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Porto da Espada, excerto 65

LocationPorto da Espada (Marvão, Portalegre)
SubjectNão aplicável
Informant(s) Alcibíades Alice
SurveyALEPG
Survey year1974
Interviewer(s)André Eliseu Gabriela Vitorino
TranscriptionAdriana Cardoso
RevisionMaria Lobo
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF1 [vocalização] Nós aqui nunca, nunca tivemos, [pausa] [pausa] eles nunca Nunca se aqui conheceu nada.
[2]
INF2 Aqui nunca se conheceu nada.
[3]
INF1 Ouvia a gente dizer "fazem isto,
[4]
fazem aquilo",
[5]
mas a gente, como nunca viu [vocalização], pronto, não não sabe nem dizer.
[6]
O que é que quando era a à noite quando era a à noite, a gente aqui, [pausa] portinhas fechadas logo à noitinha, [pausa] logo fechadinhas, à noitinha.
[7]
INF1 Tinha a gente medo, não viesse a pessoal da, fug- que vinham fugidos, e que chegavam, por exemplo, aqui, ou que queriam mal ou queriam que a gente lhe desse [vocalização] [pausa] coito ou assim.
[8]
E a gente [vocalização] não,
[9]
pois bem, nem ninguém queria dar coito a essa gente.
[10]
Pois claro, era [pausa] era também contra, naturalmente, o, à nossa [pausa] à nossa nação e em depois não.
[11]
Mas houve eu vejo que muita gente ainda que fugiram para baixo.
[12]
A gente ouve dizer que fugiram para .
[13]
Não se sabe se era é nem se não.
[14]
[vocalização] O mais, nunca a gente ouviu dizer, aqui assim
[15]
Nunca dizem mais nada, da guerra.
[16]
Ouvia a gente dizer: "Hum, houve aqui houve aqui um combate,
[17]
houve além,
[18]
fizeram isto,
[19]
fizeram aquilo".

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