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Sapeira, excerto 5

LocalidadeSapeira (Castelo de Vide, Portalegre)
AssuntoA vinha e o vinho
Informante(s) Alberto

Text: -


[1]
INF E mesmo os potes para ferverem nunca podem ficar cheios.
[2]
Fica Um terço tem que ficar vazio em vazio.
[3]
Por exemplo, se o se o pote leva [vocalização] chama-lhe a gente um almude, é de vinte litros;
[4]
se um pote leva dezoito, coze com doze,
[5]
que é para em depois para ter coiso, para ferver e depois não en- para não entornar.
[6]
Assim, quando em depois começa a cair é que a gente vai despejando de um para o outro não é? para ficar cheio.
[7]
E depois, em estando as graínhas tudo no cimo e que esteja completamente cozido, como a gente lhe chama, a gente prova, não é?
[8]
Quando [vocalização] sabe a vinho, [vocalização] funde-se então com estes canudos.
[9]
A gente tira,
[10]
tira o vinho todo,
[11]
e fica o bagaço.
[12]
Que em depois o bagaço é que é que vai ali para o alambique e para fazer a [vocalização] para fazer a aguardente
[13]
que é o [vocalização] bagaço, como a gente lhe chama, a aguardente, não é?
[14]
Nós, aqui, é aguardente;
[15]
mas quem lhe chame bagaço, não é?

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