Corpus de Textos Antigos

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Maarten Janssen, 2014-

M1614T12967

Vida e milagres de Santa Senhorinha de Basto (G1)

TitleVida e milagres de Santa Senhorinha de Basto (G1)
EdiçãoCristina Sobral
Tradução/RedacçãoRedigido originalmente em português
Data da Tradução/Redacção1248-1284
TestemunhoArquivo Municipal Alfredo Pimenta (Guimarães), Ms. da Colegiada 793, fls. 211r-236r
Data do Testemunho1620-1645
BITAGAPManid 1614, cnum 27628, Texid 12967
GéneroHagiografia

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índice   Milagre de D. Gonçalo de Sousa (póstumo) < Chapter Milagre da prisão do irmão da santa > Milagre das três mulheres (póstumo)

Do Caualleiro que el rei mandou prender.

Diguo uos senhores hum boo millagre que nembra que Deos fes por esta sua serua em sua vida, em tempo que el rei Don afonso regia os reinos de portugual, e de castella e de Leom, hum Jrmão desta santa Senhorinha, porque disserom a el rei que el e suas companhas roubauão algũas terras, porque era homen proue, e non tinha tanto de seu, per que se podesse manter, andaua de terra em terra, e comia do alheo, segundo o soem de fazer os caualleiros pobres. polla qual rezão o mandou el rei prender, mas sede çertos que quada ues que lhe metião os pees nos ferros, ou algũa cadea, loguo lhe os ferros ou cadea, caião dos pees, bem se fossem feitos de barro ou de lama, e loguo quebrauam, e caiam terra e depois uendo esto os caçereiros disseron no a el rei, e el lhes perguntou, se sabião porque era, e elles responderom que o non sabiam, depois aconteçeo esto que caiam o o: erro por os. ferros quebrados ao dito caualleiro Jrmão desta santa, que el rei fui dello mui sanhudo, e perguntou aos caçereiros que era o que entendiam, e elles responderom senhor ouuimos dizer que este caualleiro tem hua irmãa mui santa, que he monge e dona de boa uida, e temos que pellas suas orações se fas esto, que he uontade de Deos, que este seu irmão nom seia preso, el rei perguntou onde ou em que terra moraua tal molher como aquesta, e elles lhe disserom que moraua no arçebispado de bragua, e fas uida muito apertada. Eu queria mui de grado ver essa molher disse el rei, e de grado lhe daria qualquer cousa que me demandasse, entom mandou loguo el rei por ella, que a leuassem a Tolledo, onde el entom estaua, os quaes a leuarom com sua honra, e apresentarom ante el rei, o que lhe disse como quer que uos eu non conhoça per pessoa nem per outra guisa senon tam solamente pellos bens que de uos ouço dizer, roguo uos que qualquer cousa que uos de mim comprir que uos que a peçades, que eu uo llo outorguarei de grado. Diguo uos que ella come molher de grande suplicadade suplicadade: erro por simplicidade. , e de grande humildade disse entom a el rei com vooz e com falla muito humildosa. Rei senhor peco te que aquella egreia pequena, que me deu meu padre, que ma outorgues, en os dias de minha vida, do que el rei foi mui espantado, de lhe pedir mais, e por lhe non pedir o seu Jrmão, que tinha preso, e loguo outorgou lhe a igreia, que lhe pedia, e demais soltou lhe o Jrmão que tinha preso, e demais deu lhe hum couto muito bom pera a dita egreia, e deu lhe o dito Rei sua carta, a qual fui dada em Tolledo, e esta santa se tornou loguo pera sua casa, com grande honra, e morou na dita igreia que lhe el rei assi deu.


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