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Maarten Janssen, 2014-

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1820. Cópia de carta de Inácio José Brilhante, marchante, para seu irmão João Brilhante, marchante.

Author(s) Inácio José Brilhante      
Addressee(s) João Brilhante      
In English

Family letter from Inácio José Brilhante, a marchant, to his brother João Brilhante, also a marchant.

The author explains to his brother how he has been dealing with the buying and selling of bovines. He also instructs him on how to proceed later on.

Inácio José Brilhante accused his younger brothers João Brilhante and Francisco Brilhante of stealing, in the night of April 14 1823, 41 head of cattle, 256 bovine skins, 191 sheep skins and 1,280 pounds («40 arrobas») of wool. The accused argued that the cattle was theirs and that Inácio José had only managing functions. He argued back, saying that he was the curator of the younger siblings. The letters that we find in the court's proceedings were used as proof both by the accusation and the defense. The accusation said that they were written at the time when all three were still friends, so they proved nothing. The defense found in them the proof that Inácio Brilhante was only a manager.

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Page 334r > 334v

[1]

João, Santarem doze de Dezembro de mil oitocen

[2]
tos e vinte, Recebi a tua de sinco do corrente, e por ella
[3]
vejo que passas bem o que estimo e vendo o teu contheu
[4]
do sou a dizerte que os dez Bois que agora me re
[5]
metes esccozavas e por isso to tinha mandado di
[6]
zer mas como vem se gastarão, e agora me
[7]
deves mandar mais a primeira semana de Ja
[8]
neiro que he quando percizarei de Bois porque
[9]
eu fui a Santo André e comprei dezaseis e destes
[10]
ainda tenho dois e dos que tu me remeteste
[11]
tem morrido dois por serem muito mimozos que
[12]
estranhavão muito, á vista disto tenho gado
[13]
para este mez e deves mandar para prince
[14]
piar a morrer a primeira semana do que vem
[15]
eu tãobem aqui comprei na feira dez e são bons,
[16]
não me dizes o custo dos dez Bois que agora reme
[17]
tes para mandar o dinheiro para baxo man
[18]
da dizelle porque não quero contas atrazadas,
[19]
Ora eu Julgo Francisco te ha de remeter huma
[20]
ordem de Veloso para reçeberes dinheiro em
[21]
Cantanhede e por isso me Lembro que faras a
[22]
feira da Oliveirinha adonde me deverás com
[23]
prar quatro Bois da soga porque estou sem
[24]
hum Boi de trabalho porque seis que truxe
[25]
do santo Andre e dois que tu compraste
[26]
na Oliveirinha quando daqui foste os mandas
[27]
te para Lisboa os quaes te custarão dezoito
[28]
e meia que mo disse o Souza dos Pinheiros,
[29]
estes tireios eu no Alto da Serra aos Mossos
[30]
e vendios aqui Domingo por vinte e huma
[31]
e tres quartas e deste modo estou sem Bois
[32]
de trabalho e por isso deves mandar os dittos

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