Representação em frases
Sapeira, excerto 20
Texto: -
INF1 O, O milho, o O [vocalização] milho era pela ocasião do [vocalização] dos Santos.
INF1 Que [vocalização] a tradição, aqui, do almoço do dia dos Santos, que é no primeiro de Novembro, era fazer papas de milho.
E de forma que havia lá – havia na vila – uma umas mulherzitas [pausa] que tinham um [vocalização] aparelho com duas pedras [pausa] [vocalização] manual,
e chamavam-lhe uma zangarilha, que era onde iam moer o milho, [pausa] para fazer as papas.
Aquilo só trabalhava, mais ou menos, só naquela altura, não é?
INF1 Naquela altura e [vocalização] na- naquela época, sim, naquele dia ou próximo;
naqueles próximos dias é que ele trabalhava ali.
INF2 Toda a gente comia papas.
INF1 E de forma que fazer iam lá moer aquilo à zangarilha.
Era [vocalização] uma coisa manual.
mas a minha mãe falava-me nisso.
Chama-se uma zangarilha, era.
INF1 Então, mesmo hoje ainda se faz.
INF2 Olhe, deitamos nós um pacote só para…
INF1 [vocalização] Deixe lá ver que em depois fica lá tudo, homem.
INF1 [vocalização] Que ele, ainda hoje, há essa tradição, [pausa] cá.
Nós [vocalização] Bem, nós cá, no tempo da minha mãe, quando nós éramos miúdos, era sempre as papas do dia dos Santos.
Era sempre o almoço do dia dos Santos era papas.
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