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Alvor, excerto 4

LocationAlvor (Portimão, Faro)
SubjectOs barcos e a pesca
Informant(s) Ápio
SurveyALEPG
Survey year1977
Interviewer(s)José Sobral
TranscriptionSandra Pereira
RevisionErnestina Carrilho
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF A maior parte é pescadores, exactamente.
[2]
É pescadores
[3]
E é claro, a classe da gente nova [pausa] está-se a ocupar dos hotéis,
[4]
muitos é empregados de hotéis.
[5]
Mas assim mais [pausa] de quarenta anos, de trinta e tal, vai tudo pescadores.
[6]
Não quer dizer que um ou dois rapazes, ou cinco ou seis ou dez ou doze, ou quinze ou vinte, não tenham têm o seus empregos de ofício
[7]
INF É claro, em escritórios, e coiso.
[8]
Mas, quer dizer, a maior parte a maioria das três partes uma tira-se pela outra , o ofício é é, a maior parte, é pescador.
[9]
Traineiras, às vezes um desarrumo,
[10]
vêm para as lanchinhas [pausa] para pescar.
[11]
A gente aqui, produz-se também peixe que vai para a [vocalização] que vai para a Alemanha, vai para Itália e vai para Lisboa, e vai para para Setúbal.
[12]
Daqui vai besugos, vai fanecas.
[13]
E consome peixe pelos arredores, porque Alvor consome muito peixe.
[14]
Não é o valor que , também, para contribuições do Estado e para as,
[15]
ele é a área que satisfaz com o peixe.
[16]
De Inverno, às vezes [vocalização], a gente atira-se com um pedacinho de tempo.
[17]
As traineiras, às vezes, não apanha peixe,
[18]
as coisas dão mal.
[19]
Mas também pouca pesca
[20]
e a gente, às vezes astreve-se a mal.
[21]
Temos uma barra muito , muito ruim.
[22]
Ninguém olha.
[23]
Salva-vidas, não temos em Alvor!
[24]
Porque ele havia-se de ter um salva-vidas com quarenta cavalos para ir [vocalização] ajudar a gente.
[25]
Além disso, temos
[26]
e não fazem caso de ir .
[27]
Que um barquinho de borracha não serve.
[28]
A gente temos visto a morte muito ,
[29]
o que vale não é a nossa barra, é a de Portimão.
[30]
É a nossa salvação.
[31]
E a gente vai pescar peixe para Silves, peixe para Monchique
[32]
Está bem,
[33]
pagam o nosso trabalho.
[34]
Mas vamos,
[35]
quer dizer, é uma alimentação que ,
[36]
é uma grandeza que a Portugal.
[37]
INF ao Algarve!
[38]
E fora do Algarve!
[39]
Além de a gente pagarem e [vocalização] coisa e que vamos arriscados.
[40]
Ainda se tivesse uma barra boa, nova ou assim uma barra escapatória, ou um rio escapatório, melhor, ainda se trabalhava [pausa] mais à foita.
[41]
E como o filho de Alvor é arrojado e é trabalhador
[42]
Malandro não é, o marítimo não é!
[43]
Não é, minha senhora,
[44]
não é.

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