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Dicionário de Regionalismos e Arcaísmos576 resultados - mostrando 1 - 100 - seguintes “sen gaaçar per hy outra posse nem dereito”, 1403, Dcc. do Souto,nº 135, p. 148 (ao meio). = Gado, Esopo, 78. Sec. XIV, AHP, I, 354. ‘Ganhar’, sec. XIII, Flores de dereyto, p. 23. ‘Pessoa que se gaba muito’, RL, XII, 100. ‘Grande elogio’, RL, XII, 100. ‘Grande elogio’, RL, XII, 100. Cfr. fr. arc. gaber ? (escandinavo gabba, em G. Paris, Extraits de Roland). [1] ‘Feixe de espigas ou de mato’, Tras-os-Montes, RL, I, 221 (G.V.). Vai no Voc. de Guimarães. [2] Camillo, Cavar em ruínas, 2.ª ed., A. M. Pereira, Lx.ª, 1902, pag. 10; com a significação de ‘mólho, ramo’, com que a emprega Camillo não vem no Dic. do Caturra. Vai no Voc. de Guimarães. No Caturra com v . [3] Thurneysen, Kelt - rom., p. 62. Note-se que em port. ha: a) gabela ‘tributo’; b) gavela, que soa tambem gabela no povo . Creio que é o nome patricio do habitante da Gavieira (Alto Minho). Ou Gabiarra? Ling. comum. [1] ‘Birbante’, RL, XII, 100. [2] Descripção: Portugalia, II, 373. Vid. liberté e labirté. “18 arrates e meo de gabingal”. Sec. XVI, AHP, II, 349. ‘Birbante’, RL, XII, 100. = Cacho (d’uvas etc. ), Baião, Beira. Trancoso, RL, V, 172; RL, XII, 313. Beira Baixa, RL, II, 249. [1] Cf. prov. ant. guazanha, fr. ant. gaaigne, ital. guadagna (ant.), mod. guadagno etc., ou subst. verbal de *waidanjan (puramente hypothetico) ou de weida ‘procura de alimentação, alimentação’ + -anea. Tappolet, Bullet. du gloss. (suisse), X, 28, nota, e 27. [2] ‘Colher de metal’, Trancoso, RL, V, 172. [3] ‘Concha para tirar a sopa’, Vila Nova de Fozcôa. [4] ‘Instrumento para cortar a herva, os fetos, etc.’ Alandroal, RL, IV, 65. [5] ‘Foice de cortar o feno’, Beira Baixa, RL, II, 249. [6] [‘Lamina grande e longa e cabo de mais de 1m de comprimento: para segar o feno’, Alandroal.] [7] gadanhas: ‘Mãos’, RL, XII, 100. ‘Ceifar o feno com gadanha’, Fozcoa. Cfr. gallego. Vid. caçapo. ‘Operario que trabalha com a gadanha’, Beira Baixa, RL, II, 249. Vid. caçapo. ‘Guardadores de gado’: “Fica prohibido aos gadeiros o trazerem cabras com outros rebanhos”. Posturas da Camara de Miranda do Douro, de 1845, art. 39 (ms.). Parece tradução do mirandês ganadeiro. ‘Gadelho’, Avis, RL, IV, 229. ‘Conjunto das aves da capoeira’, J. Moreira, Estudos I, 187. De gadanha + unha? Mondim. [1] ‘Animal analogo á fuinha’, Tras-os-Montes. [2] ‘Parte solida do caldo’, RL, XII, 100. ‘Gancho’, Moraes. Cf. hesp. gafa, ital. gaffa, prov. gaf, fr. gaffe. Do arabe kaffa. Sinonimo de Gafanhôto, como habitante de Gafanha, região areenta ao longo dos concelhos de Aveiro, Ilhavo e Vagos, perto do mar (região de pinhais, batatais e feijoais); ‒ povoação de fundação recente (1 sec. plus mínus): informação do Dr. Mendes Correia. . ‘Habitante da Gafanha’, concelho de Ilhavo. Ling. comum. “Nome que os Europeus dão aos chamados mestiços de Goa”, nota de Bocage ás Rimas, I, 88. Ling. comum. ‘Inçar-se, encher-se’, Tras-os-Montes, RL, I, 211 (G. V.) [1] [‘Doença dos olhos dos bois’, RL, XII, 100.] [2] ‘Doença do gado cabrum’, Alcoutim. Ex. “uma cama que gafeja de percevejos”: ‘cheia de’; “uma praça que gafeja de povo”: ‘que abunda’. Madeira (informação de Jordão de Freitas). “he lazeira e gafem que sobre elle lançou vosso padre comtra dereito e justiça”. Côrtes do sec. XV. Costa Lobo, I, 351, n. (Planta). Onde o acento? Cfr. Gáfete (Alemtejo)? Nome que os Hespanhois e Portugueses dão ao eupatorium de Avicena, diz Amato in Dioscoride, IV, 44. No Bulletin de la Soc. fr. d’Hist. de Médecine, t. IV (1905), vem no art. de H.-M. Fay, intitulado “Cagots,gaffos, et cassots”. O que é gaffo? A actriz e cantora veneziana Elisabetha Gafforini foi cantada na ode de Bocage: Poesias, I, 100 ss. (Tenho outro vbt.) Vid. Traulopedía. (Comer à –) ‘comer dissimuladamente’, Tras-os-Montes, RL, V, 90. ‘Gajeiro’, Trancoso, RL, V, 172. O que é? [1] [‘Haste florida das ballotigas’, RL, XII, 100.] [2] = Gamão, ‘certa planta’. Usam-se os 2 vocabulos em Mertola. ‘Despreocupado’, Tras-os-Montes, RL, V, 90. Cfr. gamenho nos diccionarios. Serve de isco na pesca, Portugalia, II, 450 e 453. O que é? Deve ser animal. [(Falla –) ‘falla muito fina’, Tras-os-Montes, RL, V, 90.] Rp., doc. sec. XVI (1540), ap. Lucio, Sebastianismo, p. 72-73. [1] De gaius em Polemio Silvio (sec. V): Romania, XXXV, 174. [2] Masc. de gaia, d’onde o hesp. gaya, etc. Thomas, “Oribase”, p. 511 (Mélanges Havet). [1] A base deve ser *gavea, não cavea: cfr. no patois de Vizelles, A. Dauzat, p. 11 dzạbya é que ha de explicar-se por g- e não por c-, segundo a lei que ga- dá dzạ-. [2] [“Chamam gaiola aos predios que em Lx.ª se constroem do pé p.ª a mão, armados no ar, do que resultam desabamentos. Gaioleiros são os respectivos mestres de obras.” (“Campo de Ourique | O Desabamento | Os ‘gaioleiros’ vão ser chamados á responsabilidade.”)] DN, 20.XI.921. Tenho visto mais exs. Vid. goiosa. [Pl. gaipêlos. (Braga). Vid. gaipo.] [1] [‘Respigos (escadeas d’uvas, etc.)’ Braga.] [2] ‘Cacho de uvas’. Gaipeira, ‘dispositivo rudimentar para colher os gaipos nas latas’, Amares. Do prov. Pidal, Juglares, p. 70. [‘Chorar’, RL, XII, 100.] ou ‘concerto de gaita (de fole), isto é com acompanhamento de tambor’, Chaves. [1] ‘Engenho de tirar agoa dos poços’ , Ferreira do Zezere (informação). Vid. nora. [2] ‘Engenho de tirar agoa’ (Sertã), o mesmo que em Tolosa chamam. A gaivota tem o bico grande. Para ver gravura. ‘Fazer barulho’, RL, 12, 100. ‘Comestiveis que se dão aos ceifeiros como accessorios de paga em dinheiro’, Tras-os-Montes, RL, V, 90. NB. nos dicc. gajes. [1] ‘Cajado’, Tras-os Montes, RL, V, 90. [2] ‘Especie de bengala para trazer na mão’, Moncorvo. Tambem ha gajato, menos revirado; obtive um para o Museu Ethnologico. ‘Cajata’, com signif. mais extensa, Tras-os-Montes, RL, V, 90. Vid. gajata. ‘Gajato (cajado, etc.)’, Tras-os-Montes, RL, V, 90, s.v. gajato. gal “ao gal do rio” = ao ugual do rio, ‘á beira do rio’, Fornos d’Algodres; Mangualde. [‘Buliçoso’, Chaves, RL, III, 63.] [1] ‘Cerro que termina num cabeço’, Alcacer do Sal. [2] O mesmo que calômbro (vid.). [“hũas e outras tem a galantaria no pintar”, Corte n’aldeia, p. 71 e 163.] Num romance (xacara) trasmontano: “Quem é aquelle galantim, | Que na minha casa entrou? “ “podem comprar-se com algumas jardas de fazenda e galões de agoardente”, Esboço hist. do Congo e Loango, p. Santos e Silva, Lisboa 1888, p. 72 (Tenho). É termo africano? Não vem no Caturra. ‘Fôrma de fazer as telhas curvas’. D’antes de madeira, agora de ferro. Avis. [1] ‘Gadanhos, os dedos na acção de apresar’, Tras-os-Montes, RL, V, 90. [2] “jogar os galapos”: ‘jogar, atirar, os dedos, ou mãos’? Cf. os gadanhos, Mexilhoeira. = Galardão, Esopo, 78. [1] Sec. 18, ap. Matos Sequeira, Relação de varias casas, p. 179. [2] assim em Filinto, Versos, VI (1806), 76. [3] 1) “Galaria das filhas de Nereo”, Galhegos, Templo da memoria, Lx.ª 1635, liv. I, est. 8 e IV, est. 155: galarias. 2) Fenix Renascida, I (1746), 188. [1] Tem em port. duas significações principaes: 1) “estar no galarim”. De galaria < > galeria? 2) “contar ao galarim” (vid. Vocab. de Bluteau). O vocabulo deve ter-nos vindo do hesp. Vid. dicc. hesp. [2] Cfr. Menendez Pidal, Notas al romancero de F. Gonzáles, p. 6, n. 4. ‘Pequeno gallo’, RL, XII, 100. ‘Gallo pequeno’, Moncorvo. e gallaró. ‘gallo pequeno’, Moncorvo. ‘Porca de criação ou ainda machorra, mas muito magra’. Tambem da mulher. Tras-os-Montes, RL, V, 90. ‘Mulher suja e rota’, RL, XII, 100. ‘Tecido tendinoso alastrado em aponevroses’, Tras-os-Montes, RL, V, 90. [“Travou-se sobre este assunto interessante palestra, em que tomaram parte quase todos os socios presentes, e que depois derivou para os erros que hoje frequentemente se leem em livros e jornais, em materia de nomenclatura nautica, como, por exemplo, o de traduzir-se por galera a palavra francesa galère, a qual significa o navio de remos que em português sempre se denominou galé.”] DN 4-XII-912. Sessão da Acad. das Sciencias de Lx.ª [1] (Capa –) Foral de Melgaço, Leges, p. 422. [2] (Terra –) ‘onde se semeia feijão e milho’. “Vamos para a galega”: ‘vamos semeá-la’. Castelo Branco. (informação). [3] “Terras galegas” chamam no Alentejo ‘ás pouco fundas, provenientes de xistos argilosos, por ex. no distrito de Beja’, Boletim da Secret. de estado da Agricultura, I, 23. Tenho. [1] Como a fórma em grego tem k, é provavel que o lat. Gallaecus provenha de dissimilação. [2] (Vento), J. Moreira, Estudos, I, 188. [3] “Vento-gallego”: ‘do Norte’. Moncorvo. Vid. Agricultor Instruido, p. 24. [4] “Terra gallega”, ‘terra de má qualidade, de fraca produção’. Sec. XVI, Valdez, Anadia, p. 19. [5] “A Pedro d’onde vem falar gallego?” Garção, p. 245. ‘São os Beirões que veem no inverno fazer quaesquer serviços agrarios’. Vid. ratinhos. Não se pode, por ex., dizer “Ratinhos da azeitona” ou “Galegos da ceifa”. Fazia rir. Avis. Vid. passo (noDouro). “nesta lagoa se matta muita quantidade de ádens reaes, marrecos, galeirões, garças... e alguns cisnes que aqui vem parar”. Brito Alão, Antiguidade da Nazareth, 1684, p. 184. ‘O gommo da laranja’, Tras-os-Montes. RL, V, 91. (Vir, cair em cima de qualquer coisa, como os –): ‘vir, cair sobre ella como galfarros’. Tras-os- Montes, RL, V, 90. [1] ‘Carro de 4 rodas, comprido e pesado, puxado por muares ou bois’. Geralmente só em estrada de macadam, p. causa do pêso. P.ª transporte de cascos de vinho, lenhas, etc. Cadaval. [2] ‘Carro de quatro rodas puxado por uma ou duas juntas de bois, para conduzir cascos de vinho, lenha, etc.’ Não se diferença do carro ordinario de bois senão em que este tem duas rodas. Fueiros nuns e noutros. (Cadaval). [3] [“MORTO POR UMA GALERA / Villar (Cadaval), 28. — Joaquim Evaristo, um pobre homem, muito estimado n’este logar e carreiro do sr. Antonio Rodrigues de Oliveira, caiu de uma galera carregada com dois cascos de vinho, passando-lhe uma roda sobre o peito.”] DN, 3-III-911 [4] [parece que assim se chama um carro na Suiça, Archives Suisses XXII, 6.] [1] 1. ‘Cadela’. 2. ‘pedra que se arremessa’. 3. ‘mentira’. [2] ‘Pedra que se deita a rolar por um mato a baixo’, Vila Pouca d’ Aguiar. [3] ‘Pedra grande a rebolar por uma ladeira abaixo’, Tras-os-Montes, RL, V, 91. De galgar. – Noutras localidades. [4] ‘Roda de pedra de lagar de azeite’ Saloios. Cfr. galga noutro sentido (‘pedra que se atira’). [5] “Pôr de galga”; e ‘pedra de lagar’. Avis, RL, IV, 229 e 223-224. [6] (de –), ‘empinadamente, verticalmente’, Alandroal, RL,V,65. ‘Salto’: “atirar um galgão”: ‘dar um salto’. Pragança. De galgar. Adj. “agua galgueira”: ‘que vae em sulco declivoso’; “augueira galgueira”: ‘que está inclinada’, Tras-os-Montes, RL, V, 91. 1) ‘pau em forquilha para mexer a palha dos enxergões’. Pesqueira. a b = 1 metro plus minus. 2) outro maior, para levantar da eira a palha depois de pisados cereaes’. Fozcoa. Vid. galheira. Sua significação no CA: Zs. XXXII, 398, e compara com o provençal. Cfr. fr. ant. gaillart, fr. mod. gaillard, it. gagliardo. Do germ. geil + hart, diz G. Paris nos Extraits de Roland. Como veio para nós? O termo é pop. hoje. ‘Forcado de madeira, ou ferro para apanhar o matto e pô-lo no carro’. Castro Laboreiro. Galheira tem 3 galhos; galha tem só dois. ‘Haste de arvore com galhos, pregada em cima com um prego, e suspensa: para pendurar os pucaros’. Douro. (O de Mondim é fixo no chão). Vid. paneleiro. ‘Pescoço’, Beira Baixa, RL, II, 249. Calão? ‘Pernada’, Açores, RL, II, 304. Zs. XXXI, 19, n. Cf. Zs. R. Ph. XXIX, 327. = Galhofeiro, Alandroal, RL, IV, 243. Adj. ‘meio-gago, falam atabalhoadamente’. Belmonte. Vid. mulata. ‘Vadio’ (Fonseca & Roquete). Cf. Schuchardt, Zs .R. Ph. XXIX, 237, nota. ‘Garoto’, RL, XII, 100. ‘Galeirão’; “pato galilão”. Avis, RL, IV, 230. [1] Será um termo gascão introd. por Montaigne. Galimatié pais desconhecido que o povo comparou com a Arimathia. Zs. XXXI, 265. De garrio + -mantia: Zs. 38, 357-358, e indica a bibliogr. hist. Tenho um folheto em francês, vindo de Java. [2] Tenho no maço romanico, na estante, um folheto escrito à maquina. 576 resultados - mostrando 1 - 100 - seguintes |
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