Representação em frases
Alcochete, excerto 7
Texto: -
A gente cá não chamava nada disso.
[pausa] Mesmo atrás da gente:
"Vamos lá ver essa paveia"!
INF É que Quando se ajuntou, que faz maior, só sendo atada.
[pausa] e depois, dos molhos, faz-se relheiros.
[pausa] Que eu fiz tudo isso.
Faz-se uns relheiros para os pássaros não entrar com ele.
E depois, carrega-se depois com um carro para a eira, aonde está a debulhadeira para debulhar.
Bem, deixe estar que o uso, eu lhe digo pode dizer doutra terra que eu depois digo cá desta.
Eles Ele lá para o Alentejo, quando andam a ceifar, conforme vão ceifando, e vão fazendo os molhos.
Depois de estar do chão ali dois dias é que vai-se depois atar.
INF Com uns baraços de junco.
a gente era com uns baraços de junco.
Ia mesmo gente apanhar junco [pausa] de propósito para isso.
[pausa] Quando não havia baraços de junco, fazia-se uns baraços do trigo.
INF Eram baraços à mesma.
INF Os molhos depois era carregados.
Fazia-se aqui um monte – chamava-se um relheiro –,
depois calculava-se ali outro,
fazia-se outro para o relheiro.
Depois vinha-se por ali fora,
outra parte, outro relheiro, que era para ficar para os carros depois pegarem dali e levar para a eira.
[pausa] Que ele nunca ficava espalhado;
INF Depois um homem vinha no carro,
ia um homem com um forcado – com um forcado de ferro, com uma, com uma com um cabo grande, com uma vara – para dar lá para cima, para o homem que estava a arrumar a carrada.
Que é a carrada do trigo que vai para a eira.
A carroça carregada [vocalização]…
Olhe, ainda há lá uma que era lá feita em cima.
[pausa] E depois a máquina ia para ali
INF [vocalização] Ali, aquela foi em cimento, que o dono – o dono já morreu – mandou fazer em cimento,
mas as outras não era em cimento.
INF Era mesmo em cima da terra.
Está aqui uma, aqui ao pé dali da escola.
Fazia-se ali uma, onde é que está uma chaparra.
Ia ali as pessoas endireitar além com uma enxada,
raspavam o terreno todo, com a enxada,
e depois ia para ali a [vocalização] debulhadeira.
Depois era debulhado ali o trigo.
Punha Tinha os sacos a aparar o trigo.
Ia Havia regado e acalcado.
[pausa] Batiam, que era para o trigo, algum que caísse, para se poder varrer.
INF Aqui não se punha nada.
[pausa] Aqui, antigamente, quando era para, para para fazer-se nas eiras – que eu estive aí duma casa, [pausa] oito anos, e fazia-se –, sabe o que é que se fazia?
E depois punha-se uma manada de cabras a andar ali à roda em cima. [pausa]
INF Aquilo ficava ali como um cimento.
INF Botava Estava as cabras ali à roda.
Aí dois homens, eia já ia para lá as cabras,
e elas à roda, pégavam aquilo tudo.
Aquilo ficava ali acalcado .
Depois ia [pausa] ia, ia ia a cevada ou o trigo para a eira, ou favas,
[vocalização] As éguas à roda por cima iam bater batendo.
INF [vocalização] É para aí oito.
Olhe, aqui havia um homenzito que tinha três;
mas onde é que eu estava, era quase sempre oito, sete, seis.
Eram Era ao lado umas das outras.
Um homem ia lá para o meio da eira, com um cabresto da mão, [pausa] com uma vara,
[pausa] e elas andavam à roda.
INF Aquela [vocalização] Aquilo era, era [vocalização] era debulhar a pé de besta.
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