Corpus de Textos Antigos

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Maarten Janssen, 2014-

2265

Livro dos Mártires

TitleLivro dos Mártires
AuthorBernardo de Brihuega
EditorAna Sonsino, Marta Cruz e Cristina Sobral
Translation/RedactionTradução do texto castelhano do 3º livro da obra hagiográfica de Bernardo de Brihuega, Genesi Alfonsii, composta em 1260-80.
Translation/Redaction Date1300-1325
AttestationLisboa, João Pedro Bonhomini de Cremona, 17 de Agosto de 1513. Exemplar único na Biblioteca do Paço Ducal, Vila Viçosa, Livro nº 36.
Attestation Date1513
BITAGAPManid 1028 cnum 2265 Texid 1032
Text typeHagiografia

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index   Cognovis-5 < Chapter Seosipo, Eleosipo e Meleosipo-1 > Seosipo, Eleosipo e Meleosipo-2

¶Da vida. e da paixõ de sam Seosipo. e de sam Eleosipo. e de sam Meleosipo. E logo de como sua auoo leonila quis que fizessem sacrifiçios seus ydolos. e lhes pgou a ley de nosso senhor. Capitulo .c.

EMno tempo d Aurelião aqste empador d que nos agora falamos erã tres yrmaãos naçidos de huũ ventre que sẽmelhauã tres cousas floridas. naçidas em huũ ramo. E huũ dles auia nome Seosipo. e o outro Eleosipo. e o outro Meleosipo. E erom muy fermosos de cara. e d corpos. e eram muy sesudos. e muy emtendidos. E o mayor cuidado que eles auyã era de comprar caualos. e bestas. e de ter muy grande compamha. Ca eles auiam huũa auoo que auia nome Leonila. que era muy emsynada emna santa meezinha da ley de nosso senhor jhesu cristo. E mostraua a muy de grado a todolos seus amyguos. e aos seus coheçentes. e honrrauam na por ende muy muyto. E aquestes tres seus netos q erã muy boõs guradoresguradores: provável erro por curadores. de caualos. e muy caualgadores a grãde marauilha corriam todo o dia seus caualos em huũ logar q he chamado pasmasso. hu estaua o templo de Nemosis a deessa q adorauã muyto os gẽtios aquele logar. ¶Omde aueo q dia estes tres yrmaãos conuidarõ sua auoo pa jãtar em sua casa dles. E aquelo q trouuerõ dos saçrifiçios de nemoysis. poserõ no diante a mesa. assy como por bemçõ. Mas disse lhes emtõ Leonila sua auoo. Assy sodes vos emsinados. q aynda sabedes q a hõrra dos ydolos semp he emmyga dos homẽs e q ata as almas no ĩferno ẽnas penas pduraueis. E pois eu serua de jesu o. q fez o çeo. e a terra. e o mar. e todas as cousas q eles som. e que mandou sayr o lume depois das teebras.e da noite q era çego E partio o naçer do sol do poer. e estabeleçeo o dia. e ordnou os tempos. e pose a luũa çerta cousa d andar pelas praças do çeo. E que afeitou o çeo de desuairada claridade de estrelas d mujtas maneiras. e q pose os mõtes. e abrio as fontes. E estẽdeo os cãpos. e q deu aos ryos virtude q corressem semp. e q mandou as aruores leuar fruitos. e deu as vides razimos. e aas oliuas virtude d fazer oleo tambẽ pera fartar come pera alumear. E q deu ribeyros ao mar. e encheo as aguas d pexes. e alargou o curso as nuuẽs. per q deitẽ as chuuas em aqles logares hu as leuarẽ os vẽtos pelo seu mandado. e q tẽpera. o mundo brãca queẽtura por dar aos cãpos avõdamẽto de meses. e per que tehã saãs. e guardadas todalas cousas q viuẽ. E ele qrẽdo viuemos nos. e ele sofrẽdo o somos criados. e ele outorgãdo o somos vestidos. E pois em aqste ds seruo. e cõselho uos q vos aqueste seruades Ca nemoses ydolo he q mal diz a ds. q emnos çeos esta. Mas vos coheçer deuedes o ds criador d todalas cousas por tal q sajades das treeuas a luz. e q resuçitedes da morte a vida. Ca eu ensiney vossa madre em aqsta fe. e dsque vos pario todos tres a huũa voz: morreo logo a cabo de tres annos. e foy sse pera o outro segre. E despois da sua morte de nossanossa: erro por uossa. madre. o vosso padre foy embargo pa vos porq podestes alcançar a vista da luz. nem podestes vijr dar com os coraçoões ao porto da saluaçõ. Como ora som tolhidos. e da verdade imigos vossos Semp a uãgloria emnos nossosnossos: erro por uossos. sentidos dura. E vos digo nẽ falo cousa nẽhũa pola vossa saude que a vos vejaes muy mays abertamẽte. E oulhay que vos rogo eu assy como filhos do fruyto do meu vẽtre que abrades os vossos olhos da alma. e que queirades leixar todo o seruiço dos ydolos. assy como emmigo da vossa saude E por tal que posades vijr aas alegrias pdurauees. E qndo santa Leonila ouue ditas todas aqstas cousas. espantarõ se os mançebos. e alçarom as maãos contra o çeo. e chorauam. e começarom a dizer. Ay muy doçe auoo. e porq escõdiste ataa agora toda aqsta verdade aos nosso coraçoões E ela lhes respõdeo emtõ. e disse lhes. Porq eu nũca puyde guisar vosso padre que qsesse cõsentir em aqsta verdade. E por emde por medo que se vo lo eu dissese. Defender vo lo hia vosso padre. e as minhas palauras fariam frujto. por esso vo lo leixeuleixeu: erro por leixey. eu d dizer.


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