A autora escreve à irmã a pedir que esta faça as diligências necessárias para saber se o marido da sobrinha é bígamo.
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Lagoa de Seriuca
18 de Fro d 1746 anns
Minha Irmam mto do Meu corasão aos dias Pasados lhe escrevi
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[3] | Por mão de tenente Franco Roz Lagos e não sei se lhe seria
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[4] | entregue o não mas como se agora se ofrese Porta
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[5] | dor pa ese Pois não quero Perder ocazião de
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[6] | Por meio delle saber da sua Boa saude que sendo a
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[7] | medida de seu dezo não terei mais que estimar Pa dis
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[8] | por da que me Fica e a suas sobrinhas mtas ocaziois de lhe
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[9] | dar gosto Pois suas sobrinhas como digo se rrecomen
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[10] | dao saudozas.
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[12] | em como a tres annos e meio Pouco mais o menos veio
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[13] | Portar a esta terra hum sorgiao Filho do reino
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[14] | Por nome Mathias Fra Lima o qual me Pa
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[15] | resia ser de todas as prendas e asim me enganei
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[16] | e seu cunhado com elle de sorte que o cazamos com
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[17] | sua sobra a mais velha Luzia e dePois de esta
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[18] | rem vivendo a Parte couza de nove mezes o vie
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[19] | rao Prender dizendo era cazado em Portugal e tinha
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[20] | inda viva a Primeira mulher e ja ca n
a
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[21] | merica tinha emgado duas o tres e asim Foi Pre
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[22] | zo Pa a cadeia de sã João d el Rei Remetido a
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[23] | vigro da vara e com iFeito esteve Bastante ten
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[24] | po na cadeia emthe que teve a ocazião de Foxir
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[25] | e outros Prezos de sorte que Ficou sua sobra
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[26] | com tal empedimto que não Pode cazar sem sertidão
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[27] | de que elle he falesido o ir o do Prezo Pa
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[28] | o Reino athe de lla vir sertidão o de Morto
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[29] | como ja digo o de estar fazendo vida com
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