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Maarten Janssen, 2014-

PSCR0382

[1615]. Carta de Bento Barbosa, homem do mar, para a sua mulher, Ana Lopes, lavadeira.

Autor(es)

Bento Barbosa      

Destinatário(s)

Ana Lopes                        

Resumo

O autor dá notícias à sua mulher, dizendo que está vivo e contando as aventuras e doença por que passou, justificando com isso o facto de não ter escrito ou aparecido mais cedo.
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mer||mulher ana lophes Rua da pintora ou aonde ela estiver q ds g bento barboz

permita noso snor q esta vos tome con perfeita saude q este voso marido vos dezeja ja estou muito emfadado de escrever tantas cartas como tenho escrevidas sim ter reposta de nenhuma e ja me parece q não sou alembrado por bento barboza mas quando vos istiveres mais descuidada antão vos ei de emtrar pela porta se deos quizer por iso estai avertida do q vos emporta porq não poso mais q nestas partes quen não tem cabedal pa guaanhar sua vida não chegan culpa a não tive noticea estando na china q vos me escreveras por ho carbalho q fomos ja embarcados numa armada cervindo el rei q porouvera deos q não me metera a cervir el rei porq não pagua jamais q com papeis mas ja estou desemganado de o servir se não ce for con prata na mão novas minhas são ficar de caude deos louvado pa tod o sempre mandai boas novas a vosa sogra de min e mais a minhas tias irmãs de minha mai escrebe a a minha mai q digua a minha tia dona iabel q coma muito embora o q me deixou meu pai q deos tenha no seu reto q sedo me deos trata pa recadar o q for meu e q de a saber ao jois dos orfãos q sou vivo e mais ao escrivão q core os papeis dos orfaos e de tudo isto eu tenho a culpa poi não quis arecadar o meu ja vos sabereis dos riscos q pasamos quando ce perde a nau na costa de milinde ce não forão os mouros q estavão fazendo resgmento naquela costa ja nos querião cortar a cabeça mas os mouros derão por nos muitos panos q trazião pa venderen a hes propios ano não tive dia de saude por respeito das mas augas q ali avia naquela costa o comer era marisco da proha e tam bondia q o podiamos achar pa comer cru q não lhe damos lugar a mais mas como fomos a bombuca logo nos derão duas pataquas pa comer e as quais não herão pa quinse dias pasamos muitas nicidades quantas deos sabe dei a noso señor muitas gracas pelas boas orasois q por min vos tendes razadas q me faz deos tantas mces q mais não pode ser o q vos peço q não vos dexeis esqueser das vosas romarias a nosa senhora do êmparo q ela me tem feito moitas mces nas minhas viages ca destas partes do sul podeis dar estas pouco boas novas antonia dias q o seu fo he morto q nunqua falou comiguo a perposto como via q eu servia ilrei do mais sênper me perguntava por sua mai eu pouzei na sua caza muito tẽmpo loguo como soube q sua irmãn hera cazada não quis mais cuidando q hera comiguo mas como lhe eu dise a verdade loguo ficou muito triste e me espidio q ja estava sãu e me perguntou q detriminava q não podia ter soldados em sua caza porq ja o mundo falava perguntavão q homen hera eu e ja eu me detriminava pa apquela somana de me embarquar não sou rezão q dei boas novas a quem por mim perguntar a meu primo e mais a sua molher que bem lhe peco que me emcomenden a deos deste voso marido ate morte que deos garde

bento barboza

Legenda:

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