Corpus de Textos Antigos

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Maarten Janssen, 2014-

2265

Livro dos Mártires

TitleLivro dos Mártires
AutorBernardo de Brihuega
EdiçãoAna Sonsino, Marta Cruz e Cristina Sobral
Tradução/RedacçãoTradução do texto castelhano do 3º livro da obra hagiográfica de Bernardo de Brihuega, Genesi Alfonsii, composta em 1260-80.
Data da Tradução/Redacção1300-1325
TestemunhoLisboa, João Pedro Bonhomini de Cremona, 17 de Agosto de 1513. Exemplar único na Biblioteca do Paço Ducal, Vila Viçosa, Livro nº 36.
Data do Testemunho1513
BITAGAPManid 1028 cnum 2265 Texid 1032
GéneroHagiografia

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¶De como os santos martires forõ metidos na lagoa. e seueron hi. e se partio. e se foy para o banho. e morreo hi dentro. Capitulo .cclxxxij.

EM outro dia q era o noueno quando veo a manhaã mandou logo o duc tirar os santos caualleiros do carçer e poer ante eles hu queriam julgar. E os santos caualleiros estando aly ante a cara dos brabos caudes e maos. disserom o que queredes fazer fazede o aginha. Entom apareçeo lhes o diaboo q tinha emna mão destra hũa espada e emna seestra hũa serpente. e posse se a orelha d’agricolao e disse lhe. meu es lida. Emtom o adiantado feze lhes atar senha sogas as gargantas. e mandou os leuar todos a hũa lagoa. Ca ha em sebastia hũa lagoa muy grãde em q esta muyta agoa e aquelle tẽpo que os santos martires forõ marteirados fazia muy grande frio. E leuarõ nos a lagoa os seruẽtes e poserõ nos todos desnus em meo dela. e era emtom inuerno e fazia muy forte geada porque era ja contra a tarde do dia. e poserõ os caualleiros que os guardassem e o carçeleiro com elles. E estaua huũ banho açerca da alagoa que fezerem quẽtar de todo coraçom por tal que se algũs dos santos caualeiros quisessem quebrantar a sua fee q o leuassem ao banho a quẽtar se. E desi quãdo veo a primeira hora da nojte apartaua lhes os corpos tam fortemente o regelo que lhes partia as carnes per todalas partes e os quebrãtaua. E por ende huũ da conta dos quorenta q foy de muj pequeno coraçom sayo da lagoa e fogio pera o banho e tãto q o tãgeo a lagoa foy logo morto e desta guisa lhe sayo a alma. E os sanctos caualleiros que virom aquele de tam pequeno coraçom. disserom todos per huũa boca e a hũa voz. Senhor nom te asanhes emnos rios nem seja ẽnos ryos a tua sanha contra nos. senhor nem seja arremeça da tua sanha emno mar. ca o que se partio d nos derramado he assy como agoa e derramados som todolos se ossos. mas nos nos partiremos daqui ate que nos faças viuos e louuarem o teu nome que louua toda criatura. os dragões. e todolos abismos e o fogo. e o granizo. e a neue. e a geada e o spiritu de todolos tormẽtos que fazem o teu mandamento Ca tu senhor andaste sobre o mar assi como per terra e amãsaste o a ferida da tua mão a ora que estaua com muy grande tempestade. E pois tu senhor que ouuiste a oraçom de Jacob quando fogia polas ameaças de ysahu. e que saluaste joseph quãdo foy vẽdido e que ouuyste a moyses fazendo synaes e marauilhas emno egyto contra farahoo e contra seu poboo. e que partiste o mar. e passaste por elle o teu poboo ao hermo e que ouuyste os teus santos apostolos. Senhor ouue agora a nos. e nom nos afoge a muy grãde tempestade da agoa. nem nos sorua o pego. nem possa o poço cõtender sobre nos a sua boca. Mas ajuda nos senhor nosso saluador ca muytos somos tornados pobres. e estamos no fundo do mar e estam ja tintos os nossos pees do nosso sangue. poys aliua a pesadura do regelo e amargura do mar. Ay deos nosso senhor por que saybam todallas gentes que nos a ty chamamos e que fomos feytos saluos e que esperamos em ty. e nom somos confundidos.


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