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Alvor, excerto 2

LocationAlvor (Portimão, Faro)
SubjectOs rios e os mares
Informant(s) Ápio Apolinário
SurveyALEPG
Survey year1977
Interviewer(s)Gabriela Vitorino José Sobral
TranscriptionSandra Pereira
RevisionErnestina Carrilho
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF1 Eu não estou assim bem dentro do assunto porque não estou dentro do assunto.
[2]
Mas isto, [pausa] tem muita habitação.
[3]
INF1 Tem muita habitação!
[4]
INF2 Quatro mil e quinhentas a cinco mil pessoas.
[5]
INF1 Tem muita habitação.
[6]
Há-de estar aqui até muita habitação, em área quadrada.
[7]
E muita falta de casas.
[8]
E está muito pessoal
[9]
Tem muita [vocalização] Isto era é uma terra [pausa] que tem muita gente!
[10]
Muita, muita!
[11]
E acolhe-se !
[12]
O pessoal todo dá-se bem aqui.
[13]
Acolhe-se muita gente aqui a trabalhar.
[14]
agora tem a maior parte, muita gente!
[15]
INF2 E a maior parte da malta que está nos hotéis são muitos filhos que são de cima do norte.
[16]
INF1 Pois, acolhe.
[17]
INF2 Estão empregados .
[18]
INF1 Isto era uma terra [pausa] que produto.
[19]
Quer dizer, produção,
[20]
pois .
[21]
Isto temos muito pescador!
[22]
[pausa] E temos mui-
[23]
É claro, [vocalização] tem muito o rio muito consumo a muita coisa [pausa] para as iscas, para pescar.
[24]
Mas agora estamos mal,
[25]
anda-se mal, porque apanharam
[26]
As faces da parte do rio mais mais importantes apanharam!
[27]
, [pausa] As faces do rio mais importantes!
[28]
Está aqui uns viveiros,
[29]
e estão fazendo muitas coisas que não haviam de fazer: pôr pedras no rio.
[30]
Se a natureza [pausa] o marisco para nós pescar [pausa] foi a providência que deu.
[31]
[pausa] E estão a aterrar com pedras para nós não pescarmos, para nós não apanharmos
[32]
É um um rico, [pausa] que ele não precisa daquilo;
[33]
é para fazer mal a nós.
[34]
Porque tem havido reclamações.
[35]
Acho, acho eu, [pausa] que ele tem compadres que tapem em Portimão.
[36]
Acho eu, porque oiço dizer.
[37]
INF1 Que E até por acaso, ele é meu amigo
[38]
e tenho falado
[39]
Até uma ocasião falei-lhe mal.
[40]
Porque não havia de falar,
[41]
mas falei-lhe.
[42]
Porque ele não precisa disto! [pausa] e está pondo pedra miúda, brita, no rio uma coisa que a providência deu!
[43]
Um rio tão rico que isto é!
[44]
[pausa] Há-de matar o rio.
[45]
E se os senhores eu não sei com quem é que estou falando se o senhor amanhã ou o seu superior [pausa] querer ir ver, eu digo onde é que é o rio ,
[46]
o senhor vai, com certeza, à mesma à pessoa, que dei o meu nome,
[47]
[pausa] e vai ,
[48]
e o senhor diz assim: "Bem disse o rapaz: se mete como está este este coiso".
[49]
o que é por cima, que ele põe a amêijoa.
[50]
A natureza o que de dentro não arrebenta.
[51]
Aquilo tapa- arrebenta com o pescador.
[52]
E se ele pôr mais, como tinham o rio quase todo ele elevado diz que pôs para umas sacas para elevá-lo todo; não basta ser pouco! , se ele pôr mais, arrebenta com a gente todos, marítimos.
[53]
Não deve se arrebentar com todos.
[54]
Todos temos que comer.
[55]
E todos temos que produzir.
[56]
Assim não se produz.
[57]
E os grandes não sabem isso!
[58]
INF1 Põe a brita para por quase uma espécie de vingança, que ele não precisa disso.

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