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Dicionário de Regionalismos e Arcaísmos56 resultados ‘onde’, CR, I, 3 (“hu cuydado bem pousa”). Esopo, 97. (ficar à ‒ ): ‘ficar sem nada, a chuchar no dedo’. T. M. RL, V, 108. = vergonha. Cod. 244, 75r. ‘igual’. Avis. RL, IV, 233 e XII, 316. Porto de Mós: ugais. ‘igualha’. RL, XII, 316. ‘unir’. Alg. RL, VI, 258. interj. de fazer parar os bois. RL, XII, 129. nome do bufo na B. Alta e Alentejo: P. Leal, s. v. Valdujo. “à ula” à pressa. Alg. RL, VII, 258. B. Z. Fonseca, Ulisbonense, autor de Acto de Santa Genoveva, 1789. Catálogo de Manuel dos Santos, grande, nº 2061. Portugal illustrado pelo sexo feminino por Diogo Manoel Ayres de Azevedo Ulixbonense, t. I, Lx. 1734. adullo, sec. XVII. No Fid. aprendiz, p. 52: “adullos mariolas?” (= a+d’ullos; como a +d’onde). Vai na Ling. de Melgaço, 2º [1] ‘onde’? Chaves. RL, III, 64. [2] “que é d’ulo?”. Bragança. RL, III, 68. [3] “Hulo trigo que aqui está?” A. da Festa p. 126. Parece que não tem a signif. de ‘onde o’. Vid. Moraes tambem. – Pidal, Leonés p. 62, cita o asturiano: ula casa?, ula?, ulas? Há outros exs. em G. Vicente, vid. vocab. de M. dos Remedios. [4] Sá, p. 159. Moraes, s. v. [5] “qu’é d’ulo?”. Lombada (Bragança). [1] Hoje dizemos: “fallei com certo F.” ou “com um tal F:”. Antigamente só um: “huũ Manuel de Mello”, s. 16, AHP, III, 187. [2] depreciativo. Vid. um ex. em Moraes, s.v. fulano, onde cita Miguel Leitão d’Andrade: um fulano. [3] “uns dois dias”: cf. aliquo biduo na Peregrinatio Altheriae, p. 11. [4] “isso e o que eu digo é tudo um” (o mesmo). Moreira, Estudos I, 43. [1] ‘ladeira mais sombria… onde o mato cresce com enorme vigor’. A Trad. II, 22. A opposta é a soalheira. Serpa. Etym. umbra. [2] ‘a parte opposta à soalheira, voltada ao N., é umbria’. Mertola. Vid. soalheira. [3] “Ó Maria Corropia, | Péga na roca e fia, | Volta as cabras para a umbria | E guarda a merenda para o outro dia”. Alcoutim. ‘onda’. Açores. RL, II, 305. = ungir. Nobilias. p. 232: ungeo. [1] Diz-se de um espertalhão: “Este cahiu do Ceu por não ter unhas (para se agarrar)”. Lix. “Quem não tem unhas não toca guitarra” = quem não tem capacidade para uma empresa não se mette nela. Lix. [2] “à unha”: vid. calcadoiro. [3] ‘tubo, objecto de lata que se enfia no pollegar para cortar o pé ao cacho’. No ME. Guimarães. [4] o mesmo que unheiro. Baião. [5] ung’la. Cf. senhos. Sanhoane. “porão cada bacelo com seu unhamento velho”. Agricultor Instruido, p. 60. ‘homem avarento’. RL, XII, 129 ‘doença dos olhos (?)’. RL, XII, 129. Cf. EE, III, 202, n. [1] “untar as mãos a alguem”: cf. Langlois, La vie en France, p. 120. [2] “untar as mãos a alguem” = dar-lhe dinheiro para a subornar. Esta loc. foi estudada nas Modern Lang. notes XXIII, 36 ss. ( oindre la paume etc.; cf. hesp. untar el carro). Conclue: oindre la paume é ampliação da ideia de untar as rodas (para andarem). [1] em Moraes, sem doc. ‘embarcação’: “o almirante e mestres das urcas”, “a jemte das ditas urcas” 1524, Rev. de Hist. I, 247. “ Illobrant de Emchuisa, allmirante de oytenta e seys urcas, o qual diserão ser de Olanda”, ib. [2] ‘mulher gorda’. T. M. RL, V, 108. ‘urze branca’ (Serpa). A Trad, II, 23. ‘bebedeira’. Numa noticia do Porto no DN. Giria? ‘dobadeira em ponto muito grande, para fazer a teia’. Canidelo (V. do Conde) ‘caixa com doze compartimentos para os novelos, na casa do tear’. Canidelo, V. do Conde. ‘planta’. Ouvi. Creio que em Baião. Não em C. F. De ulere: *ulica. Cf. urgueira. ‘nome de pyrilampo’. Ouvi a um. Baião. Vid. urjeira. Differe de urje na folha (Saloios). Isto é urjêra. A urje tem a folha mais larga que a urjêra. = olmeiros. Sec. XVII. AHP, I, 121. [1] Vid. urmo. [2] = olmeiro. Extr.ª RL, V, 147. ‘fórma pop. de ulmo ou olmo’. Cadaval. urmêro = olmeiro. ‘o rei’. “o urrei” pela repet. do art. Açores. RL, III, 81. ‘urso’. RL, XII, 129. = hervilha. Fozcoa. = hervilhal; ‘terra plantada de urvilhas’. Fozcoa. ‘planta que dá a urvilha (hervilha), herva das ervilhas’. Fozcoa. ‘urze’. Parada. RL, II, 120. Barroso. ‘terreno semeado d’urzella’. É designação topografica. Açores. RL, V, 224. [1] “usar de cortês” (Amphytriões v. 88); usar com vosco de fero” (ib. v. 153). [2] ‘Teimar’. Esopo, 97. ‘orçar’. T. M.. RL, V, 108. De osmar < esmar. adj. ‘useira’: “mulher usmeira e vezeira”. T. M.. RL, V, 108. De useira com infl. de usmar (= osmar)? [1] “uso e costume” ver Leges II, 21. [2] ‘uso, costume, usança’: Herc. HP IV, 425, emprega as 3 como sinonimas. [3] “uso e costume”. Sá, p. 179. “Quem quer ustre, que lhe custe!” Ouvi em flagr., Alcobaça. Que quer dizer? Adagio. = usurario. Ined. Alc. I, 163. [1] “ainda havia ursos em tempo de D. João I”; AP, XIV, 68. [2] = urso. Bern., O Lyma 1820, p. 67. Arraiz, fl. 55 v., col. 2 in fine. [3] “um tiro usso de metal” sec. XVI, AHP, I, 368. ‘agoentar’. “há-de usti-la!” = ha-de agoentá-la. Flagr. Baião. Tambem na Beira. ? sec. XIII. Leges, II, 44. [1] ‘Nome de várias especies’: RL, V. 174. [2] “cacho de uvas” “dá cá uma uva”. Carragosa. RL, III, 74. ‘uivar’. RL, XII, 129. Alandroal. RL, IV, 76. Fozcoa. Flex. uva 3º sing. pres.; úvão 3ª pl. pres.; uve conj. [1] ‘feito de oliveira, cerdeira, carvalho, salgueiro, choupo, lodoeiro, freixeiro’. Minho. Vid. uveirar. [2] “por sima do rio Lima duas fileiras de uveiras, que darão hũa pipa de vinho em cada hum anno” ms. de 1752 da Casa da Breia. [3] em 1220 já de uvariis nas Inquir. I, 11, col. 2ª. “uveirar a arvore”: cortar-lhe ramos inteiros e prepará-la para ser uveira. O pinheiro não se uveira, porque não deita rebentos, se cortarem os ramos. Minho. ‘uivar’. RL, XII, 129 e 316. Obidos. A uma pessoa de idade ouvi: uz por urze (no Cadaval ao Camilo P. Soares). Geral? – Ouvi em 1894. Em galego ha uz. 56 resultados |
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