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Alvor, excerto 4
Text: -
INF A maior parte é pescadores, exactamente.
E é claro, a classe da gente nova [pausa] está-se a ocupar dos hotéis,
muitos é empregados de hotéis.
Mas assim já mais [pausa] de quarenta anos, de trinta e tal, já vai tudo pescadores.
Não quer dizer que um ou dois rapazes, ou cinco ou seis ou dez ou doze, ou quinze ou vinte, não tenham têm o seus empregos de ofício…
INF É claro, em escritórios, e coiso.
Mas, quer dizer, a maior parte – a maioria – das três partes – uma tira-se pela outra –, o ofício é é, a maior parte, é pescador.
Traineiras, às vezes há um desarrumo,
vêm para as lanchinhas [pausa] para pescar.
A gente aqui, produz-se também peixe que vai para a [vocalização] que vai para a Alemanha, vai para Itália e vai para Lisboa, e vai para para Setúbal.
Daqui vai besugos, vai fanecas.
E consome peixe pelos arredores, porque Alvor consome muito peixe.
Não é só o valor que dá, também, para contribuições do Estado e para as,
ele é a área que satisfaz com o peixe.
De Inverno, às vezes [vocalização], a gente atira-se com um pedacinho de tempo.
As traineiras, às vezes, não apanha peixe,
Mas também há pouca pesca
e a gente, às vezes astreve-se a mal.
Temos uma barra muito má, muito ruim.
Salva-vidas, não temos em Alvor!
Porque ele havia-se de ter um salva-vidas com quarenta cavalos para ir [vocalização] ajudar a gente.
e não fazem caso de ir lá.
Que um barquinho de borracha não serve.
A gente temos visto a morte muito ,
o que vale não é a nossa barra, é a de Portimão.
E a gente vai pescar peixe para Silves, peixe para Monchique…
quer dizer, é uma alimentação que dá,
é uma grandeza que dá a Portugal.
Além de a gente pagarem e [vocalização] coisa e que vamos arriscados.
Ainda se tivesse uma barra boa, nova ou assim uma barra escapatória, ou um rio escapatório, melhor, ainda se trabalhava [pausa] mais à foita.
E como o filho de Alvor é arrojado e é trabalhador…
Malandro não é, o marítimo não é!
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