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Sapeira, excerto 22

LocationSapeira (Castelo de Vide, Portalegre)
SubjectA oliveira, a azeitona e o azeite
Informant(s) Alberto
SurveyALEPG
Survey year1983
Interviewer(s)João Saramago
TranscriptionCatarina Magro
RevisionMaria Lobo
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF Até ainda não muito tempo que havia um moleiro até com uma carroça [pausa] que vinha .
[2]
E a não ser que
[3]
INF Agora, por acaso, eu também não sei.
[4]
A não ser que o indivíduo tivesse, a nã- A não ser que o indivíduo arranjasse para alguma coisa eléctrica e que viesse.
[5]
INF Bem, isso sempre foi moagem eléctrica,
[6]
INF ele ali o de Porto da Espada.
[7]
Ele isso Ele Ali, ali até nem passava o rio, não passava nada.
[8]
Que ele até ali ainda não é bem
[9]
Sim,
[10]
é o rio
[11]
mas ch- chama-se a ribeira de Marvão.
[12]
O rio em depois começa aqui que [vocalização]
[13]
INF Chama-se rio mais abaixo, não é?
[14]
ma- Mas é a ribeira de Marvão.
[15]
INF Mas eu tinha até [vocalização] coiso que ele que ainda [pausa] funcionava, por ali assim, umas coisas dessas.
[16]
INF Não.
[17]
Eu [vocalização] desfaço n- à maquia.
[18]
Desfaço à maquia.
[19]
Agora, esta que tenho aqui no tanque, se me derem o dinheiro que eu entendo, eu vendo-a;
[20]
e se não derem, desfaço à maquia.
[21]
Que aqui uma aquilo a maquia é doze por cento.
[22]
INF Para Para quem moer.
[23]
Para quem mói.
[24]
Vêm aqui buscar as azeitonas,
[25]
levam para o lagar,
[26]
e [vocalização] e em depois, metia-lhe metiam-lhe de maquia doze por cento.

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