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Dicionário de Regionalismos e Arcaísmos234 resultados - mostrando 1 - 100 - seguintes “Estar n’Abrantes”, Abrantes; “Estar n’Avis”, Avis. Na, No. Já em D. Denis. Lang. ‘nada’ em pausa, passim. ‘nada’, Alemt., RL, II, 23. [1] ‘semente de nabo ou de plantas análugas’, Tras-os-Montes, RL, I, 214 (GV). [2] ‘semente de hortaliça’, Tras-os-Montes, RL, I, 221 (GV). “nabos em sacos”, Garção, p. 287. cf. navoeiro em Lx. Por não poder ser *novoeiro (diss.), cf. sabola, valume. “não quero vender nabos | em sacos”, Lisboa, etc. ‘necessidade’, Alg., RL, VII, 249. 1) “nação de peixes”: ‘genero’, Esmeraldo, p. 165. Cf. Ensaios Ethnographicos, III, 193. 2) ‘Judeus’: “gente de nação”. Vid. vbts. poligr. s.v. Judeus. ‘necessidade’, Alg., RL, VII, 249. [1] No sentido de ‘nascimento’: “fezerõ muitos sacrificios aos idolos pella naçença do infante”, Josaphat, p. 5. [2] “naçenca de Jesu Cristo”, Linh., p. 231. = nascer, Alg., RL, VII, 249. ‘de nariz chato’, RL, XII, III. ‘qualquer flegmão’, Alg., RL, VII, 249. [1] evolução do sentido, Boletín de la Ac. Española, VII, 690 ss. [2] Esta palavra completa a negação: “não chove nada”, “elle não é nada rico”. Cf. Zs., XXXV, 248 e n. Outras vezes vale por ‘algo’: “não perco nada” (compl. directo). [3] f., no CR, I, 113. [4] “nem nada!”, Leo Sptizer, Ltbl., 1914, col. 72. [5] “cum nada de mato” (‘com um pouco de mato’), Baião. [6] “nada não!” é a resposta negativa invariavelmente. Corresponde a ‘não Sr.’. Ouvi muito no c. da Idanha em 1916. [7] “se nada tender de escrupuloso”, Pam, II, 60. [8] Vid. nem. ‘fluctuante’: “ilheu nadante”, Bern., Pam, II, 31. = anadel: “nadell moor”. Sec. XV. AHP, I, 420. Noutro doc. sec. XV, ib., 339 vem anedal moor, que alterna ib. com anadees; cf. Moraes anadal. nad-isq(u)-ita, “um nadisquita” (‘um quasi nada’), Beira. [1] [“num é do tempo dos nados”, Marco de Canavezes.] [2] “que nunca lembrava aos nados” (‘aos homens’), logo nado = natus é usado (Tralhariz). Cf. post homines natos. [3] Só se usa hoje na expressão “sol nado”, e, falando de um individuo: “nado e criado em tal terra”. ‘ladrilhos’, Avis, RL, IV, 231. ‘derreado’ (fallando do burro e cavallo), T.M., RL, V, 98. [1] ‘negalho, cordel’, RL, XII, 314. [2] ‘lenço do pescoço’, T.M., RL, V, 98. [3] ‘rapaz’, RL, XII, 111. ‘náfego, esquadrilhado, que entorta quando vai a andar’, Óbidos. ( ‒ das cartas), cf. Mod. Lang. Notes, XXXIV, 442. ‘nadega’, Alandroal, RL, IV, 68. ‘açoites’, Alcoutim. C. Geral, I, 476. enamorado hesp., namorado port., namoro subst. vb. de namorar, ennamorado: de namôro?. Ou é enamorado a propria fórma hesp.? = namoriscar, RL, XII, 112. ‘pequeno namoro’, RL, XII, 112. ‘boneca pequena’, RL, XII, 314. Cfr. nena (Mondim). ‘boneca’, RL, XII, 112. [1] não emphatico, A. da Festa, p. 126. [2] “A carne carne cria | Nanja o peixe d’agoa fria” (vulg.). [3] ‘não já’, Extremadura, RL, V, 147. [4] No Auto do Desembargador, 1.ª ed.: “nã ja eu que as tenho em estrella”. [1] Vid. sim; não que, nem que: vid. Spitzer, Zs. XXXVI, 692-695. Cf. J. Moreira, Est. II, 76. [2] “já nu’sei parte de mim”, cantiga popular de Baião. ‘enteada’, RL, XII, 112. “o ouro ama o cubiçoso e nãoja o que com elle se compra”. Rep., C.te n’aldeia, pag. 57 e 139. CR, III, 54, v. 20. ‘bocado’, RL, XII, 314. [1] ‘nascer’ (Chamusca): criada do G. Viana. [2] [‘nascer’: “As moças de S. Martinho (c. d’Alcoutim) | Narcêrõ para cantar | E crêo que nã ha ôtras | No rêno de Portugal”, Alcoutim.] ‘narízes, narinas’, S. Graal, 6. [1] nariz de santo. “Não é nariz de santo” (‘não é preciso apurar muito’). Em it. diz-se (no mesmo sentido?): non era uno stinco (‘canella’) di santo. [2] Vid. calagouça. ‘conluio’, RL, XII, 112. ‘pião fraco’, RL, XII, 112. “o lugar de sua nascẽsa”, Arraiz, fls. 67, col. 1. [1] m., ( ‒ d’agoa), “um nascente”, Celorico da Beira. [2] ‘fonte’, J. Moreira, Estudos, I, 188. [‘Rebento de água no campo, e que às vezes pode servir de fonte’, Querença – Loulé.] “que elle fora preso o ano de 81, por tyrar ho nascimento a dom Antonio” (i. é. ‘ler a sina’), Notic. sobre alguns medicos portugueses ou que excerceram a sua profissão em Portugal, de Sousa Viterbo, 2.ª Parte, 1895, pp. 23-24, Doc. offic. do sec. XVI. [1] faz parte do covo (pesca), Portugalia II, 449. [2] ‘rede de pesca’, Sinfães. [3] ‘bebedeira’, RL, XII, 112 e 131. [4] ‘Apparelho de pescar peixes, feito de vergas ou madeira’, Baião. “Está como um nasso” (‘está muito bebado’), ib. Cf. em Mondim: “está como um masso”. [1] ‘especie de capoeira volante’, Baião. [2] Deriva de nassa (‘rede’). Vid. nasseiro. Cf. it. nastro, que Meyer-Lübke, Zs. R. Ph., XXXII, 463-464, relaciona com o got.-lombardo nastila; Zs. XXXIII, 79, Schuchardt. ‘natureza’ nas Flores de Dereyto, p. 25, 27. subst. Vid. indigena. “a nao Graça”, em F. de Andrada, Cronica de D. João III , ed. de 1613, pt. III, capítulo 98. “lenço naval”. Sec. XVI, AHP, I, 248. ‘nau’, Josafate, p. 8. ‘lagosta’, RL, III, 178 (etymo), D. Carolina. Nota de Sch. Zs., XXXI, 27. = aniversarios, 1467, Rev. Ach., I, 127, por 3 vezes. = navoeiro, Algarve, RL, VII, 249. Josaphat, p. 6 e passim. nẽ ũa, Josafat, 7. ‘neblina’, Trás-os-Montes, RL I, 214 (GV). [‘choque de um pião no outro (sem ser com o ferrão)’, Baião.] ‘furo com o ferrão do pião noutro’, Coura. ‘boneca’, RL, XII, 112. ‘boneca’, RL, XII, 112. [1] nega,Cornu, Romania, XI, combatido por D. Carolina, cf. Notas Vicentinas, IV, 394, n. 1. [2] “que foron negos”, “se todos foren negos”. Sec. XIII ou antes, Costumes da Guarda nas Leges, II, 3. [1] Vid. C. C. Branco, Romance de um homem rico, 3ª edição, p. 46. [2] = nagalho, Alandroal, RL, IV, 244. Em Arraez, fol. 120, negoceou. Em Couto, apud Moraes, negoceão. A flexão classica deve ser: negoceo, negoceas, negocea, negoceão. Vid. negocear. [1] ‘uma garrafa preta, cheia de vinho”, Beira Baixa. RL, II, 250. [2] ‘ecchymose que resulta da contusão’: “ter uma negra numa perna”, Beira. moinhos negreiros, ‘que só moem pão’ (mas que pão?): “duas casas de moinhos negreiros”, Ms. do sec. XVIII, Tombo do morgado da Bemposta, fl. 56r. Comprom. de Guim., 1516. = negligente, sec XVI, AHP, II, 223. ‘olmo’, Tr.-os-M., RL, I, 214 (GV). Linhagens, p. 238. -a, ‘um pouco negro’, RL, XII, 112. = nenhuma. Não nẽhua. Ms. Livro IV das doações de Stª Cruz de Coimbra, fls. 32v (B. Nac). Doc. da Era de 1332. Repetido a fls. 33. = nenhum, Esopo, 86. = nesciamente, Esopo, 86. = nescio: “neyçio”, sec. XV, Dissert. Chron., I, 354; Esopo, 86. = nescio, Grandola. ‘não já’, RL, XII, 314. “filhos ou neytos”, sec. XIII, Flores de dereyto, 23. [1] “Nevha” (= Névia), sec. XIII, Diss. Chron. IV, 69 (Geografia). [2] “Neuha” (= Névia), 1369 e 1406, AP, XII, 186 (geografia). sec. 16.º, O Lyma, 1820, p. 106. ‘não já’, Alemtejo, RL, II, 23. [1] ‘e não’ (sem ser depois de negativa), Arraiz, fl. 13v. [2] ‘absolutamente nada’: “nem tudo, nem nada”, B. Baixa, RL, II, 251. [3] “a menina... mal sabe, nem enfiar a agulha, nem cortar os fios”, Pam II, 85. [4] A nasal resulta da de nom, alem datendencia que n- tem para nasalar a vogal. Cf. sim. Muitos exs. em hesp.: Pidal, Gram. § 128-4 (2ª ed.). [5] 1) “nem ele sabe o que perdeu!” (‘não sabe de modo algum’; ‘não é capaz de saber’) 2) ‘ainda que’: “nem que me melem!”. [6] “Manda i elrey... que as azemees, nem quaeesquer outros homeens... non tragam hi barregaãs”, Ordenaç. Afonsinas apud Leges, p. 329. Elipse do 1.º nem, cf. Epifanio, Syntaxe, § 337, a. [7] nem que: “Nem que ele me convidasse eu iria” (‘nem mesmo que’; ‘ainda que ele me chamasse, eu não iria.’). [8] “guardarsehão... de lhe dar occasião de queyxar graves, nem de payxoens”, Andrada, Casamento perfeyto, 1726, p. 268. Cf. Epiphanio, Syntaxe, §. [1] sec. 13, Flores de dereyto, p. 41. [2] = lembrar, Esopo, 86. S. Graal, p. 29, 93. [1] = membro, Algarve. Esopo, 86; RL, VII, 249. [2] (pronunciam nambro) = membro: “Os nambros”, Carrazeda d’Ansiães. [3] = membro. Sec. XIV, I. Ac. IV, 590 e AHP, I, 351; sec XV, AHP I, 348; “nenbros”, Ined. Ac. I, 160. [4] = membro (de confraria), sec XIV, AHP, I, 351. sec. XV, I. Ac., IV, 579; sec. XV, AHP, I, 348. [1] O sentido de nem migalha percebe-se ainda nesta redondilha de Camões: “Tendes nemigalha assada”, ed. da Act., pag. 42 ( onde as duas palavras vem sem razão separadas). [2] ‘nada absolutamente’, Auto da Festa, p. 101. [3] Consta-me que ainda hoje se usa por Celorico da Beira esta expressão adv., no sentido de nada, etc. [4] < > hesp. nemigaja: nẽ migalha com absorpção nos Lus. (‘no mais’). Cf. tambem Romania, XXIX, 360. [5] “que lis nõ dê nemigalha de quanto lis eu mando”, sec. XIII-XIV, AP, IX, 68 [6] “que nom era nemigalha”, 1315, Diss. Chron. I, 301. [7] “de precio apres de vos nemigalia remaeceu”, sec. XIII, nas Diss. Chron. I, 278. “e do preço a mim nem migalha non ficou por dar”,sec. XIV, Dcc. do Souto, p. 24. = Nẽ na. No CB, nº 111 (137) nêna, mas outras vezes nẽ al, nẽ conhecer, nẽ deles, nẽ hũ, o que prova nena é fonetico. ‘boneca de criança’, RL, XII, 112. ‘boneca de pano para as crianças brincarem’, Alvações, Angorês, Mondim. = lembrar, sec. XIV, Linhagens, p. 186. = membro, sec. 14, Linhagens p. 186. ‘boneca’, T. M., RL, V, 98. Cf. Nena. ‘boneco’, Tr. os M., D. Carolina, Bul. Hisp., VII, 185. Cf. gall. nêcaro (de boneco). 234 resultados - mostrando 1 - 100 - seguintes |
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