Representação em frases
Montes Velhos, excerto 33
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INF1 Havia um rodo em madeira que quando era assim muito coiso…
Quando era coisas poucas, mesmo a gente com um rodozinho pequeno fazia esse trabalho.
Mas quando eram coisas grandes [vocalização]… Tinha umas cordas – esse rodo tinha umas cordas –, metiam-se lá as bestas,
e eu mais eles que juntavam aquilo.
Essas vassouras era para varrer depois o a semente.
Para juntar a semente toda no meio da eira, tinha que se varrer toda.
INF1 Ah, estava-se limpando.
INF1 Temos que Temos que começar…
Aquela moinha do trigo, aquela pragana do trigo, e a moinha, e terra que tinha, por exemplo, a eira, que deitava aquela terraria, saía tudo.
[pausa] [vocalização] Deitava aquela moinha.
Então depois ainda ainda era junto,
ainda era passado à forquilha outra vez para deitar ainda algum resto fora,
Como é que era o nome que a gente?
INF1 Como é que a gente dava depois o nome para se pôr assim, quando se juntava o trigo assim à, que se fazia um quadro?
[pausa] Fazia-se aquele quadro…
e depois fazia-se aquele quadro…
Era, era Fazia-se um quadro com coiso.
Mas isso também tinha um nome.
Eu cá é que não me recorda agora o nome disso.
INF1 Também eu, não me lembra.
Tanta vez que eu fiz isso!
INF2 Hum [vocalização], não chego ao nome.
INF1 Fazia-se o rechego, com a mão, assim, o rechego.
Chamava-se a isso, quando se juntava além em quadro,
"Ah, temos temos que despachar isso que ainda não fizemos o rechego".
o rechego era rechegar aquilo tudo,
fazia-se assim em quadro.
Depois ainda era tornado a jogar ao ar…
Eu, por exemplo, ia com uma forquilha deitando, saindo já [vocalização] já
depois já ia saindo muito trigo já limpo.
Mas depois vinha uma pessoa atrás com uma pá de madeira – com uma pá de madeira –,
esse depois é que i- ia sacudindo lá no coiso.
E deitar aquilo tudo que tinha o seu jeito.
Quer dizer que o vento estava, por exemplo, além daquele lado
e a gente tinha que deitar a semente contra o vento para, porque ela, mesmo no ar, ficava a semente mais pesada,
ia para um lado e o e a palha voava para o outro,
E depois disso então tudo junto é quando chegava já esse que vinha trabalhando com a pá;
esse que vinha já trabalhando com a pá, já o ia juntando em moitão.
Quando a gente acabava de fazer o rechego e que deitava o rechego já ao ar, já estava aquilo tudo feito então em moitão.
Depois de estar em moitão, ainda aparecia uma espiguinha, que era alguma coisa mais pesada que caía junto ao trigo,
ou alguma pedra mais grada da eira que caía junto ao trigo, nessa altura depois usava-se um coiso grande,
Eu até tinha tenho um coiso desses ainda.
Mas está lá à do meu está lá à do meu genro.
E então nessa altura [vocalização], punha-me eu, por exemplo – eu ainda fiz isso muita vez –, eu dum lado e a minha mulher do outro,
e havia um com uma alcofa,
varríamos ali um bocado da eira para fazer aquilo mais limpo…
Quer dizer que o trigo estava aqui junto
e a gente depois íamos para além.
A minha mulher punha-se lá daquele lado,
e o outro ia com uma alcofa
ia carregando o trigo para lá.
E a gente púnhamos só a trabalhar, a trabalhar, a trabalhar, e o trigo a correr,
e aquelas praganas, coiso, não quer- não caíam, nem as pedras gradas, nem isso,
Em ele lhe deitando além três ou quatro [vocalização] alcofadas de trigo, que se juntasse além muitas, tirávamos ali para o lado.
INF1 Isso Isso que ficava depois eram os cachos.
Dava-se-lhe o nome de cachos.
INF1 Punha-se além de lado.
Ia-se pondo além de lado.
E esses ditos cachos, no outro dia, iam-se jogar para dentro do calcadoiro.
Iam para dentro do calcadoiro,
Quando fosse o último dia, esses cachos depois eram então batidos com um bocado dum pau.
Batiam-se esses cachos com um pau – a pessoa que queria!
A pessoa que não queria, [vocalização] deixavam isso depois para dar a umas galinhas.
As galinhas, isso em apanhando aí uma espiga, também penicam
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