INQ Então explique-me lá como é que faz?
INF Os bacelos [pausa] são postos… Abre-se-o dum metro de altura de fundura e [vocalização] um metro de largura. Depois faz-se uma vala dessa altura, dessa dessa fundura. Depois mete-se mato, depois mete-se estrume e depois mete-se o bacelo, aperta-se com terra e tapa-se. Depois dali nasce [pausa] – em tendo ao fim de um ano, bem enxertado – da qualidade da uva que a gente quer.
INQ Como é que faz?
INF Vem Vem um um enxertador. Traz uma navalha preparada para isso. Corta o o americano [pausa] – do bacelo que se pôs americano –, corta, abre e mete um garfo dentro daquele daquela racha. E depois aperta com uma rafa ráfiae depois tapa com terra. [pausa] Depois, ali em Março, arrebenta. Depois nasce uma cepa.
INQ Nasce o quê?
INF Depois, faz-se uma cepa.
INQ Cepa.
INF Para dar uva.
INQ Portanto, aquilo que dá s-, uva é a cepa?
INF É a cepa.
INQ Olhe, e às vezes não costuma pôr assim uns arames altos para fazer uma?…
INF Isso é para Isso é para fazer um [vocalização] caramachão.
INQ Caramanchão.
INF Caramachão, pois, que abri- é para fazer sombra e aí a gente cá chama uma parreira.
INQ É isso que eu quero que o senhor me diga.
INF É. A gente, a gente cá chama uma uma parreira. Tem então os cachos das uvas pendurados.
INQ Olhe, e quando está aquilo tudo, aquele campo é um campo de quê?
INF É uma vinha – [pausa] uma fazenda! Ele qualquer nome destes se se emprega. [pausa] Em vinha Se tem tem cepas, é uma vinha, [pausa] que tem lá vinha. E se tem, e se não E se está nua para semear outras searas, uma fazenda.