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Alcochete, excerto 15

LocalidadeAlcochete (Alcochete, Setúbal)
AssuntoA vinha e o vinho
Informante(s) Anselmo

Text: -


[1]
INF Os bacelos [pausa] são postos
[2]
Abre-se-o dum metro de altura de fundura e [vocalização] um metro de largura.
[3]
Depois faz-se uma vala dessa altura, dessa dessa fundura.
[4]
Depois mete-se mato,
[5]
depois mete-se estrume
[6]
e depois mete-se o bacelo,
[7]
aperta-se com terra
[8]
e tapa-se.
[9]
Depois dali nasce [pausa] em tendo ao fim de um ano, bem enxertado da qualidade da uva que a gente quer.
[10]
INF Vem Vem um um enxertador.
[11]
Traz uma navalha preparada para isso.
[12]
Corta o o americano [pausa] do bacelo que se pôs americano ,
[13]
corta,
[14]
abre
[15]
e mete um garfo dentro daquele daquela racha.
[16]
E depois aperta com uma rafa
[17]
ráfiae depois tapa com terra.
[18]
[pausa] Depois, ali em Março, arrebenta.
[19]
Depois nasce uma cepa.
[20]
INF Depois, faz-se uma cepa.
[21]
INF Para dar uva.
[22]
INF É a cepa.
[23]
INF Isso é para Isso é para fazer um [vocalização] caramachão.
[24]
INF Caramachão, pois,
[25]
que abri- é para fazer sombra
[26]
e a gente chama uma parreira.
[27]
INF É.
[28]
A gente, a gente chama uma uma parreira.
[29]
Tem então os cachos das uvas pendurados.
[30]
INF É uma vinha [pausa] uma fazenda!
[31]
Ele qualquer nome destes se se emprega.
[32]
[pausa] Em vinha Se tem tem cepas, é uma vinha, [pausa] que tem vinha.
[33]
E se tem, e se não E se está nua para semear outras searas, uma fazenda.

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