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Porto da Espada, excerto 65

LocalidadePorto da Espada (Marvão, Portalegre)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Alcibíades Alice

Text: -


[1]
INF1 [vocalização] Nós aqui nunca, nunca tivemos, [pausa] [pausa] eles nunca Nunca se aqui conheceu nada.
[2]
INF2 Aqui nunca se conheceu nada.
[3]
INF1 Ouvia a gente dizer "fazem isto,
[4]
fazem aquilo",
[5]
mas a gente, como nunca viu [vocalização], pronto, não não sabe nem dizer.
[6]
O que é que quando era a à noite quando era a à noite, a gente aqui, [pausa] portinhas fechadas logo à noitinha, [pausa] logo fechadinhas, à noitinha.
[7]
INF1 Tinha a gente medo, não viesse a pessoal da, fug- que vinham fugidos, e que chegavam, por exemplo, aqui, ou que queriam mal ou queriam que a gente lhe desse [vocalização] [pausa] coito ou assim.
[8]
E a gente [vocalização] não,
[9]
pois bem, nem ninguém queria dar coito a essa gente.
[10]
Pois claro, era [pausa] era também contra, naturalmente, o, à nossa [pausa] à nossa nação e em depois não.
[11]
Mas houve eu vejo que muita gente ainda que fugiram para baixo.
[12]
A gente ouve dizer que fugiram para .
[13]
Não se sabe se era é nem se não.
[14]
[vocalização] O mais, nunca a gente ouviu dizer, aqui assim
[15]
Nunca dizem mais nada, da guerra.
[16]
Ouvia a gente dizer: "Hum, houve aqui houve aqui um combate,
[17]
houve além,
[18]
fizeram isto,
[19]
fizeram aquilo".

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