgaço. RL, VIII, 56] [1] ‘ir’. Sabugal. [2] ‘retirar-se para longe, desapparecer’ Beira Baixa. RL, II, 243 [3] Etimologia. RL, II, 267. [4] Miscelanea a Schuchardt, p. 26. ‘gritar por soccorro’. “Se alguem vem para roubar uma casa, abaleia-se àque d’el-rei. Se ha um fogo abaleia-se tambem”. Penude (Lamego), de uma velha. Deve relacionar-se com balar, balido. Entre uns versos (não em rima) de uma anecdota tradicional. “E em densa nuvem a razão se abalma”. Estro de Th. A. dos Santos e Silva, Cetobricense, Lisboa 1792, p.122, verso a que o A. põe a seguinte nota: “abalma por abafa. Ceos abalmados por nublados em calmaria etc., são expressões que commumente eu ouço nesta Maritima: se não agradar, talvez por falta de authoridade, seja este o meu patavinismo”. Setubal. ‘abano para enxotar as moscas’. Esopo, p. 60. [1] É gallicismo. Embora usado por Herculano e outros. Substitue-o desamparar, cf.: “Duas sentenças... segunda contra... D. Fernando... que desamparou a embaixada de Hollanda”, 1833, Catalogo da Livraria de Madureira, p. 222; “lhes foi forçado (aos Olandeses) porem-se em fugida, desamparando a ilha”, Britto Alão, Antiguidade da Sra. de Nazareth, 1684, p.72. Póde em certos casos dizer engeitar; cf. os engeitados. Cf. meninas desamparadas. [2] Antes do galicismo, dizia-se desamparar, p. ex. em Geographia de Lima, II, 252: “desamparàrão (a praça) os Castelhanos.” ‘vergar’? Trancoso. RL, V, 170. ‘nadar’. Algarve. RL, VII, 104. ‘abanar muito’: “anda a abanicar”. Em qualquer sentido: ao lume; mover-se a andar. Cadaval e Obidos. [1] ‘abanador do lume’. Alandroal. RL, IV, 52. [2] “ ‒ de esteira, com cabo de pau ou cana” (Arcos de Valdevez); “abano de costellas” feito nos Arcos (ME). [3] ‘abano’. As duas fórmas em Minde. alquices abanuens. Séc. XVI, A H P, II, 75. Cf. tarente (Çafim). [1] ‘calçado aberto’ (Montemuro): Portugalia II, 348, com gravura. [2] ‘calçado rustico’ (Moraes). L. Sainéau vê ahi uma metaphora de barca + a prosthetico, e cita paralelos romanicos: barco provençal ‘gros soulier’, barqueto ‘talon de sabot’, etc. [1] Especie de ‘chanca’, mas em vez de coiro tem burel. Hoje pouco se usa. D’antes, porém, muito. O burel ata o pé e vem à perna até o joelho, o que se chama brulho. A sola é de madeira. Usado nas neves, e é proprio das mulheres. (Castro-Laboreiro). No Minho Pitoresco? [2] cf. abarca: Portugalia II, 382. Adverbio ‘grandemente’. Esmeraldo, p.159. Caturra traz barrisco(a) com etimologia tola. Já Bento Pereira, Thesouro, *purniscum. Cf. hesp. abarrisco. ‘dar fé seja do que for’. Trás-os-Montes. RL, V, 22. [1] ‘bastar’. Esopo, 60. [2] [“pam que lhes abaste”. Comprom. de Guimarães., 1516]. a-bastecer, inchoativo de bastir. Vid. nestes verbetes bastir e basto. “dar ou não dar ‒”: ‘haver ou não haver mãos a medir’. Trás-os-Montes. RL, V, 22. ‘mulher gorda’ (metafora). Alandroal. RL, IV, 53. ‘abutre’. Avis. RL, IV, 227. ‘gordo, sobre tudo na cara’. Trás-os-Montes. RL, V, 22. ‘bêberas’: “As abeberas são melhores, do que os figos”. Agricultor Instruido, p. 85. [1] ‘figo preto, oblongo’. Beira Baixa. RL, II, 243. [2] = bebera, “duas abêbras”. Tralhariz. Cf. abebera. ‘arvore que dá beberas’. Trás-os-Montes (Vila Real). ‘acontecer, correr bem’. Vid. Trabalhos da Acad. Sc. Ptgl., I, 167. J. Moreira, Estudos, II, 259. ‘homem ou mulher mal azados, com um corpanzil enorme’. Trás-os-Montes. RL, V, 22. [1] 1) ‘é o que trata dos bois’. É o lavrador da Beira. Mas tambem se usa lavrador, por ex; “amanhã trago um lavrador”, i.é, quem lavre e não “trago um abegão”. Abegão é o que tem a seu cargo os bois; lavrador é o abegão em função. “O meu abegão está doente”. Cadaval. 2) no Sul do Tejo ‘carpinteiro dos carros’. [2] ‘trabalhador que anda com bois’. Estremadura (Cadaval, Lourinhã...). [3] O Caturra propõe o grego boukaios. Depois creio que o Viana lhe suggeriu o etymo *a-pecudone- que eu dei na RL, IV, 334 em 1896, e incluiu-o no Supplemento (1899). Agora no D. de N., 26-VI-909, canta de poleiro, como se dispusesse de grandes cabedaes: [«De Otyloppih (feio anagrama de Hippólyto): “Qual é o plural de abegão?” Como parece demonstrado que abegão veio do latim hipotético pecudonem, que no plural seria pecudones, não há duvida que abegões é plural de abegão. E o povo está de acôrdo.»]. Para mostrar que adivinhou o anagrama e que é esperto! [1] ‘é a loja dos bois destinados ao trabalho’; como cocheira a dos cavalos. Cadaval. [2] ‘coberto, especie de arribana, onde o carpinteiro faz os carros’. Ameixial de Extremoz. Cf. ‘abegão’. [3] Não se usa em todo o reino. Sul: [«Feliteira, 24. – Continua o inverno com o seu rigor, ouvindo-se desde as 7 às [?] horas da noite uma constante trovoada, [acom]panhada de fortes bategas d’agua e [vent]o rijo. [H]a muitos annos que nos não lembra de [sem]elhante inverno e a tristeza que nos pro[du]z o aspecto dos campos é tudo quanto ha [de] mais desolador. No dia da grande cheia nas abegoarias (...).» (Diário de Lisboa)] [‘quasi’. Empregam esta locução no fim da frase. Assim: “É noite a-be)in-de-mode. Pouco falta a-bein-de-mode. São horas a-bein-de-mode.” (Óbidos).] ‘amarelo’. Trás-os-Montes. RL, I, 202. apicula não é abelha pequena, mas abelha como animal pequeno; ovicula não é ovelha pequena, mas animal pequeno, em comparação com Rindwie (gros bétail). Arch. Suisse, col. 376. Certamente tambem influe aqui hipocoristico, ib. ‘empregar diligencia’. Trás-os-Montes. RL, I, 203. [1] enxame que se forma espontaneamente na toca de uma arvore, num buraco de parede, ou numa cavidade do chão. Tolosa. [2] Chama-se abelheira a uma toca de sobreiro, etc, ou a um buraco do chão, onde as abelhas bravas fazem mel (enxame de abelha que cria numa toca ou buraco). Alcacer. Tenho notas no maço da “Caça”. ‘brinquedo feito de um pequeno tubo de cana, com uma carneira de um lado, em cujo centro se enfia um cabello que se ata a curta haste de pau’. Anda-se de roda com elle e zune como uma abelha. “e de abelmazes 1:280”, sec. XVI, AHP, I, 367. Em Moraes: belmaz. No Minho id. e belmazio. = abençoa. Algarve. RL, VII, 104. [‘arremetter a, luctar ou brigar com’. “O cão abença com o gato”, Obidos. Avançar?] ‘até aqui’. Alemtejo e Algarve. RL, II, 29. ‘phantasma negro’. Beira Baixa. RL, II, 243. [“com seu punho dabenuz e virões” AHP, II, 383 (1522).] “linho abertiço”: apud J. de Vasconcellos, in O Comercio do Porto de 26 de Agosto de 1886. Vid. seradiço. Não vem em Moraes. “aberto de buril”, sec. XVI: Rev. de Hist., I, 248. ‘besouro’. Trás-os-Montes. RL, I, 220 (G.V.) ‘vespa’: “as abêspas”. Ouvi na praça a uma vendedeira de Fozcoa. ‘vespa’. Avis. RL, IV, 227. ‘vespa’. Algarve. RL, VII, 104. Avis. RL, IV, 227. Vid. avespra. ‘especie de aguia das arribas’. Trás-os-Montes. RL, V, 22. Antigamente também há abete (séc. XVI). A palavra não é antiga, pois J. Cardoso não traduz assim o lat. abies. Bento Pereira traduz por ‘faia’. Provavelmente veio do hesp., onde ha abete e abeto, e a fonte é o ital. abete, que os Hesp. mudaram em -o, conservando tambem a par o -e. Assim se explica que nem o hesp., nem o ptg. conservasse o -ie- lat. (apesar de em ptg. popular haver quéto < quieto, mas isto tem uso local). Abete e abeto são litterarios. O povo não os usa. Não vem no onomastico. N.B. Assim respondo à pergunta que me fizeram na Italia. ‘abestruz’. Alandroal. RL, IV, 53 (fallando do pão): RL, V, 50, s.v. espido. ‘aivecas’. Trás-os-Montes. RL, I, 203 (G. V.) ‘Fazer um bico em um pau’, por ex. “abicar paus para espetar nas vinhas”; ‘aguçar’. Obidos. De bico. [1] Étimo. RL, IV, 275. [2] Em accepção popular: “os abismos estão seccos” (Algarve). Apostillas I, 6. ‘obter’. Algarve. RL, VII, 104. [1] ‘Qualquer sitio onde não bate o sol’. Trás-os-Montes. RL, V, 22. [2] [‘Onde não há sol.’ J. Moreira, Estudos, I, 173, mas adversariu- não pode explicar só *adversiariu, com substituição de -arius por -iarius; ssi > x, cf. paixom < passione-: *abexeiro em AP, XII, 333-334. Vid. abicheiro. No Sul: umbria.Cf. no povo canavese (Itália) a l’invers, la sversa, para significarem abacio, a tramontana, ‘ao Norte’, ‘do lado oposto ao da sombra’, e na toponimia: Inverso, Reverso e Revers. Vid. Dr. Massia, Sul nome locale de Bacio, 1910. E no nosso onomastico Revessa?] ‘Avó’. Trás-os-Montes. RL, I, 203. Chaves. LR, III, 61. [1] ‘voar’; abôia = vôa (as aves, as pennas), (Obidos). [2] ‘Avoar’. Açores. RL, V, 216. [‘a cupula do forno de coser loiça’. Guimarães] ‘abobora’. Ouvi a varios. Melgaço. [1] Abobora bonina, chamada tambem abobora bolina (dissimilação e infl. de bola?) e menina. [2] Cf. S. Isidoro, Etym. XVII, 25, t. I, p. 459 da ed. de Madrid de 1778: apopores, singular. [1] “mar em fora a demandar e abocar o estreito de Baruta”, sec. XVI. Rev. de Hist., I, 108. [2] abóca (fallando de cães): Herculano, Poesias, p.308 (de que edição?): no Caçador Feroz. [1] “rapaz abodelgado”: ‘gordo, etc.’ Trás-os-Montes. RL V, 33. [2] ‘empaladado’. Trás-os-Montes. RL. V, 50 ‘Atirar um objecto pelos ares’. Açores. RL, V, 216. f. ‘armadilha para apanhar passaros’. Baião. (abuisar com s). Parece que é ‘engodar’. Ouvi em 1892 nas Chãs de Tavares.(De aboís ou boís, ‘armadilha de passaro’) [(com b): ‘avoejar’. Cadaval.] ‘Avoengo’? Lat. barbaro sec. XI, D. et C. p.465-466; “abolendorum nostrorum piacula” . < > hesp. aboleza, vileza: Linh. p. 232. Cf. avol. ‘apagar’: “são faltas de pontos e letras e regras que estão abolidas com o tempo” Ms. de 1780. ‘bolotas’: ouvi a uma mulher de Boticas. ‘revolver a água para a turvar’. Esopo, 60. ‘bomba’. Alandroal. RL., IV, 53. Alemtejo RL, II, 29. abonar “que o abonasse por monte”. Novelas Exemplares, p. 195, col.1. 2006 resultados - mostrando 1 - 100 - seguintes |
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