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Dicionário de Regionalismos e Arcaísmos982 resultados - mostrando 1 - 100 - seguintes [1] ‘sua’. S. XIII, AHP, IV, 39. Sec. XIV I.Ac., IV, 602. AHP, I, 352. No mesmo doc. ha sua rep. (sec. XIV). E sa p. 351; alterna com sua no mesmo doc., sec. XIV, AHP, I, 353. [2] ‘sua’. Fins do sec. XIV: “a onra... de Deus e Santa Maria sa madre e da sa ordem”. Inscr. do castelo do Alandroal, era de 1436. = sim (proclise). RL, VII, 255. ‘verme creado na carne de porco’. Valpaços. RL, II, 258. ‘sanar, sarar’. Josafate p. 8. Falta til? [sabajora, ‘cousas de endemoninhada’. Melgaço. RL, VIII, 60] ‘sabio’. Esopo, 93. [1] a sabendas. ‘de proposito, etc.’. Flores de Dereyto, p. 18. Sec. XIII. [2] “qui dano fezer a sabendas, peyte 3 morabitinos”. Leges, p. 851 (Costumes de Castelo Rodrigo). Sec. XIII. Frase que se usa muito neste texto. [3] “maljcjosamente e a sabendas”. 1400, nº 69 dos Dcc. do Souto, p. 70 (com interrogação do editor). “eles são mais sabentes nas coisas”: ‘entendidos’. Ouvi a um homem de idade da Outra Banda (do Tejo) c. 1933. [1] “não sabem mais que hũa ran gyrina”. Arraiz fl. 29v. Explica o proverbio: “Muito sabe o Diabo porque é velho”. [2] Como vb. fraseologico, Zs. XXXV, 273n. [3] Por a saber, em uma enumeração: “alguuns d’eles traziam tres d’aqueles bicos, saber: huum” etc.1500. Fabordão de J. Ribeiro, 246. Rp. [4] Leo Spitzer, Ltbl 1914, col. 79, citando bem eu sei! etc. pergunta o que é: significa = ‘já se sabe’ (‘sou eu’ etc.). [5] ‘conhecer’ (com subst. concreto por compl.). Esmeraldo p. 166. Sermões de Vieira, III (1683), p. 119 col. 1ª.; 120, col. 1ª., rp.; 121, col. 2ª. ‘feiticeiro’. RL, XII, 122. ‘homem de pouco asseio’. RL, XII, 122. “4738 panos sabonas”, sec. XVI, AHP, II, 35, a respeito de Moçambique. ‘relogio de bolso, de certa fórma’: “Tenho 4,5 no meu sabonete”. Camillo, O Santo da Montanha, cap. III. ‘descompostura’. RL, XII, 122. ‘gosto’. Esopo, 93. Tr. os M. RL, I, 217 (G.V.). ‘saboroso’. Esopo, 93. “mui saborosamente”: ‘com muito contentamento’. Esopo, 93. ‘grande calor abafado’. T. M.. RL, V, 104. = saibro. O Paço de Cintra, p. 230, 1507. ‘chifre’. RL, XII, 122. [1] ‘cão’ (Moraes). “Ainda que teu sabujo é manso, não o mordas no beiço”. D. Carolina, Mil proverbios, nº 602. [2] Cf. Studi di fil. rom. VI, 566. [3] Do celtico (canis) segusius. Cf. hesp. subueso, it. segugio, fr. arc. sëus, etc. Vid. Thurneysen, Keltoromanisches 1884, p. 22. ‘tamancos velhos’. RL, XII, 122. ‘pevidoso’. T. M. RL, V, 104. ‘homem que falla pouco, taciturno’. Fozcoa. Relacionado com o gr. byzant. σάκα : Zs. 34, 663. ‘homem que falla muito’. RL, XII, 122. Sec. XVI, cita-se num doc. ao pé de eixada. Vid. O Paço de Cintra, p. 223. ‘sacho pequeno’. RL, XII, 122. ‘amuleto infantil que consta de um coração, uma imagem, etc.’. Alemt. RL, II, 37. Rua do Saco em Mondim: rua sem saída; cfr. al. Sackgasse = Sack-gasse, it. via cieca. O mesmo que saçamello. T. M. RL, V, 104. Sec. XIV. I. Ac., IV, 598. ‘Côto’. Algarve. RL, VII, 255. = Sacrificar. Algarve. RL, VII, 255. = sacrificio. Algarve. RL, VII, 255. ‘typo pouco serio’. T. M. RL, V, 104. ‘juramento’. Linhagens, p. 278. = secretario, sec. XV, Duarte Galvão, p. 56. Do fr. sacripant, para onde passou de Sacripante, heroe do Orlando Furioso de Ariosto e do Orlando Innamorato de Bojardo. É tambem appellido italiano. De sacristão, como gorgulho, estranja. ‘sova’, Tr. os M., RL, I, 217 (GV). Do ar. ṣafaḥ; Zs. XXXV, 458. ‘terreno pedregoso’. Nisa. ? T.M., RL, V, 105. [fem., certo animal, creio que insecto (dizem que se assemelha ao gafanhoto). Traz-os-Montes] Vid. çáfio. saphyro: “as verdes esmeraldas, os azuis saphyros, as brancas perolas”, Arraiz, 53v. ‘açafrão’, Algarve. De flor de açafrão, ou açafrão flor. [‘largas tiras de pelles de cabras ou ovelhas, com que se envolvem as pernas para resguardo do matto’. Beira Baixa. RL, II, 252] ‘animal ou pessoa reles’. T.M., RL, V, 105. “com seus safurros palmos se media”. Na Fen. Ren. V (1746), 28. O que é? Está bem? ‘vesgo de um olho’. RL, XII, 122. “ir-lhe nas sagas”: ‘ir-lhe na piugada’ (Arc. de Evora). Ouvi a um filho de uma pessoa de idade. Cf. hesp. zaga ‘retaguarda’. Deve ser com ç ? [1] Pl. sages, sec. XIII. Costumes. Leges II, 36. [2] “onrrados barões e sages alcayde e aluazijs”. sec. XIV, AHP, III, 9. [3] “honrrados barões e sages, F.F.”, sec. XIV, Diss. Chron., V, 267, 2ª ed. [4] “sages Mééstre Antonio”, 1326 in RL, XXI, 266. [5] “Catam o sages”: ‘sabio’, Linhagens, p. 246. “Seneca... que era muy sages homem”, p. 24. [6] “sages barom”, s. XIV. G. Pereira, Perg. Univ., p. 117. “entrando hum dia na sagena dos christãos”, séc. 16. Cruz, Chron. de D. Sebastião, p. 304. saiesmente, sec. 13. Flores de Dereyto, p. 18. Vid. segotar. Vid. segotar. ‘secular’: “e mudou sua vistidura e vistiosse em panos sagraaes” Josafat, p. 8. = segral ‘secular’ no Leal Conselheiro: cf. D. Carolina, Estudos sobre o romanceiro, p. 302, n. 4. [= segrêdo (Aregos, etc.). Infl. de sagrado.] “o sagro do barco”: ‘o fundo do barco’. Por metaphora: “construir uma casa desde o sagro”: ‘desde os alicerces’. Baião. Do fr. sagouin, no sec. XVI sagoin: Sainéau, Le Chat, p. 89. Deve ter vindo do fr. saie, como muitos trajes (palavra da civiliz.) e não do latim sagem, contra Nunes p. 99. Não só verdugo, mas tambem vestuario: vid. Moraes. s.v. saio. ‘cantigas que acompanhão a dança’. Avis. RL, IV, 232. [1] [‘sabor mau’. Obidos.] [2] ‘sabio’ pop. na Revue d’Ethnologie, p. 207. Saybo na RL, VIII, 253 (sec. XIV). [3] ‘sabio’: “nom saibos”, Ined. Alc. I, 156. Cf. Rev. de Ethnol. e de Glott., 207. [‘surriba profunda’. J. Moreira, Estudos, I, 188] Subst. verbal de saibrar: uma recente saibra”, Portugalia, II, 254. Amarante. Vid. saibrar. “é na região synonimo de cavar” Amarante: Portugalia, II, 254. ‘sabor’: “milho com saibro” adquirido no espigueiro. Será sáibo. ‘arvore que abunda nas ribeiras do Algarve’ Monchique, Silves. Vai para o Eluc. Vid. entrada. [1] [‘sabor, sáibo, gôsto’: “o sàinête da laranja”. Beira Alta. [2] Cart. XXIX, 19. ‘salina’, sec. XIV: G. Barros III, 592 nota. Nas Ementas Gram., nº 38. ‘especie de pero ou maçã’. Algarve. RL, VII, 255. ‘acabar’ (creio). “Ata nas feyras saidas”, nas Flores de dereyto p. 26. Cfr. “antoparo saido” no CV. “terras sàirinhas”: ‘areentas’. Moncorvo. Para verificar. De saibro? ‘saudavel’. Trancoso. RL, V, 173. arc. ‘saliva’. CV, nº 1017. Em Baião seiba. ‘sarjador’, Regimento dos oficios de 1572 da Camara Municipal de Lisboa, fls. 247. ‘sarjar’. Vid. Sarjador. CR. II, 71. salla, Leal Cons. 390. Alterna ahi com camara. ‘quebradiço’. T.M. RL, V, 105. Vid. com ç-. ‘salamandra’. Maçores. Moncorvo. Mexilhoeira Grande. Em Freixo de Espada á Cinta: salamanca e salamanquesa. Etim. pop.: Salamanca, que é muito conhecida em T.M. ‘salamandra’. RL, XII, 315. Penedono. sargamanta e saramela: Paços de Ferreira. ‘salamandra’. Freixo d’Esp. á Cinta. ‘salamandra’. Baião. Sem -g-. ‘salamandra’. Com accento no -i-. Alandroal. RL, IV, 74. ou salamantiga? ‘salamandra’. RL, XII, 122. ‘salamandra’. Algarve. RL, VII, 255. sino-salamonde e sino-salamõu. Assim se diz em Coura. Etym. pop. de Salamonde, cujo abbade era muito conhecido, por ser autor de uma cartilha de doutrina christã (creio). ‘o que fala pouco’. T. M. RL, V, 105. ‘sinapismo’. Algarve. RL, VII, 255. Cf. Romania, XXXVII, 460n. pedra-saleira: calcite fibrosa, que se parte, como pedras de sal, d’onde a metafora. Pragança (Cadaval), onde abunda. 982 resultados - mostrando 1 - 100 - seguintes |
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