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Maarten Janssen, 2014-

Sentence view

[1824]. Rascunho de carta de Cândido de Almeida Sandoval, publicista, para o Rei Dom João VI.

Author(s) Cândido de Almeida Sandoval      
Addressee(s) Dom João VI      
In English

Draft of a petition made by Cândido de Almeida Sandoval, a publicist, to King Dom João VI.

The author asks the King to extend to his case and to those in the same circumstances the general pardon he gave to the Oporto political prisoners.

The General Superintendant of the Portuguese Police was alerted by an anonymous tip that in the jail of Limoeiro, in Lisbon, several prisoners were preparing a conspiracy against the absolutist government, which included the assassination of some of its ministers. The case was investigated and the resulting proceedings are very confusing, full of mutual denunciations and accusations, typical of the political uncertainty that characterized the fall of the 'Vintismo' (the liberal period) in 1823 and the approval of the Constitutional Chart in 1826. One of the suspects was Cândido de Almeida Sandoval, a publicist that was both the target and the source of several accusations.

If there is no translation for the letter itself, you may copy the text (while using the view 'Standardization') and paste it to an automatic translator of your choice.

Text: -


[1]
Senhor
[2]
O Amor q todos os Portuguezes consagrão a Pessoa Augusta de Va Mde sendo igual ao convencimto q tem esta heroica e leal Nação, das benignas intenções de Va Mde n'este momento os fiéis Vassalos de Va Mde com indizivel jubilo veem em publico documto que prova de novamte a incomparavel Magnanimidade con q o Paternal coração de Va Mde se compraz a perdoar aquella porção d' infelises q presos por opiniões politicas, gémem em ferros ha prolongados tempos.
[3]
É de crer, Senhor, que esta ordem salutar demanada do Tróno, tendente a pôr em termo as tantas angustias que soffrem inumeraveis familias desgraçadas, não fosse privativa pa a cidade do Porto, mas sim uma medida de bem geral que não comprihenda aquellas pessoas designadas no mencionado Decreto de 5 de Junho proximo passado, mas que se estenda a todos os presos por opiniões politicas, cujo tempo de prisão exceda a um mez, segundo se acha expressamte mencionado no texto do adjunto Avizo de Va Mde
[4]
Portanto Senhor, havendo eu feito constamtemte pattente alevosia de meu pérfido denunciante, suas calumniosas accusações visto não haver elle produzido nem uma testemunha ou outra qualquer próva legal; recordando os publicos serviços que hei rendido, qdo necessarios forão, á causa da Patria e da Realeza, intimamte unidas, emfim a grande distancia que medeia entre um Réo ja sentenciado por seus crimes e um homem accusado mas não culpado nem sentenciado, pois tal é o cazo em que me acho: Pesso a Va Mde Senhor se digne lançar suas Regias e piedósas vistas, sobre tantos e tão continuados enfortunios que pezão sobre uma desventuróza familia percipitada nos abismos das desgraças, pela malevolencia de um falsario accusador; fazendo , cessar tantos males e tormentos que nos humelião e afligem; pois Va Mde como Rei, Senhor e Pai de seus povos, póde ter a satisfação, de consolar ao inocente e tornar o desgraçado felis, e render a liberdade a um preso; graça q peço a Va Mde supplicando me seja concedido gozar do Regio Indulto, que Va Mde por sua alta clemencia, foi servido mandar publicar
[5]
E R M

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