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Dicionário de Regionalismos e Arcaísmos352 resultados - mostrando 1 - 100 - seguintes = vã. Esopo, 97. Cf. Romania XXIX, 358 Femenino de vacúm. Ou falta til? Alandroal. RL, IV, 76. Falando de uma mulher, dizia outra: “é muito vàdiana”, no sentido plus minus e sob influencia de leviana, por ‘vadia’. Não sei d’onde era a mulher. RL, III, 189 (etymo). “Vade retro!” Açores. RL, V, 224. “Mandar à vaga”: termo maritimo que significa ‘governar uma embarcação’. Açores. RL, II, 55. [1] Et. pop. de vagabundo. Dá-se o mesmo facto em Piacenza: vid. Zs. de Gröber, XIV, p. 152, not. 2 vågamõnd. [2] lei de 1563 BN, res. 90/azul, fls. 78. ‘vaga, vagatura’: “na vagante dos providos”. Sec. XVII. AHP, I, 116. Syn.: beijina, vasinha, bajinha. Mondim. ‘cavidade’. Mangualde. ‘Os de Vagos que andam ao peixe na costa’. [1] 4 syllabas: “Que do meio de tantas vaïdades”. Fr. Agostinho p. 22. [2] ‘frivolidade’: “erão tambẽ muito affeiçoados ao estudo da Astronomia, e às vaidades dos Gregos”. Arraiz, fls. 61, col. 2. “Valadeiro de sal”, O Alemtejo, p. 73. [‘Muro de terra que circunda uma propriedade’: “levantar um valado; quinta valada”. Carregal do Sal.] D. Carolina, Estudos p. 109. [1] f.. Da Balle (Baptista) lugar no Minho = da vale. [2] f., cf. Valejas, n. geogr. ou de vala? Vai para a Romania. [3] f. no onomastico: Valle Pequena, sec. XII, J. P. Ribeiro, Diss. I, 244. Vall-Boa de Doyro, Linhagens p. 265. Vai para a Romania. < > valedoira. Sec. XV, AHP, I, 419 (valledeira). < > valedoiro, s. XV. AHP, II, 264. Troca de suff. [1] ‘galgueira para plantar bacellos’. RL, XII, 130 [2] (b-), ‘excavação funda e estreita para plantarem vides, semearem meloal, etc.’. Baião. [‘vale estreito por onde corre um rio’]. Lousã. ‘grande’: “uma pedra valente”. Avis. RL, IV, 233. “Valeu!” L. Spitzer. Ltbl. col. 79, 1914. ‘valedoura’: “doaçam deste dia pera todo sempre antre os vivos valliadoura” (cf. valia). Doc. off. 1500, AHP, I, 28. Presuppõe *valiar, ou é parasyntactica. ‘sulco em volta d’um terreno para o guardar e defender dos animaes’. Obidos. Posturas Municipaes de 1842. pg. 2 artº. __ Vai na EP, III, Divisões, Estremadura, Valados. = val’-me? Corte n’aldeia, 175. = volume. Cfr. sabola. Lisboa. O mesmo que belverde e belveder? Et. pop. Vid. ir. Arch. ventagem. Hisp. ventaja = fr. [a]vantage: a explic. de Meyer, I, § 23 precisa de ser discutida. [1] “Meter-nos | … em camiza de onze varas’. Garção, p. 209. [2] “Casaco de varas”. Póvoa, fig. a p. 520. Portugalia II, 518. [3] ‘rebanho de porcos que estão engordando para matança’. Alandroal. RL, IV, 76. “fiquei varado!” = ‘fiquei espantado, confuso, admirado’. Beira. ‘encosto ou corrimão da pinguela’. Grandola. [1] Castanheda, Hist. da Ind., V, 59. [2] Sec. XV – XVI. CR, II, 440. [3] Vid. alpendre. ‘certa construção nas eiras para ter as espigas do milho guardadas onde pode dar o sol’. Guimarães. (Descrever melhor e fotografar). “são eirados formados de enormes penedias planas e sobrepostas umas às outras”. Serra da Estrella. Navarro, 4 dias, p. 107. ‘varanda extensa’. Minho. (‒ do lagar). ‘o pau que vem das rodas, horizontalmente, e ao qual o boi puxa’. T. M.. RL, V, 108. ‘pancada pelo desandar da varanga’, etc. T. M. RL, V, 108. Parece que significa originariamente ‘pau feito de uma vara’, e tem aspecto de construção germanica. Cf. hesp. varapulo. [1] ‘vara flexivel’. B. Baixa. RL, II, 252. [2] “ser um ‒” é ser um moço forte e feliz. Açores. RL, II, 55. [1] ‘sardinha’ (d’Ovar): “quem quer vareira?”, pregão da sardinha no B. Minho. Informação. [2] 1) ‘vara que serve para formar as ramadas’. Um pinheiro racha-se em todo o comprimento: cada uma das metades é uma vareira. Baião. 2) Tambem se chama assim a uma carvalha nova: vareirinha nova. Baião. [1] ‘castanheiro muito novo’. Baião. [2] vareiro, -a ‘homem e mulher de Ovar’(ouvi a gente de lá). E com B-. *Ovareiro, Vareiro e vareiro (sardinheiro). *Ovarino, varino, varina. Ovarense [3] ‘fueiro’. T. M.. RL, V, 108. Vid. apanhadeira. [1] varella ‘vara delgada e comprida’. RL, XII, 130. [2] Vid. varunca. ‘vareiro, o que guarda a vara de porcos’. Alandroal. RL, IV, 76. Vid. Barbas: ‘foi o vargas’. [1] = varzeas. Sec. XVII. AHP, I, 121. [2] “os playnos e vargeas”. Agricultor Instruido p. 59. “Varina pescadera, peixera”. (Maltesa). E com B -. Ouvi em Aveiro. “Fulano é um varinha!” = ‘é esperto’. Ninguem faz pouco d’ele ou o pisa: é um varinha! Mexilhoeira Grande. ‘terreno numa baixa, à beira de rio, para cevada, milho, trigo, à beira-rio, melão’, etc. Expressão que ouvi várias vezes. Odemira. ‘o homem que vareja a azeitona’. Alemt. RL, II, 23 ‘vara de varejar’. Alemt. RL, II, 23 Vid. trísia. ‘rede de pesca’. Portugalia II, 458. Vid. barriscar. [1] Num doc. de 924 (apografo autentico do sec. XIII) várias vezes varzena, vid. D. et Ch., p. 18. [2] várzena ‘varzea’, à beira de rio: “ipsam uarzenam cum suo molino” nos D. et Ch. nº 894, sec. XI. [3] Tem significação precisa na India, mas qual? “inteiro predio… que se compõe de palmar, varzeas, vallado e annexo”; “as varzeas Tipdhém Casana… Implichém casana…” N’O Heraldo nº 2039. Vid. pantana. ‘vasilha’. Doc. hist. cid. Evora, I, 143 Vid. vasaleira. ‘caco’. Avis. RL, IV, 233. [1] ‘molho de silvas’. RL, XII, 316 [2] ‘vassoura mal feita de varrer o forno’. RL, XII, 130 ‘quem come muito’. Alg. RL, VII, 258 ‘carro de trabalho (não serve para conducção de gente)’. Grandola. Vid. rebolver-se. ‘vagem’: vasinha do feijão, da garrôba, do favaco, da parda. Fozcoa. [1] Monarch. Lusit., III, 283; V, 31v. [2] plus minus em sentido feudal: “Et homines qui morauerint in Alter debent esse fideles et boni vasalli semper Domino Electo egitaniensi et successoribus suis”, Leges p. 624. Sec. XIII: Bispo eleito, depois Bispo efectivo. [3] ‘titulo que predomina entre os ministros de despacho e expediente do rei’, sec. XIV. G. Barros, I, 591. [1] De versoria > *vessoira > vassoira. O a- nasceu de infl. do de varrer, e não de infl. do r latino. Não houve pois *varsoira; cf. vessada (e não va-), pessoa (e não pa-), etc. Em varrer < verrĕre é que houve infl. de rr. [2] “Vassoura é uma planta dos mattos e pinhaes, de que se fazem vassouras”. Sangalhos, Anadia. Joaquim da Silveira. ‘vassoira grande, feita de ramos de pinheiro, trovisco, etc. para varrer o forno’. Enfia-se num pau, chamado barriscadoiro (= varr-isc-ad-oiro), porque o vassoiro serve para barriscar (= varr-isc-ar) o forno, i. é, para meixer o brasume ou conjunto de brasas. Baião. Composta de duas partes: rama e cabo. O nome rama vem de ser a vassoura originariamente uma giesta, etc. (as que se usam são mudadas). ‘certa vasilha’. Esopo, 97. ‘gado que não dá leite’ B. Baixa. RL, II, 252 ‘flancos, a parte logo acima dos ossos iliacos’. T. M. RL, V, 108. “vê’lo la vém”: ‘ei-lo lá vem’. Almeida. Flagrante, verifiquei. [1] “hum pichel d’agoa da vea da rribeira de Barosa” 1531-1532. Ineditos, V, 596. [2] ‘vela de navio’ sec. XIV, Vida de S. Nicolau, ed. de Azevedo: cf. Bolet. da 2ª cl., IV, 158. Vid. pulso. [1] Sua existencia em Portugal: index do Elucidario (é cervo). Vid. cervo nestes vbts. [2] Com a significação geral de ‘caça de monte’, sec. XIII, G. Barros, II, 152, n. 5. Cito na Etn., II, Fauna. [3] Fallam dele os docs.: “por receber muito dano dos porcos monteses e veados”. Sec. XVI. AHP, I, 379. Cito na Etn. Cf. Pragança. [1] “veador de sua fazenda”, s. XVI, AHP, II, 180, 223. [2] escrito veeadores, 1500, Rev. de Hist. II, 177. = vessa? (de vessar) ou hesp. veza? Minho, s. XV, G. Pereira Perg. Univ. p. 73 e 74. Pelo sentido parece ser de vessar: “veça, sega, malhadella” (p. 74). ‘presente que se leva à mulher parida’. RL, XII, 130. (com b): ‘mulher que talha doenças’. Baião. Fem. de vèdor. “vedello duro inglês”, Lusiad. VII, 4-5. Cf. Diez Gr. II, 432. Notas de Buchanan na ed. de El esclavo del Demonio de Amescua, que tenho; pag. 141. “ás vêdes”: ‘ás vezes’. Carrazeda. Ouvi. Rp. – tres vêdes, ‘tres vezes’. Vid. vidonho. ‘cepa’. Alg. RL, VII, 258. ‘devedores’. Trancoso. RL, V, 173. Ainda com sentido comum: “dam de una vina vedra de So Carreira”. Inquir. de Af. III, p. 394. [1] Conservado no onomastico. Presuppõe: *veterus, -a, -um. Cf. hesp. Murviẻdro, prov. Casteu-Veire; cf. Thomas, Romania XXXIII, 223. Faço artigo para o Povo de Leiria. [2] de vedro: “ipsa ecclesia fui facta de vetero”. sec. XIII, Pe. Alves, Bragança, III, 314. Cf. de novo = agora. [3] “avy y uno casal de vedro”, sec. XIII, Inquir. I, 296, 320, etc. = desde tempo antigo. Cf. Elucidario. [4] “ouvyrom dizer a homees vedros que…” Comêço do s. XIV, CC, I, 156: “ouvyrom dizer a mujtos homees boos vedros que…” p. 169, a par de velhas p. 178 (1316). [5]Em 1284 em um texto do Minho é da lingoa corrente saya uedra no Dcc. do Souto nº 87, p. 87. [1] “que a elo foi veedor”, 142, Dcc. de Souto, p. 137, p. 154, l. 8. Outro ex. de 1475, nº 143, p. 165. F. e F. “clerigos e veedores dados a ello”, nº 147, de 1486, rp.. Em sentido juridico. [2] = veador. Honras Christans por Vicente da Costa Mattos, Lx. 1625: “debaixo da protecçam do … marquez de Castel Rodrigo… gentilhomem da Camara de S. M., & veedor de sua fazẽda”, no rosto. [3] sec. XIV. I. Ac., IV, 603. ‘ver’. Esopo, 98. Sec. XIV, Leges, p. 704. [1] = aveia. “Um campo de veia”. Olho Marinho. [2] = via (urethera). Alijó. [1] (leitões de ‒ ) ‘bacoros’. RL, XII, 130 [2] termo muito usado pelo N. de Tr. os Mt.: Chaves, V. P. d’Aguiar. Cf. Veiga de Chaves; veiga de Charnescas (em V. Pouca). [1] ‘ferro embutido na extremidade do lobête’. RL, XII, 130. [2] ‘elemento da mó’. Vid. bucha e mó. = vária? “unam uaccam colar ueira” D. et Ch. n. 173, sec. X. “de côr variada??” ou colar é “quanto ao colo?” [1] Cf. o foral leonês de Castelo-Bom: “homo que estudiere ó en vela ó en atalaia…” Leges p. 757. [2] distincto de candeia em M. Bernardes, Pão, p. 198, t. I. ‘recinto grande, fechado por parede baixa, de pedra solta’ (para o gado descansar da calma?). Dist. de Évora. É synonimo de tapada. De vallada. ‘rosario de bolotas d’azinho que se conserva pelo tempo adiante para se comerem, por estarem já veladas’. Tavira. Cf. avèladas. Beira. = vallado. Algarve. RL, IV, 337. [1] ‘o que vigia’?: “et debet facere forum velatoris et debet esse velator”. Nas Inquir. de 1258, p. 649. Velator de avolengas (de seus avós) p. 648 na 1ª linha da col. 2ª. [2] ‘nome dum pau movediço pregado numa hombreira das chaminés com móssas para nelas se dependurarem uma, duas ou mais candeias’. Campo Maior. (Informação) (velleidade). Do lat. escolastico velleitas (de velle): Dict. Génér. – Isto é: do fr. velléité. “É a legoa da velha!” = legoa muito comprida. Lagos, etc. Cf. legoa da Póvoa no Norte. Em Tr. os Mt. creio que tenho notado “legoa de pero” (mirand.) 352 resultados - mostrando 1 - 100 - seguintes |
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