PT | EN | ES

Menú principal


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

PSCR1149

1549. Tradução de carta familiar de Estêvão de Torres, joalheiro e lapidário francês, para a mulher, Ana, "A Castelhana".

ResumenO autor pede à mulher que lhe escreva secretamente e que tome providências relativamente a um dos crimes de que é acusado: o de comer carne na Quaresma.
Autor(es) Estêvão de Torres
Destinatario(s) Ana, "A Castelhana"            
Desde Portugal, Lisboa
Para Portugal, Lisboa, Rua Nova dos Ourives
Contexto

No processo de Estêvão de Torres, encontram-se três cartas suas em francês e as respetivas traduções, ditadas pelo próprio por ordem dos inquisidores e registadas nas atas das sessões de interrogatório. Estêvão de Torres, residente havia dez anos em Portugal, foi preso pela Inquisição a 19 de setembro de 1549, acusado de comer carne durante a Quaresma e outros dias defesos e de crer e proferir afirmações consideradas heréticas. Em novembro de 1549, fugiu do cárcere com outros presos e tentou, sem sucesso, contactar um seu compadre, Mestre Gascão. Em Vale de Cavalinhos (Vale de Santo António, perto da Bica do Sapato), pediu uma capa emprestada a um castelhano, entregando como penhor uma "boeta" ("caixa") com pedras. Ao fim de dois dias de fuga, foi descoberto e de novo preso. Da prisão, escreveu estas três cartas à mulher, Ana "A Castelhana": a PSCR1149 foi, provavelmente, escrita antes da fuga e as PSCR1150 e PSCR1151, seguramente, após ser de novo preso.

Soporte um quarto de folha de papel, escrita no rosto.
Archivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fondo Inquisição de Lisboa
Referencia archivística Processo 350
Folios 33r-34r
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2300224
Transcripción Teresa Rebelo da Silva
Revisión principal Catarina Carvalheiro
Contextualización Teresa Rebelo da Silva
Normalización Catarina Carvalheiro
Fecha de transcipción2015

Javascript seems to be turned off, or there was a communication error. Turn on Javascript for more display options.

Anna encõmendome em vossa merce rogovos q tomeis qualquer piparote velho ou novo e ho quebreis qualquer outro e ho fundo delle ponhays no outro e lhe metereis as cartas dentro e pouco de pam alvo e com tres ou quatro cunhas ho çarrareis e dentro me mandareis dar uvas. e seprit faraa tudo isto cuja merçe tambem me emcõmendo e de toda a boa companhia e do sor charles de liseri. e vos roguo a todos q falleis ao sor Joam miguell pessoa

nunqua gureis nada senã q como carne na caresma de dous annos a esta parte poq son etego e dous ou tres mestres bons e ho padre de sancta catherina me dixerã que comesse nũqua pescado poq quasi dous annos tive pecador de cabeça. encõmendayme a sora maria da rosa e ao q dormia casa e a rene tambem rogovos q falleis vos mesma ao Senhor Ja miguell e rogay ao sor charles de Ly liseri q de sua parte lhe falle


Leyenda:

ExpandedUnclearDeletedAddedSupplied


Download XMLDownload textWordcloudFacsimile viewManuscript line viewPageflow viewVisualización por frase