Corpus de Textos Antigos

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Maarten Janssen, 2014-

2265

Livro dos Mártires

TítuloLivro dos Mártires
AutorBernardo de Brihuega
EditorAna Sonsino, Marta Cruz e Cristina Sobral
Translation/RedactionTradução do texto castelhano do 3º livro da obra hagiográfica de Bernardo de Brihuega, Genesi Alfonsii, composta em 1260-80.
Translation/Redaction Date1300-1325
AttestationLisboa, João Pedro Bonhomini de Cremona, 17 de Agosto de 1513. Exemplar único na Biblioteca do Paço Ducal, Vila Viçosa, Livro nº 36.
Attestation Date1513
BITAGAPManid 1028 cnum 2265 Texid 1032
Text typeHagiografia

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¶De como sancto Antonio baptizou san torpeth. Cap .ij.

EN outro dia sendo o empador na seda õde soya d julgar e no sabẽdo nhũa cousa. daqlo que acõteçera na noyte d’ãte disse a todo o pobo. Conheçã todos q he grande dyana a madre dos deuses por quẽ eu mostro todas aqstas virtudes. ¶Quando o empador ouue aqsto dito say d’ãtre todolos gentios grãde homẽ q auia nome torpeth. E era homẽ muy hõrrado seu officio em casa do empador. e arredara sse ja do officio por amor d nosso snor E comprido d graça do spiritu santo disse. Que dizedes Empador milhor he quẽ adora ds viuo e que fez o çeeo e a terra e o mar e todalas cousas q em eles sam. Ca aql q adora muytos deuses a cada deles faz pesar. Mas ouide me Emperador ca eu som do linhagẽ daqles q forã marteyrados em roma per mãdado dos teus descreudos gẽtios. E eu os vy q auyã de reçeber coroas de glia na uida perdurauel pelas mãos dos anjos. ¶Dise lhe entõ nero como tu so es aq faladofalado: castelhanismo. q trastornas aquesta çidade E sam Torpeth dise A cidade nam se trastorna. ca o q cõfessar o nome d nosso Snor Jesu o sera saluo. Dise lhe entõ nero De q coraçã dizes tu esto E torpeth dise A bõa võtade torna aa: erro por o. homẽ d mal aa vida. e o spu scto hu quer aly entra. ¶E o empador Nero disse porq negas os nossos deuses E sam torpeth disse Nego todalas cousas q vejo q sam feitas a semelhãça e em verdade. Entõ disse Nero te tornas por aqlas cousas q viste E sam torpeth dise. Em aqsto he prouada a obra ca ja o sol daquele çeeo luze nẽ a luna apareçe nhuũ lugar. e o soom do toruoutoruou: erro por toruon e os q o tragyam morrerã nono: n borrado devido a provável desgaste do tipo. ryo ¶E nero empador disse. Porque nom adoras os nosos deuses segũdo que he custume E sam torpeth disse. Eu adoro o meu snor viuo q esta em os çeeos muy altos. e que fez o çeeo e o sol e os grandes alumeamentos que hy som. Dysse entõ nero. Ouue me torpeth e pensa antre ty mesmo como faças bom seruiço aos deuses. e que nam sejas a teu torto marteyrado de departidas penas. ¶Sayu sse enton sam Torpeth do paaço pẽsando muyto ãtre sy e disse. Que farey eu por nam seruir aos ydolos senom reçeber o baptismo de saude. E ele q sabia bem que santo clerigo d missa que auia nome Antonio estaua escondido em hum mõte say se da vila pola porta que he chamada lucana: e que he açerca de hum cabo do anfiteatro e foy sse d noyte para o monte ao logar onde sabya que jazia santo Antonio. e começou a chamar e a dizer. Padre santo Antonio preste honde es responde me. E enton santo Antonio responde lhe do logar da sua oraçã onde estaua. e dise lhe. Quẽ es tu meu filho? E torpeth disse Eu soom o teu seruo Torpeth. Dise enton santo Antonyo. medo ey de ty. porque tu es hum dos offiçiaes do emperador. E Torpeth disse. Ouue me padre e non temas mas eu beijo as tuas maãos e roga a ds por mi Ca ja eu disse outro dia por mi ao Emperador que cobiçaua adorar o. e agora estou em duuida porque nom som baptizado. e por esso venho a ty que me des baptismo de saude. ¶Dise lhe enton sãto Antonio nom sey se he verdade esso que dizes. E sam torpeth disse se eu mẽto nom som digno de reçeber baptismo de saude. E disse enton sam Antonyo. eu te baptizarey emno nome do padre e do filho e do spiritu sãcto. que he. o meu snor jesu cristo. ¶Emton deçeron ambos ao pe do monte onde auya huũa fõte perenall. açerca de huũas couas hu soyã a criar liões. E benzeo santo Antonio as agoas con sua mano. e baptizou o aly desque lhe ouue fechofecho: castelhanismo. emna fronte o synal da cruz. E desy dise lhe filho vay te que ya creçe em ty a uertude do falar e d vençer os teus auersairos. ¶Enton lhe deu paz. e chorando dos olhos dysse filho o angio de nosso snor te acompanhe E sam Torpeth dysse. Roga por my snor padre. e desy foy sse.


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