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Dicionário de Regionalismos e Arcaísmos1376 resultados - mostrando 1 - 100 - seguintes para, em próclise. RL, VII, 250. [1] [e rabo. Vid. enxó.] [2] pau. Em próclise. Alandroal. RL, IV, 28 e 69. [3] ‘parte mais larga e carnuda da perna das reses’. RL, II, 83. [4] Varias accepções. a) Vid. badalo. ‘vèdor real’, sec. XV, AHP, II, 179. Sec. XIV. I. Ac., IV, 595. Nome proprio? Sec. XV, Leges, p. 714. ‘pancada’. Esopo, 87. ‘pavão’. Esopo, 87. ‘uma pessoa gorda, e bambalhona’. Fozcoa. [1] “Tenha paciencia!” em romanço: Zs. R. Ph., XXXVI, 695 ss. [2] ‘Rede de pesca’. Portugalia, II, 454; RL, XII, 113. [1] Hoje: 1) ‘paço do rei’. Nos docc. mediev. constantemente palatium, ou só, ou: “palatium domini Regis”, p. ex. 1260, Leges, p. 694; 2) ‘do bispo’: “palatium Episcopi”, ibidem; 3) Terreiro do Paço (Lx.); 4) No plural: “paços do concelho”. [2] ( ‒ de fidalgo): “paços de Lopo Fernandes, senhor de Ferreira” em Lisboa, meados do sec. XIV. Braancamp, Brasões, I, 268. Vai na E.P., II, “Paços do Sul”. Outros expls. [3] O que era um paço nos fins do sec. XIII: AHP, IV, 16: “quatro camaras, duas cozinhas, os dois alpendres, e umas córtes d’abegoaria”. Na Hist. do ME. Na EP, II, Paços do Sul. Sec. XIV. I. Ac., IV, 600. [1] Em Alcacer do Sal é o nome de um pão que pesa umas 750 a 850 grammas. Os que pesam 200 a 400 ou 1 kilog. chamão-se pão de 20, 40 ou pão de kilo’. Na N. Floresta anecdota de Vergilio e Augusto, vem citada a palavra pada. [2] ‘pão de 650 gr., que custa 60 rs. Pesando menos ou mais, chama-se simplesmente pão. “Uma pada não é pão, é pada”. (Ouvi em flagrante). – Alcacer do Sal. Caturra traz. [3] [páda: ‘pão de trigo com quatro quartos assim dispostos’. Ao pão de trigo chamam tambem mulete (?) e triguinhas em Amares.] ‘pedaço’. Açores. RL, II, 305. 1) ‘certa especie de carvalho’. 2) ‘pesado do sono’. T.M. RL, V, 99. (transit.): “toda a pessoa que padejar pão para vender”, Posturas de Obidos de 1842, p. 6. [1] AP, XXIV, 222. [2] ‘Especie de caçoila grande, de barro’. Ouvi o termo nas serras de Satão em 1896. – Do lat. patella. “40 padeses”, sec. XVI, AHP, I, 356. ‘Canella’ (termo de agricultura). RL, XII, 113. [1] ‘Nome de pão’: “duas páduas”. De *panatula. De certo não é Padoa (Italia). N. S.ª da Torre, Braga. [2] [‘Pão-trigo’. De *pannatula. Guimarães] ‘Multidão de padres, padralhada’. Junqueiro, Patria2, scena XIII, p. 113. ‘Pai’. Esopo, 87. ‘Padreca’. Alandroal. RL, IV, 244. Nome de uma arvore no C. de Arcos de Valdevez. Informação de João de Vasconcelos, de Carrapaçal. *platanariu-. ‘Planta’ (Minho): *platanariu. G. Barros, I, 343, n. 2. Inquis. de 1258: “interrogatus quare dominus rex debet esse patronus (da igreja de Reiriz) dixit quod ecclesia... est hedificata et posita in proprio regalengo regis”. Pg. 925, B. “Padroados”: cf. Conego Ferreira Pinto, Guisande ( monografia geogr.), p. 47 ss. Tenho. Cf. patrones nos dcc. med.: G. Barros, III, 876 etc. Tambem em Santander pae: Mugica, Dial. cast., I, 15. ‘Sovina’. Trancoso. RL, V, 173. Pl. pais de familias: no Soccorro evangelico aos parochos e paes de familias, por Henrique José de Castro, Lx. 1827. [1] ‘Máscara’. (Alfandega da Fé) (informação). [2] ‘Pessoa mascarada’. – Parada. RL, II, 119. [1] “dar cousas boas e pagadoiras aaquel que a teve (a pedra preciosa)”. Josafate, p. 8. No sentido de ‘devida, justa’. [2] “çem libras... pagadoiras aa parte que...” 1422, Dcc. do Souto, n.º 137, p. 154. [1] “Paga e não bufes” ou “pagar e não bufar”. [2] “Pagar em tres pagas”. “Pagar tarde mal e nunca”, frase usual, que muito ouvi em pequeno. Isto é: ‘não pagar’. Cf. “rreneguo de quem em tres pagas pagua o que deve.” CR, II, 538. [1] ‘Satisfazer-se’, etc.: “Pagou-se d’elle”, (‘gostou d’elle’), p. 10 Graal. De pax. S.Graal, 4, 10. [2]pagar-se de: “amou ho lugar e pagouse delle” = ‘gostou’. S. Paulo de Thebas, p. 9. ‘Dividas pequenas’. T.M. RL, V, 99. ‘Embarcação asiatica’: “hu) pagel grande dos Mouros”, Couto, D. Paulo, p. 20; rp. p. 21. [1] < > ‘Criado’, ainda no sec. XVIII: A. Lamas, Casa nobre de L. Leitão, p. 43. [2] Do hesp. paje ou do fr. page (este do it. paggio < gr. paidi@on: Meyer-Lübke, Wb). – A nasal foi acrescentada como em Baldige; supos-se que -age era deformação pop. por -agem: cf. romage < > romagem. Cf. mod. garagem e é agora fem. [1] Parece que em sentido depreciativo. Apol. dialog., p. 226. [2] (India): “mercadores que tinhão dous, e tres candins de pagodes douro, que são sessenta alqueires, – moeda mais pequena que tremoços secos”, Couto, Vida, p. 95. [3] “É um pagode” = ‘cada um faz o que quer; grande barulho festivo etc.’. Alusão à ‘festa’ do pagode indiano. ? Falando de um pintasilgo: “Nas azas muy paguiço”, Jer. Bahia, in Fenix Ren., I, (1746), 120. “Bom paguilhas” = ‘que paga bem’, “mau paguilhas” = ‘que paga mal’. Faro. “Pai de familias” corrente em M. Bernardes, Pão partido, I, 135, 136. O -s por causa do lat. pater familias. “pelote de pano paidilho debruado de veludo roxo”. 1525, AHP, II, 403. Será pardilho ? Cf. p. 405, onde se repete. ‘Paspalhão’. Algarve. RL, VII, 250. Sec. XVI, AHP, I, 206. Cf. Moraes. Sec. XIII, ortografado panicio na Inquis., I, 146, col. 1. Paio, de Pelagio > Paio, aldeão grosseiro e rude. D. Car., Lições Praticas, p. 45-46. (lingua comum). [1] Não pode vir de pagēnsis (l. vulg. pagese), cujo e se manteria. Deve ter vindo do fr., assim como o hisp.: cf. Meyer, I, §§ 70 e 105. [2] paiz, Epanaphoras (1676), p. 158. Paizes Baixos, p. 178. [3] Diniz, Poesias, IV, 163: “países estrangeiros”. = páteo. Arredores de Lisboa, p. ex., no lugar da Moira. Ouvi no distrito de Lisboa (Almargem, perto de Sabugo). [1] [Chamavam, por 1911, aos soldados de Paiva Couceiro.] [2] ‘Cigarro’. RL, XII, 315 (giria). [3] ‘Cigarro com pouco tabaco’. (Obidos). Calão? [1] Do conc. de Paiva. RL, XII, 113. [2] Ha uma raça de bois chamados paibótos. Parece vir de Paiva; cf. Minhôto. Sufix. -ôto. – V.ª Real. adj.: -o, -a. “Criança pàizeira”, ‘mais amiga do pae que da mãe’. Moncorvo. Vid. mãizeiro. [1] ‘Abrigo natural, formado por uma rocha’. Gerês. Portugalia, II, 463. Cf. Pala, ‘estação’. De lapa? [2] “et ferit in palam de Porto Manso” (chegar à Pala? Nome proprio?). Inquis., I, 39. [3] Vão debaixo de um penedo onde os coelhos se acolhem, e aonde os caçadores os vão caçar com redes e furões. Não cabe lá uma pessoa. Val-Telhas, Mirandela. Cf. lapa. [4] ‘Empenho’. RL, XII, 113. [1] “Até palacio”, Severim de Faria, Relações, mss. da BN, ms. n.º 241, fl. 296. [2] “Foram para palacio”. Num conto pop. [1] ‘Paio’. Alandroal. RL, IV, 245. [2] palaia ‘salpicão’. Alemtejo. RL, II, 36. [1] ‘Paio’. Algarve. RL, VII, 250. [2] ‘Chouriço de massa de pão’. T.M. RL, I, 214 (GV). [1] ‘Graminea analoga à aveia’. T.M. RL, V, 99. [2] ‘Balanco’ (herva). Alandroal. RL, IV, 244. Provas Hist. Geneal., III, 419. Cf. hesp. palenque. [1] ‘Conversa’. RL, XII, 315. [2] ‘Namôro por passatempo, conversa’. Alandroal. RL, IV, 69. ‘Palaciano’? CR, I, 79. ‘Prato grande para levar carne á mesa’. Alcoutim. (Exacto). Zs.R.Ph., XXXII, 429. [1] “por hum day qua’quela palha”, CR, II, 482, sec. XV. [2] “que dae-me cá aquella palha!...”, Chiado, p. 52 da ed. de Pimentel. ‘Do milho alvo ou milho miudo’. Palha-milhôa, como do milhão ou milho. (Zea mais). (Guimarães). “nam ha edeficios senam casas palhaças”. Esmeraldo, p. 92; 96. Parece que é adj. e não do typo de palhas-alhas. Cf. palhaça aldeia em Moraes. (É preciso estudar o suff. -aço se na origem é adj. ou subst.: bagaço (bichaço), canhamaço, chumaço, espinhaço, gallinhaço, lendeaço, e melaço). [“VIRGINIA SECCA / Palhareira de cadeiras e todos os trabalhos de arte. / Com um bilhete postal estou sempre ás ordens / dos Ex.mos freguezes / Vou buscar e entregar o trabalho pronto / LISBOA / Rua Prior Coutinho, 44, 1.º, D. (a Santa Marta)”] Parece é que mulher que deita assentos de palhinha em cadeiras e canapés. “choupanas palharescas”, na Lusit. Transf., 2.ª ed., p. 356. Não vem em Moraes. Primeiro foi palhas de alhos. “as settas, não de centeio | Mas todas de palhas de alhos.” Simeão Antunes, Rimas Sonoras, Lx., 1731, p. 168. ‘Parvo’. (Obidos). ‘Casa em que se guarda palha’ < > palheiro de outras terras. S. Romão de Seia. (1921) [1] ‘Meda de palha na eira’. Moncorvo. [2] ‘Casa para guardar palha’. Carragosa. RL, III, 74. [1] [‘Objecto d’osso que termina a correia da roca e serve de a fixar quando se enrola a estriga (rocada)’. (Baião).] [2] palhêta Vid. roca. Caturra não. Vid. colherão. ‘Casa’: “fóra dos muros da cidade (Columbo), onde fizeram casa palhiça”. Fr. Jacinto de Deos, Verjel de plantas e flores, 1690, p. 428. [1] ‘Fosforos’, RL, XII, 113. [2] ‘Palito’. Chaves. RL, III, 64. -a. Vid. tarouco. [1] [‘Restos da palha de um palheiro, depois de gasta a maior parte da boa. Já pisada e ruim’. – Cadaval.] [2] ‘Palha moida’. RL, XII, 315. [“Grupo de rapazes, vestindo os seus palios ricos, encostados a grossas escovas, nome que dão aos varapaus”]. Diario de Notic. de 21.X.907 (feira das Mercês). Parece que é termo de gíria no sentido de ‘vestuario’; não vem em Beça. [1. ‘o fabricante de palitos’, (Pena Cova), no f. paliteira. 2. ‘Objecto destinado a conter palitos: a) ou de feitio de vaso; b) ou de outro feitio, às vezes artístico, com orifícios’.] Num anuncio impresso, s.d., dos começos do sec. XIX, de Lisboa. Uma costureira anuncia: “chambres, palitós, jalecas”. No Museu. ‘fosforos’. B. Alta, e Baixa (RL, II, 248). E creio que é pàlitos (por paulitos naturalmente. Cf. Àgusta). ‘Lumes-prontos, fosforos de pau’. T.M. RL, I, 221 (G.V.) Tempo de agora, I, 83. ‘de palmo de comprido’. T.M. RL, V, 227. “Trovoada palmelôa”: ‘do lado de Palmela’. T.M. RL, V, 227. ‘Principalmente’. Alandroal. RL, IV, 69. ‘palmatoada’. Fr. João dos Santos, Ethiop. orient., II, i. De *palmatoriadas (*palmot(o)riadas, lab.ão). ‘palomas’, termo nautico (Roquete). Do catal. ou do venez. paloma talvez (metaphora de paloma ‘pomba’: Zs.R.Ph., XXX, 311.) O b apparece tambem no prov. paloumbo (mod.), no venez. palombera. ‘palomas’. Colhido pelo Caturra. ‘Cabo (de vergas nos navios)’. Du Cange palomario sec. XIV. Vid. Zs.R.Ph., XXX, 311, que cita o catal. palomera. A nossa palavra veio provavelmente do catalão palomera ou do venez. palombera (que por sua vez veio do catal., ibid.). Vid. palombas. “Agulhas de palonar”. Sec. XVI, AHP, I, 367. [‘Bruto’. RL, XII, 113.] ‘Falar alto’. Sec. XV, Rev. Arch., I. 142. Trancoso. RL, V, 173. ‘Pão’. Esopo, 87. ‘Planta semelhante á azeda’. Alandroal. RL, IV, 69. ‘Rebento na vinha’. Algarve. RL, VII, 250. = pampano, ‘gomo’. RL, XII, 113. [1] ‘Papoila’. Algarve. RL, VII, 250. A um saloio de Bellas ouvi pampôila. – Cf. outros nomes bot. que começam por pamp-. [2] pampôila= ‘Papoula’. Ouvi a varios. Mertola. [3] ‘Papoila’. Verifiquei com varios. Panoias de Ourique. Alcoutim. ‘Boia de fazer flutuar a rede de pesca, é de cortiça’. Nazaré. Cf. panda. Vid. gavéla. ‘Acção de atirar uma pedrada’. Alemtejo. RL, II, 36. 1376 resultados - mostrando 1 - 100 - seguintes |
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