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Bandeiras, excerto 8

LocalidadeBandeiras (Madalena, Horta)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Carina

Text: -

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[1]
é o nosso feijão,
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é batatas doces
[3]
e é batatas brancas,
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é os nossos inhames,
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é tudo.
[6]
[vocalização] Não se pode cramar.
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As hortinhas são fraquinhas
[8]
mas dá disso tudo.
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INF É isso.
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INF É o que eles dizem.
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INF Era uma cunhada.
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INF Ela não era nascida de lá;
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era do Alentejo.
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INF Ela trabalhava em va-…
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Ela também trabalhava [vocalização] cá em Lisboa, que ela trabalhava por conta dum alfaiate.
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Trabalhou muito ano por conta dum alfaiate – onde ela estava.
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Eles estiveram cá há dois anos.
[18]
Foram lá para a França,
[19]
e estiveram cá há dois anos.
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Ela prometeu-nos vir dali a cinco anos.
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Vamos a ver.
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Tenho é muitas saudades dos miudinhos, que eram uns miudinhos que ainda não tinham um ano e eram gémeos!
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Mas muito branquinhos, muito gordinhos, muito lourinhos, avermelhadinhos até do cabelo.
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Eram tanto engraçados, filhos da minha alma,
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mas é tanto longe!
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Já no fim Eles estranhavam mas depois…
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Eles estranharam muito
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mas já no fim [pausa] ficavam comigo, aqui de noite, a dormir.
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E a mãe ia, às vezes, dar um passeio, mais o marido,
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iam ver-me isto aí, que ele gostava também de lhe amostrar isto aí e ela já
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e ela gostava.
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Só estranhava muito é que não tínhamos luz.
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Mas nós agora temos luz.
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Assim como a minha casa, a gente chega-se à noite,
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eu faço o meu serviço aqui brancamente com a luz.
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Já é então uma animação.
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A gente estava aqui,
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vivíamos muito apertadinhos sem uma luz, sem águas, sem nada…
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Águas, a gente tem nos nossos tanques,
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mas agora a luz, credo, Pai do Céu!
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É claro, é uma animação!
[42]
Foi o melhor que fizeram foi a luz!

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