Representação em frases
Porto da Espada, excerto 62
Texto: -
INF Às vezes, até [vocalização] havia umas ervas do campo que a gente…
Pois bem, a fome, às vezes era já muita,
Chamam-lhe Chamavam-lhe pialhos, pialhos duma coisa , um…
Também se conhece por erva azeda.
Chegava-se a um ervilhal aonde havia haviam ervilhas – conhece o que são as ervilhas? –,
Hoje – então pois hoje! – alguém alguém faz essas coisas?
Hoje já ninguém trata des- desse assunto.
Desde que houvesse, por exemplo, uns figos ou uns cachos ou ou um, qualquer uns melões, umas melancias, roubava-se muito.
Hoje, o pessoal não sei se anda mais abastecido
e não não se frequenta qualquer coisa que se roube.
Nem a uma vinha, nem a uns figos, nada;
nada disso [pausa] frequenta já.
E noutro tempo, não escapava nada.
Aquilo era, desde que a pessoa pudesse, figos e [vocalização] cerejas.
Ainda levei algumas sovas!
Ainda levei algumas sovas, que apa- que me apanhavam [vocalização] às cerejas – doutra gente, está claro!
Ora pois, tudo aquilo pertencia tudo ao mesmo, a haver fome.
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