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Maarten Janssen, 2014-

CARDS0212

1824. Carta de Cândido de Almeida Sandoval, publicista, para Manuel Isidro da Paz, major de milícias de Setúbal.

Autor(es)

Cândido de Almeida Sandoval      

Destinatário(s)

Manuel Isidro da Paz                        

Resumo

Cândido de Almeida Sandoval agradece o apoio do amigo e informa-o das diligências que irá realizar.
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Meu Cáro Paz

Abandonnado dos Céos, e perseguido pelos homens, é inexplicavel a sensação que me cauzão tuas cartas, onde acho cordiallidade e valimento; quando supponha em meus compatriótas outros tantos inimigos. Básta de sentimto vamos ao q sérve. Tudo aceito, tudo agradeço, pois de tudo percizo. Verdade é, q a unica complicação q tenho, é com o po Ministro, mas qto é frivolo o motivo de seu odio! um pamflet, deo cauza a sua Excellentìssima cólera. Mas Amo meu, depois de treze mezes de continuados desgostos, seria conveniente q minha firmeza désse ás azas? Jamais capitulei com homem algum, q injustamte me offendesse; o Ministro de que se tráta, tem razão pa vingar-se de minha penna; porem, vio-se nunca, a não ser em Turquia, tanta crueldade com um escritor como se me faz soffrer? Póde a maldade e a cobardia, invintar tantos ardides, pa destruir a um homem, como aquelles que se poserão em acção pa me levar ao patibulo, accuzando-me de chefe de Conspirados? Que horror! Qual será o homem de princípios; que baixando o collo á Tirania, se avilte a beijar a mão q sobre sua cabeça alça o cotello? Mas sou Portuguez; hei de ser julgado á portugueza; é forçoso q á portugueza me deffenda. Ha mais de um anno, q soffro innocente; minha constancia é conhecida, não do Cérbér que me guarda, max tãobem da mão occulta q neste estado me tem: porem refleccionando bem em minha posição, vejo-me obrigado a pór de parte as grandes theorias antigas; pode bem ser que os mesmos, Socrates, Solon, Catão, Regulus, tds no meu cazo, tomassem teus conseilhos, aceitassem, como eu, teus extraordinarios favores com reconhecimto e manchassem com o commun dos Martirios, pa não perder em totum o fetio á Criança. Nossos santos compatriotas, são ignorantes, injustos e barbaros; sigamos a torrente, e vai a folha de papel, sem pallavrorios inuteis, Ds lha ponha a virtude. Tenciono escrever ao Juiz de minha cauza, o q pouco effeito fará n' alma de um Dezembargador; sem o teu empenho, (Que infame pallavra, pa qm tem Justiça e vergonha!). mas que será de mim se elle? Meu Amo pois q a Providencia te destinou para valer-me, no auge da minha infelicidade; pesso-te desculpas meus repetidos importunios. E rógo aos Céos te prolonguem a Vida, pa gozares da Consolação q dáz, e recebes, na pratica da beneficencia.

Teu Amo do Coração Candido d' Almeida Sandoval Cadêa da Côrte 12 de Octubro.

PS L' escroc t-a-t' il remis ma lettre avec de la musique légère; production d' un esprit libre même dans le Cachot. Outro: O Tenente Coronel chamasse Jozé Pedro de Souza Carvalho Rosado: móra no largo do menio Ds no 9. O Bregeirão do Gl Mtar não se sabe délle mas Jozé Pedro porque não..? não entendo!!!


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